Fronteiras Invisíveis do Futebol #84 – Afeganistão

Cem anos atrás, o Afeganistão moderno era fundado, e é pra lá que vamos em mais uma edição do Fronteiras Invisíveis. Um dos locais com habitações humanas mais antigas do mundo, uma grande encruzilhada de povos, culturas, comércio, influências. E, além de tudo, com o apelido mais legal dos países: cemitério de impérios! Passamos por persas, por Alexandre, o Grande, dinastias locais, guerras com os britânicos, invasão soviética, guerras civis, a origem do Talibã, um panorama dessa rica histórica. Tudo isso temperado com um pouco do futebol afegão, que passa por um processo de modernização, e com a coluna de Ubiratan Leal, o Livro. Dê play no seu podcast de História!
Referências no programa
Graphic novel O fotógrafo: uma história do Afeganistão (volume 1), de Didier Lefèvre e Emmanuel Guibert
Graphic novel O fotógrafo: uma história do Afeganistão (volume 2), de Didier Lefèvre e Emmanuel Guibert
Graphic novel O fotógrafo: uma história do Afeganistão (volume 3), de Didier Lefèvre e Emmanuel Guibert
Livro The Soviet-Afghan War 1979-1989, de Gregory Fremont-Barnes
Filme 9° Pelotão
Filme A Fera da Guerra
Filme O Caçador de Pipas
Música de Encerramento Watan, de Abdul Wahab Madadi
Ouça o podcast aqui ou baixe o programa.
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Filipe Figueiredo, é tradutor, estudante, leciona e (ir)responsável pelo Xadrez Verbal. Graduado em História pela Universidade de São Paulo, sem a pretensão de se rotular como historiador. Interessado em política, atualidades, esportes, comida, música e Batman.
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Obrigado mais uma vez Filipe e Matias, eu fico umas 3 horas diárias dirigindo no meu trajeto de ida e volta ao trabalho, com vcs a hora passa mais rápido e absorvo mais cultura, fico muito agradecido pelo conteúdo gratuito, parabéns pelo trabalho, detalhe que eu adoro as entradas do Ubiratan, passei a menos de 6 meses a escutar o fronteiras pq não sou muito fã de futebol e só ouvia o xadrez verbal, mas ao escutar pela primeira vez o fronteiras já baixo tudo no celular e escuto no carro, estou escutando todos, um grande abraço.
Obrigado Matias e Filipe por mais progarma ,já ouvia o xadrez verbal mas tinha preconceito por não gostar de futebol ,mas resolvi ver um ,”só pra falar mal ” como minha mãe diz e acabei marotando de tanto que gostei
Totalmente excelente esse últiimo fronteiras. Acho que foi o episódio que eu mais gostei esse ano não sei bem porque. Provavelmente pela complexidade da história que envolve atores tão distantes no espaço e no tempo.
Me impressiona como a versão local do conflito progressistas x conservaores definem a história recente de quase todos os países do globo, especialmente países que têm mais dificuldade de separar religião e estado como o Afeganistão e o Brasil.
Por fim. Essa conversa de “onde você estava no 11 de setembro” sempre rende uma boa conversa de bar. Não vou descrever a minha experiência para o comentário não ficar muito extenso.
Um abraço.
Excelente episódio, como é de praxe! O segundo livro do autor de “O caçador de pipas” se chama “A cidade do Sol” acho até melhor que o primeiro, retrata muito mais a história do Afeganistão desde os anos da revolução comunista até um pouco depois dos atentados de 11 de Setembro. Fala sobre as guerrilhas, sobre os Mujahidin, passa por todos os governantes nesse período, retrata um pouco da dor das mães que perderam os filhos nessa guerrilha e como isso, num primeiro momento faz algumas pessoas ter simpatia aos grupos armados que surgem em diversos momentos da história daquele país. Fala um pouco de como a poesia daquela região e também trás uma visão de algo que eu nunca tinha ouvido falar, o Buda gigante em Cabul (se eu me lembro bem) que foi destruído pelos talibãs. Mas o aspecto mais impressionante do livro, é como ele é retratado da ótica de duas mulheres, é realmente muito pesado!
Parabéns pelo trabalho Filipe e Matias! Conheci a menos de um mês o Xadrez Verbal, por meio do Muito Mais do que Futebol, e acabei chegando no Fronteiras. Tô maratonando tudo, o conteúdo é excelente. Outro ponto, como faço para participar do grupo? Recentemente apadrinhei o Xadrez e gostaria de uma instrução. Forte abraço a todos.
