Fronteiras Invisíveis da Europa: Alemanha e um balanço da reunificação

Esse é o sexto e último texto sobre a queda do Muro de Berlim. O primeiro, Xadrez Dominical com cinco dicas de filmes, e o segundo, Queda do Muro 25 Anos – Introdução, o terceiro, Berlim foi vítima, e não só de quem você pensa, o quarto, Gorbachev, a injustiça do herói e seus fracassos, e o quinto, História de sua construção
Caros leitores, o texto de hoje é bem especial, justamente pois, com o perdão da redundância, se encaixa em duas categorias de Especiais. Finalizando a série de textos sobre o aniversário de vinte e cinco anos da queda do Muro de Berlim, aproveita-se para retomar a série das Fronteiras Invisíveis da Europa, que aborda temas como nacionalismo e desequilíbrio nacional na Europa ocidental. A Alemanha encaixa nessas categorias? De fato, pode causar estranheza, já que a Alemanha não possui algum movimento separatista ou profundas questões de identidade nacional. Por outro lado, é evidente que, mesmo depois de tanto tempo, existe uma cisão interna na Alemanha, um desequilíbrio econômico e diferenças socioculturais. Adianto também que a Alemanha será tema de ainda mais um texto na série das Fronteiras Invisíveis.
A Alemanha, em 2014, é um país cujo tamanho é de 357.168 quilômetros quadrados, com uma população de 80.219.695 de pessoas. Seu PIB é de 3.8 trilhões de dólares, com um PIB per capita de cerca de quarenta e sete mil dólares anuais. Em outras palavras, é o sétimo maior país da Europa, com a décima sexta maior população do mundo, a quarta economia mundial com a décima sexta melhor renda per capita. Dentre desse país existe outro país: a antiga República Democrática Alemã, RDA, conhecida como Alemanha Oriental. Seu tamanho seria de 108.333 quilômetros quadrados, pouco menos de um terço da área total da Alemanha. Sua população, em 2013, era de doze milhões e meio de pessoas, com um PIB de cerca de 543 bilhões de dólares, ou seja, uma relação per capita de cerca de 43.4 mil dólares por ano. O desequilíbrio explícito entre as duas partes da Alemanha demonstram como existe uma fronteira invisível no país.

Mapa em inglês dos estados da República Federal da Alemanha; em laranja, os novos estados, que compunham a antiga República Democrática Alemã, RDA.
Mesmo olhando apenas os números brutos, nota-se o desequilíbrio. Em um território que é pouco menos de um terço do total alemão, vivem apenas 15% da população e menos de 15% da economia. Ao adicionarmos alguns dados históricos, a discrepância fica maior. Por exemplo, a população da RDA antes da reunificação, em 1989, era de 15.273 milhões, quase três milhões de pessoas a mais do que hoje. O êxodo populacional do leste para o oeste foi de quase dois milhões de pessoas, sejam por razões pessoais ou por razões econômicas, soma-se a isso baixíssimas taxas de fertilidade. A densidade populacional do leste também é menor, mas isso não é explicado pelo passado da RDA, mas pela História da unificação do país: o eixo populacional alemão está, historicamente, perto do rio Reno e na região do vale do Ruhr.
A discrepância entre as duas economias seria o mais gritante. Mesmo a pequena diferença de renda per capita representaria cinco posições no ranking mundial, e essa diferença apenas disfarça o enorme montante de investimentos direcionados aos estados alemães que correspondiam à RDA. Desde a reunificação, cerca de dois trilhões de Euros foram investidos pelo governo federal diretamente na região, parte de diversos programas, como os Pactos de Solidariedade (Solidaritätszuschlag); o atual estará vigente até 2019 e estipula subsídios fiscais para o estabelecimento de empresas nos novos estados. Por décadas o termo Aufbau Ost (Desenvolvimento do Leste) esteve nas páginas de finanças e economia dos jornais alemães. No primeiro momento, sanou-se a economia da antiga RDA, com a privatização de cerca de 8.500 empresas estatais do país, e grandes investimentos em infraestrutura foram feitos, para igualar os padrões da antiga RDA aos padrões da antiga República Federal da Alemanha.
Os Verkehrsprojekte Deutsche Einheit (Projetos de transporte da unidade alemã) estabeleciam dezessete projetos: nove ferrovias, sete rodovias e uma via fluvial, além da modernização de ferrovias consideradas obsoletas. Mesmo em 2013, as regiões orientais da Alemanha eram, para a União Europeia, classificadas como passíveis de projetos de convergência; em termos práticos, regiões menos desenvolvidas da UE, que necessitam de mais investimento em curto prazo. A integração das duas partes da cidade de Berlim e o reestabelecimento da cidade como capital da Alemanha reunida também exigiu uma grande quantidade de investimentos, a fase chamada de “Reconstrução crítica”, imediatamente após a reunificação. O planejamento urbano da cidade, hoje, é considerado de vanguarda e um dos mais ambiciosos do mundo. Finalmente, a fusão monetária dos países também exigiu um grande investimento, especialmente em benefícios para diminuir a discrepância entre os antigos valores em Marcos da RDA e o Marco alemão.
Mesmo com um montante de investimento de cerca de dois trilhões de Euros e o sucesso na reconstrução da infraestrutura dos territórios da antiga RDA, alguns índices socioeconômicos das regiões leste são bem defasados em comparação ao oeste. Em 2013, o índice de desemprego no leste era de cerca de 10%, enquanto o mesmo dado era de 6% no oeste.

Fonte: Departamento de Estatísticas Federal da Alemanha – Destatis. Arte: Gene Thorp/ The Washington Post. Traduzido.
A renda média familiar também é discrepante quando se comparam as duas partes do país.

Fonte: Departamento de Estatísticas Federal da Alemanha – Destatis. Arte: Gene Thorp/ The Washington Post. Traduzido.
Essa divisão, entretanto, não é visível apenas em aspectos sócioeconomicos, tampouco “favorece” apenas o lado ocidental. As duas Alemanhas possuem aspectos sociais e culturais diferentes uma da outra. Como a RDA era um estado fechado, com menor incidência de imigrantes e de intercâmbio cultural, o lado oriental da Alemanha possui uma menor porcentagem de estrangeiros vivendo ali. Em contraste, o lado ocidental recebeu grandes quantidades de estrangeiros nas décadas de 1960 e 1970. Na década de 1990, os refugiados e imigrantes das guerras nos Bálcãs foram estabelecidos no lado ocidental, já que o lado oriental ainda estava em adaptação ao estabelecimento de uma Alemanha.

Fonte: Departamento de Estatísticas Federal da Alemanha – Destatis. Arte: Gene Thorp/ The Washington Post. Traduzido.
Outro aspecto interessante é o de responsabilidade e papel social, além da relação do indivíduo com o Estado. O lado oriental da Alemanha produz menos lixo, pois consome menos e reutiliza produtos recicláveis. Sãos mais vacinados, já que as campanhas de vacinação eram obrigatórias na RDA. Quase a totalidade das crianças frequenta creches, pois a mulher era incentivada ao mercado de trabalho. Finalmente, existe uma diferença no tamanho das propriedades rurais. Enquanto no lado ocidental da Alemanha prevalecem pequenas propriedades privadas familiares, no lado oriental as fazendas foram reestruturadas em propriedades maiores. O motivo? Na RDA, a produção agrícola era feita em cooperativas com diversas famílias, com a propriedade coletiva da terra. Temas como aborto, religiosidade e legalização das drogas também possuem grande discrepância entre os dois lados da Alemanha. O leitor pode acessar um infográfico bem legal, em inglês, no site do jornal Die Zeit, sobre questões sociais.

Fonte: Departamento de Estatísticas Federal da Alemanha – Destatis. Arte: Gene Thorp/ The Washington Post. Traduzido.

Fonte: Departamento de Estatísticas Federal da Alemanha – Destatis. Arte: Gene Thorp/ The Washington Post. Traduzido.

Fonte: Departamento de Estatísticas Federal da Alemanha – Destatis. Arte: Gene Thorp/ The Washington Post. Traduzido.