Muito interessante esse fato sobre o Asoka, por mais que não tenha sido falado mais sobre ele, já fiquei feliz em ver essa citação pois eu sempre escuto não só o FIF como o XV enquanto jogo o Civilization IV e este é um dos meus lideres favoritos para jogar minhas campanhas enquanto escuto o programa rs
Parabéns pelo excelente programa Matias e Filipe, que como sempre mantem o alto nível de qualidade e informação!!!
Só queria deixar uma curiosidade aqui: o jogo Metal gear Solid 5: The Phantom Pain, de 2015, se passa em grande parte do tempo no Afeganistão, nas paisagens desertas, durante a invasão soviética. Inclusive, em muitas das missões de espionagem voce acaba entrando em conflito com soldados soviéticos, e em outras tem até a possibilidade de ajudar e resgatar soldados mujahidin em meio ao conflito.
O Filipe mencionou que o Afeganistão possui a alcunha de “cemitério de impérios”. Também mencionou que o país tem, ao norte, a cordilheira do Hindu Kush, cujo nome significa “assassina de hindus”. Ou seja: o país não tem uma relação muito favorável com estrangeiros. rs
No mais, parabéns pelo excelente episódio e pela qualidade e competência em ensinar história no formato podcastal. Grande abraço!
Muito bom o episódio, ajudou a preencher várias lacunas que tinha sobre a história do Afeganistão. Cheguei a assistir o filme O caçador de pipas no cinema durante minha adolescência, e acho que a única referência que tinha ouvido falar da guerra anglo-afegã antes de ouvir o Xadrez Verbal foi com o personagem Watson dos livros de Sherlock Holmes, que se não me engano havia participado como médico ou combatente antes das histórias. Após conhecer o Xadrez Verbal e começar a acompanhar, vários outros momentos da história deste país foram citados e agora com este podcast conheci ainda mais (como por exemplo, o emirado do início do século XX).
Só vou ter que discordar da questão do Dragon Ball, eu tinha 8 anos na época e a minha lembrança é de que o plantão da Globo interrompeu o desenho, que não retornou no restante da manhã. Obviamente não tinha ideia da gravidade do acontecimento, então fiquei esperando o desenho voltar (o que não aconteceu). A questão do horário realmente não vou me lembrar, então fica aí mais uma discussão “bolacha x biscoito” rsrsrs.
Concluindo, parabéns pelo excelente conteúdo que fornecem. Além de informar as notícias ambos trazem suas ponderações e opiniões que nem sempre concordo 100%, mas que abrem a nossa mente para outras perspectivas de se compreender os acontecimentos. Além de terem um conhecimento absurdo de futebol, sempre aprendo nesse quesito também.
Até a próxima e um abraço cruzeirense pros dois (em especial para o Matias).
Excelente episódio, mais uma vez. Virei fã do podcast desde que escutei a primeira vez. Vou para o México em novembro e o Fronteiras sobre esse país me ajudou muito a decidir roteiro. Sobre o último episódio, gostaria de indicar a série The Americans nas “dicas culturais”. Ela retrata o clima da Guerra Fria durante o período do governo Reagan e na 3ª temporada os espiões da KGB ficam averiguando o envolvimento da CIA com os Mujahadin.
Em 2017 fiz um mochilão na Ásia Central e passei 10 dias no Afeganistão. Fiquei o tempo todo no Wakhan (o bracinho que liga o país com a China). A região foi garantida ao Afeganistão no século XIX pra servir de armotecedor entre império russo e britânico (hoje Tajiquistão e Paquistão).
Um detalhe interessante: isolados ali está uma pequena população Quirguiz. Eles ficaram presos nos campos de pasto de verão em altas altitudes depois que a URSS fechou a fronteira. E ali permanecem até hoje.
Em 2017 fiz um mochilão na Ásia Central e passei 10 dias no Afeganistão. Fiquei o tempo todo no Wakhan (o bracinho que liga o país com a China). A região foi garantida ao Afeganistão no século XIX pra servir de armotecedor entre império russo e britânico (hoje Tajiquistão e Paquistão).
Um detalhe interessante: isolados ali está uma pequena população Quirguiz. Eles ficaram presos nos campos de pasto de verão em altas altitudes depois que a URSS fechou a fronteira. E ali permanecem até hoje.
Comentar aqui não o excelente episódio, mas sim um erro cometido pelos ilustres apresentadores durante os comentários finais:
CAJUÍNA NÃO É REFRIGERANTE!
CAJUÍNA NÃO TEM GÁS!
CAJUÍNA NÃO TEM AÇÚCAR!
E CAJUÍNA NÃO É SUCO!