Fonte: Departamento de Estatísticas Federal da Alemanha – Destatis. Arte: Gene Thorp/ The Washington Post. Traduzido.
Essas diferenças sociais e culturais levaram ao movimento chamado Ostnostalgie (Nostalgia do Leste). O reaparecimento de antigos produtos da RDA e o status cult para seus símbolos e particularidades. A valorização do simpático car Trabant, já mencionado aqui, a retorno da fabricação da Vita Cola, o refrigerante mais popular da RDA. Inclusive, hoje, a Vita Cola tem maior participação no mercado do que a Pepsi e, na região da Turíngia, onde é fabricada, é o refrigerante de cola mais vendido, mais do que a Coca-Cola. Camisas da antiga seleção de futebol da Alemanha Oriental, azul com um grande letreiro DDR (Deutsche Demokratische Republik) e produtos com o Ampelmännchen, o bonequinho de chapéu que servia de sinal de trânsito. Uma pesquisa do jornal Der Spiegel, em 2009, demonstrou que 57% dos alemães-orientais afirmam que a RDA tinha “mais lados positivos do que negativos”, uma clara demonstração da força da Ostnostalgie.
E, claro, existe o outro lado da moeda da Ostnostalgie. O repúdio ao socialismo e seus símbolos, misturado ao menor desenvolvimento econômico, faz com que seja no lado oriental da Alemanha que o partido de extrema-direita NPD (Partido Nacional Democrata) tenha seu maior público. Acusados de ligações com grupos neonazistas e de violarem as leis que proíbem a adulação do regime de Adolf Hitler, o NPD possui presença minúscula nas instituições políticas alemãs, com cinco representantes nos parlamentos estaduais, nenhum representante no parlamento federal e um representante no parlamento europeu. Todos seus representantes, entretanto, foram eleitos no estado oriental de Mecklenburg-Vorpommern.

Fonte: Departamento de Estatísticas Federal da Alemanha – Destatis. Arte: Gene Thorp/ The Washington Post. Traduzido.
Falando em radicalismo, um dos elementos presentes nos textos da série das Fronteiras Invisíveis é a análise de movimentos de militância nas regiões abordadas. Historicamente, diversos grupos de extrema-esquerda agiram na antiga Alemanha Ocidental, no âmbito da Guerra Fria e objetivando “minar” o sistema ocidental, além de terem como alvos as forças da OTAN presentes no país. O mais famoso talvez seja o Grupo Baader-Meinhof, nome popular da Fração Exército Vermelho, que operou entre 1970 e 1993. Também são conhecidos o Revolutionäre Zellen (Células Revolucionárias), que operou de 1973 a 1993, que buscava realmente uma revolução no lado ocidental e ficou conhecido pela participação no sequestro de um avião da Air France em Uganda; o Rote Zora (Zora Vermelha), que operou entre 1977 e 1995, grupo militante feminista que realizou quarenta e cinco ataques à bomba em lugares considerados exploratórios de mulheres, com nenhum ferido; finalmente, o movimento anarquista 2 de Junho, que operava em Berlim Ocidental.
Números exatos são difíceis de serem confirmados, mas calcula-se que os grupos militantes de extrema-esquerda operando na Alemanha Ocidental tenham realizado mais de mil ações, entre atentados a bomba, sequestros, assaltos e assassinatos, com um total de vítimas entre cinquenta e oitenta, incluindo pessoas do alto escalão. E na Alemanha Oriental? As ações de militância possuem duas relações com a RDA. Primeiro, muitas das ações dos grupos da Alemanha Ocidental recebiam apoio, financeiro ou de consultoria, da Alemanha Oriental. Segundo, dado seu caráter autoritário de governo, a principal organização violenta em operação na RDA era do próprio Estado.
O Ministério para Segurança do Estado (Ministerium für Staatssicherheit), popularmente conhecida como Stasi, abreviação do alemão, Staatssicherheit, literalmente “segurança do estado”. A Stasi foi, talvez, a maior agência de espionagem da Guerra Fria, e uma de suas principais facetas era a espionagem de seus próprios cidadãos, em larga escala. Após a reunificação, a Alemanha conseguiu recuperar cerca de cinquenta milhões de páginas de arquivos que foram precariamente destruídos. Hoje, uma agência federal é responsável pelos arquivos e pelas lacunas ainda existentes. Cerca de três milhões de pessoas, ou seja, 20% da população da antiga RDA, podem consultar sua ficha pessoal da Stasi. Essa permanece a grande fratura social alemã, especialmente no leste, com a descoberta de, por exemplo, vizinhos informantes, identidade de agentes (incluindo estrangeiros) e o real alcance do aparato de repressão. Lamentavelmente, muitos dos antigos chefes da Stasi ocupam, hoje, posições essenciais em grandes empresas alemãs.
O mesmo tratamento, entretanto, não foi dispensado à maioria dos militares do Nationale Volksarmee, Exército Nacional do Povo (NVA), as forças armadas da RDA. Numa demonstração de como a lógica da divisão alemã era derivada do exercício de poder geopolítico, a reunificação foi chancelada pelo Tratado sobre o Acordo Final em Relação à Alemanha, de 1991. O tratado, assinado pelas duas repúblicas alemãs, pela França, pelo Reino Unido, pelos EUA e pela URSS estabelecia o uso do território por aliados e determinava limites para as forças armadas da nova Alemanha. A parte oriental da Alemanha foi declarada livre de armamento nuclear e foi estabelecido um cronograma para retirada das forças estrangeiras em solo alemão. Além disso, caso fossem apenas somadas as forças armadas das duas Alemanhas, o novo país seria imediatamente uma potência militar, então, foi estabelecido o limite de 370 mil componentes.
Com cerca de 495 mil homens nas forças federais e cerca de 175 mil homens na NVA, drásticos cortes foram feitos, especialmente nos quadros da antiga Alemanha Oriental. Sob o slogan Armee der Einheit (Exército da Unidade), uma grande reforma foi feita. Oficiais superiores da NVA foram dispensados, a maioria dos conscritos foi dispensada no curto prazo e boa parte do pessoal absorvido na nova Budeswehr (Defesa Federal) sofreu rebaixamento de posto. A maioria do equipamento foi vendido, com exceção dos vetores de alta tecnologia, como os caças MiG-29. Os antigos membros da NVA não podem usar suas antigas patentes em documentos, uma “desonra” que não atinge sequer os combatentes da Segunda Guerra Mundial. Os militares absorvidos nas novas forças armadas constam como “em serviço em país estrangeiro”. Finalmente, as pensões militares são extremamente diminutas para esses homens, pois não foram corrigidas. O surgimento, em poucos anos, de uma massa de homens desempregados e com uma pequena previdência é motivo de ressentimento até hoje.
Outro elemento dos textos da série Fronteiras Invisíveis é o uso do futebol como termômetro social do tema de cada post. O futebol é o esporte mais popular da Alemanha e, muitas vezes, condensa uma identidade regional ou política. Logo após a reunificação, em 27 de Novembro de 1990, foi disputado um jogo simbólico, a Copa Alemanha, entre o campeão da Bundesliga, o campeonato da Alemanha ocidental (e, hoje, campeonato alemão), Bayern de Munique, e o campeão da DDR-Oberliga, o campeonato da Alemanha oriental, o Dynamo Dresden. O time oriental venceu o jogo por 1×0. No costume esportivo dos países socialistas, de associar um clube a uma instituição, o Dynamo Dresden era o time da polícia. Venceu oito vezes a DDR-Oberliga. Junto com o Hansa Rostock, foram incorporados na primeira divisão, após a reunificação. Hoje ambos estão na terceira divisão alemã.