A cajuína é patrimônio cultural do Piauí e não pode ser confundida com qualquer outra bebida a base de cajú
Abraços
Filipe e Matias,
Queria parabenizar a vocês pelo programa, gostei bastante dessa chave de análise histórica de um conflito interno entre modernizadores seculares versus lideres tribais tradicionalistas e religiosos. Muito curioso como os modernizadores podem saltar de monarquistas a socialistas com apoio soviético em tão pouco tempo. Algo que para as nossas cabeças embebidas de histórica ocidental parece estranho, mas que o podcast conseguiu explicar bem essa transição aparentemente abrupta aos nossos olhos, onde monarquia e socialismo estiveram em campos opostos deste lado de cá do mundo. Nesse sentido, senti falta de algum debate sobre o termo “invasão”, até que ponto um país soberano, ao requisitar ajuda para lutar contra guerrilhas religiosas financiadas por Estados estrangeiros, pode ser considerado “invadido” ? Não creio que seja o melhor termo!
Sobre a cutucada ainda no programa de Ruanda, não me atinge, pois sei que é pura inveja tua – Filipe – das camisas grená do Fluminense ehehe, muitas são maravilhosas. De uma olhada nas da temporada 2004/2005; 2005/2006; 2011/2012; vai gostar (a Adidas sempre lançou uniformes de acordo com a temporada europeia, mesmo patrocinando times brasileiros). Ademais, devo dizer que a diretoria está bravamente empenhada no projeto pagar a série B em 2020, Oswaldo Oliveira vem aí. Que Deus nos abençoe rsrs vamos precisar!
Sobre a mudança dos comentários.. Veja, o Xadrez Verbal atingiu um nível de comentários realmente incrível graças ao trabalho de vocês, e penso que a solução encontrada foi muito boa. Porém, no caso do fronteiras, onde o número de comentários costuma ser mais enxuto (Pelo que vi, costuma girar em torno de 15 aqui na página) não sei se há a necessidade de dividi-los, tal qual no podcast semanal. Apenas uma pequena crítica construtiva de alguém que lhes acompanha há um (não muito longo) certo tempo.
Grande abraço e saudações tricolores
Conheci o podcast quase ao acaso, pesquisando a palavra “futebol” em um agregador. Achei o máximo desde o começo e após alguns meses, concluí o Fronteiras. Gostaria de agradecer muito pelo empenho em oferecer um programa tão bom e tão instrutivo. Eu aprendi muito mesmo com o programa e venho aprendendo sempre. Agora comecei a ouvir o Xadrez Verbal, e o programa é maravilhoso. Já considero vocês meus amigos pessoais. Acho que depois da minha esposa, a voz de vocês é a que mais ouço durante a semana, e vale a pena demais. Queria ressaltar aqui alguns programas que me tocaram mais, que foram os da Turquia, da Palestina, da Córsega, do Chipre, do País Basco, da Iugoslávia, do 13 de maio, da Croácia e de Ruanda. Um grande abraço pra vocês!
Olá, pessoal. Em primeiro lugar, quero parabenizá-los por mais um programa estupendo. Em segundo lugar, quero agradecer pela citação ao meu livro “Campeões da Raça”, feita no programa sobre o Peru. Aliás, se eu puder fazer um jabá, quero avisar que o supracitado está disponível para Kindle (inclusive é gratuito para quem tem o Kindle Unlimited).
Sobre as dicas culturais, uma sugestão é o filme “A Caminho de Kandahar”, dirigida pelo iraniano Mohsen Makhmalbaf, que conta a história de uma afegã que foge para o Canadá durante a guerra civil dos Talibãs, mas precisa voltar ao pais para impedir a irmã de se suicidar.
E sobre o comercial do Tang, citado no programa do Ceará, um recado para o Matias: “ele não merece”.
Abraços!
Se os ingleses foram sistematicamente compelidos, tá justificado a prática tardia dos esportes bretões (futebol e críquete), já que não havia espaço pra entrada dos ferroviários ingleses. Os marinheiros não ia entrar msm pq o Afeganistão não tem mar.
Parabéns pela participação do Filipe na maratona CBN Piauí de podcast, esperava vê-lo de camisa grenat haha.
Excelente podcast, piazada! E finalmente nesse posso fazer uma contribuição: A técnica utilizada para produzir pressão em poços de petróleo no Canadá não é necessariamente mais poluente.
Os poços são naturalmente selados e dentro possuem rochas porosas “poluídas” de gás, petróleo e água em proporções diversas. O comum é que a pressão interna seja maior que a externa, fazendo com que o petróleo escoe pelo tubo.
Poços mais maduros ou com pouca pressão são estimulados com completação para ganharem pressão e produzirem mais óleo. No Brasil é trivial bombear água do mar ou CO2 nos poços. Incendiar o gás do próprio poço, fazendo controle através da entrada de oxigênio, gera pressão e CO2 dentro do poço produzindo resultado semelhante.
Lembrando que existem muitos métodos de completação. Um abraço.
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