Foto de quando as duas Alemanhas se enfrentaram em um jogo competitivo pela única vez, na Copa do Mundo de 1974.
O clube que mais vezes venceu a DDR-Oberliga foi o Dynamo Berlim; não coincidentemente, era o time da temida Stasi, já citada aqui. O clube venceu o campeonato dez vezes seguidas, algo nada suspeito, com episódios como troca de árbitro no meio do jogo. Foi rebatizado como Berliner FC Dynamo e hoje disputa a Liga Regional Norte, abaixo da quarta divisão. A maioria dos clubes da Alemanha oriental, hoje, transita entre a terceira e a quarta divisão nacional, algumas vezes chegando à primeira divisão. Nenhum time conquistou um título de primeira grandeza na Alemanha unificada; mesmo nos tempos da RDA, apenas o FC Magdeburg ultrapassou as fronteiras do país e conquistou a Recopa europeia em 1974.
Esse desequilíbrio é um ótimo exemplo de como a região oriental não pode competir economicamente com a região ocidental, mesmo vinte e cinco anos após a unificação. Não se trata de questionar a capacidade do povo da parte oriental da Alemanha. Novamente usando o futebol como termômetro, dois grandes jogadores com a camisa da Alemanha unificada jogaram pela Alemanha oriental, Ulf Kirsten e Matthias Sammer. Na última Copa do Mundo, em que a Alemanha foi a campeã, pela primeira vez ela jogou com um atleta nascido na Alemanha unificada, mas ainda havia um jogador nascido da RDA, Toni Kroos. E mesmo a principal política da Europa hoje, a chanceler alemã Angela Merkel. Merkel nasceu na Alemanha ocidental, mas cresceu e se formou na Alemanha oriental.
Hoje, Merkel é a responsável pela federação alemã e pela diminuição dessas diferenças entre dois países que coexistem, um dentro do outro. Em um processo de um ano, dois estados separados se fundiram, uma moeda absorveu a outra, duas economias precisaram se integrar, duas culturas diferentes entraram em contato. Como parâmetro, a Croácia demorou dez anos entre sua proposta e sua aceitação na União Europeia, e não utiliza o Euro. O processo alemão, pela sua velocidade e emergência, pode ser considerado um sucesso. As diferenças internas do país, entretanto, mostram que esse sucesso ainda não terminou e que muito trabalho ainda será feito para que não exista mais uma fronteira invisível dentro da Alemanha.
*****
Filipe Figueiredo, 28 anos, é tradutor, estudante, leciona e (ir)responsável pelo Xadrez Verbal. Graduado em História pela Universidade de São Paulo, sem a pretensão de se rotular como historiador. Interessado em política, atualidades, esportes, comida, música e Batman.
*****
Como sempre, comentários são bem vindos. Leitor, não esqueça de visitar o canal do XadrezVerbal no Youtube e se inscrever.
*****
Caso tenha gostado, que tal compartilhar o link ou seguir o blog?
Acompanhe o blog no Facebook e no Twitter e receba notificações de novos textos e posts, além de outra plataforma de interação, ou assine o blog com seu email, na barra à direita da página inicial. E veja esse importante aviso sobre as redes sociais.
Pingback: Resumo da Semana – 16/11 a 22/11 | Xadrez Verbal
Pingback: Refugiados: o passado da Alemanha e o futuro da Europa | Xadrez Verbal
Oi Filipe,
acabei de ler seu texto “Fronteiras invisíveis da Europa” sobre a Alemanha. Achei muito interessante e retrata bem a realidade do país. Moro em Frankfurt am Main desde 2012, onde estudo Ciencia Política, e só por curiosidade é comum ainda hoje as pessoas usarem o termo “Ostdeutschland” para se referir as cidades e estados da antiga Alemanha Oriental, como se fosse algo distinto da Alemanha (Ocidental) mesmo. Mas nao existe nenhum sentimento separatista, ou algo discriminando alguma das regioes, pelo menos ainda nao notei algo assim. Sobre as crenscentes dos movimentos radicais de direita na Alemanha, a maioria parte de cidades da antiga Alemanha Oriental, como Dresden e Leipizig. Já ouvi relatos de amigos meus ou conhecidos estrangeiros que sofreram algum tipo de discriminazao por lá, um amigo da Indonésia chegou até a levar uma cuspida de um xenófobo na estacao de trem. Mas, lógico, sao caso isolados, nao sao comuns de acontecer. Nas cidades com mais presenca de estrageiros nunca ouvi algo do tipo. Enfim, parabéns pelo texto e pelo ótimo trabalho que vc faz frente ao Xadrez Verbal. Sou muito fa do site e sempre acompanho no youtube, por aqui e também no podcast.
Liebe Grüße,
Edmar Leao.
Pingback: As fronteiras invisíveis – ou não | Auf den Spuren der deutschen Romantiker