Fronteiras Invisíveis do Futebol #56 – 13 de Maio

Repassamos as origens, particularidades e desdobramentos da escravidão negra no território que hoje é o Brasil. Para tal, Matias Pinto e Filipe Figueiredo receberam Luciano Jorge de Jesus, professor de educação física da rede estadual de Minas Gerais, e Davi “Agathocles” Correia, professor de sociologia da rede estadual de São Paulo.

Também tratamos do racismo no esporte e como o futebol colaborou para combater, ou para manter, o pensamento racista. Fechamos com a lenta inserção política do negro no Brasil republicano, a atual demografia brasileira e tentamos desmistificar algumas comparações que são feitas atualmente.

Referências no programa

Em breve

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Filipe Figueiredo, é tradutor, estudante, leciona e (ir)responsável pelo Xadrez Verbal. Graduado em História pela Universidade de São Paulo, sem a pretensão de se rotular como historiador. Interessado em política, atualidades, esportes, comida, música e Batman.


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20 Comentários

  • Eita, que esse episódio tá muito interessante! Vcs mandam muito bem, mantém dois podcasts maravilhosos ❤

  • Mais uma vez um ótimo trabalho de todos. Parabéns. Em relacao ao tema, ao ouvir a enorme lista de atletas negros de renome que foram citados, fica claro que não se trata de uma etnia específica e de impacto numérico limitado na cultura brasileira, mas de uma porção esencial do que compõe o povo brasileiro. Com isso em mente, será que faz sentido realmente em distinguir essa parcela da população da maneira como cetos grupos o fazem? Isso realmente é positivo? É claro e óbvio a discriminação enfrentada por várias parcelas da população brasileira, especialmente a população que tem a cor da pele que é associada ao povo escravizado no nosso passado. Mas será que a insistência em classificar os homo sapiens em raças não é algo extremamente racista e divisivo, além de cientificamente errado? Fica a ideia … Abaixo todo o preconceito e discriminação ( que significa diferenciar!)

  • Talvez seja confusão minha, mas é uma pena que vocês não citaram nem Marta nem Formiga, duas das maiores atleta do futebol feminino do Brasil. Vou até ouvir o programa novamente pra ter certeza.
    No mais um excelente episódio como sempre.
    Parabéns e obrigado.

    • Muito bem observado. Inclusive, salvo distração minha, houve um ato falho ao não apontar as medalhistas de prata no futebol olímpico em 2004. Além disso acredito que caberia ressaltar as marcas pessoais de
      Marta:
      – Maior goleadora das seleções brasileiras na história e 5 vezes eleita melhor do mundo
      Formiga:
      – 6 participações em olimpíadas (recorde em esportes coletivos)
      – 6 Copas do Mundo – recordista ao lado da Japonesa Homare Sawa
      – Jogadora mais velha a marcar em Copas do Mundo
      – Atleta com maior número de convocações em seleções brasileiras, 151 ao todo,).

      A despeito disso o programa foi fantástico, tanto pela temática como pela preocupação em garantir representatividade para falar do tema. Tenho acompanhado sempre nas horinhas de metrô nessa SP doida (tanto Xadrez como o Fronteiras) e os programas têm me ajudado muito a voltar a ter vontade de estudar depois da conclusão do mestrado no início do ano. Parabéns e um grande abraço!

  • adorei o programa !!! só não concordo com varios jogadores que foram citados como ” negros” sendo que claramente são de antepassados indigenas , da a impressão que não existiu miscigenação destes povos , a avó da Marina Silva é india ! ótimo programa ! estão de parabens !!!!

  • Parabéns por mais um excelente programa enxadristas/futebolistas! Estou cursando História (podem dar os pêsames) e o fronteiras invisíveis sempre é um ponto de partida para me aprofundar em algum tema.

    Uma coisa interessante sobre a maldição pós-diluviana citada é que a interpretação do relato por parte dos que usam a bíblia para justificar a escravidão negra é completamente errônea, pelas seguintes razões:

    1° Não foi Cã o amaldiçoado por Noé pelado e de ressaca. Gênesis 9:24,25 diz: “Quando Noé acordou do seu vinho e soube o que seu filho mais novo lhe havia feito, ele disse: “Maldito seja Canaã. Torne-se ele o menor entre os escravos dos seus irmãos.” O amaldiçoado assim foi Canaã, no caso filho de Cã.

    2° Segundo a bíblia, a descendência de Cã ramificou-se em quatro filhos, Cuxe, Mizraim, Pute e Canaã (Gênesis 10:6).
    *Os descendentes de Mizraim, tais como os filisteus e os egípcios, não eram negróides (Gênesis 10:13, 14).
    *Quanto a Cuxe, é bem evidentemente um dos principais progenitores bíblicos (talvez junto com Pute) do ramo negróide ou de pele escura (Jeremias 13:23: “Será que o cuchita pode mudar a cor da sua pele, ou o leopardo as suas manchas?”), conforme indicado pelas áreas em que se estabeleceram determinados descendentes seus,vide o Reino de Cuxe vizinho da terra de Mo Salah (Sérgio Ramos nojento).
    *Canaã assim como Mizraim também não era negróide, nem o eram seus descendentes. De Canaã se originaram várias tribos CANANÉIAS da palestina. (Gênesis 10:15-18: “Canaã tornou-se pai de Sídon, seu primogênito, e de Hete,e também dos jebuseus, dos amorreus, dos girgaseus, dos heveus, dos arqueus, dos sineus, dos arvadeus, dos zemareus e dos hamateus. Depois as famílias dos cananeus se espalharam”).

    3° Isso refuta qualquer teoria inventada por alguns que incorretamente se esforçam para aplicar aos povos negros a maldição proferida contra Canaã, pois Canaã, segundo a própria bíblia não teve quaisquer descendentes negros.

    Apenas por curiosidade gostaria de mostrar que por assim dizer a maldição de Noé se cumpriu parcialmente quando os israelitas semitas subjugaram os cananeus. Os cananeus que não foram destruídos (por exemplo, os gibeonitas [Josué capítulo 9]) foram feitos escravos de Israel. Séculos depois, a maldição cumpriu-se adicionalmente quando descendentes de Canaã, passaram a estar sob o domínio da Medo-Pérsia e posteriormente Grécia e Roma. Todas as três sendo potências mundiais “jaféticas” (segundo a bíblia de onde descende o tronco humano de pele mais clara).

    Meu comentário é longo e tem uma chuva de textos bíblicos, mas acredito que seja interessante, uma forma de provar dentro da própria bíblia que a forma de pensar dessas pessoas está errada, obrigado pela paciência de quem leu até aqui, um beijo no músculo esternocleidomastóideo (ctrl+c ctrl+v) de todos vocês.

    • Moro em Miyoshi, Japão e acompanho os podcasts do xadrez verbal a mais ou menos 1 ano. Eu ia escrever algo a respeito do neto de Noé (Canaã) e achei esse um ótimo comentário. Eu não tinha tanta informação assim apesar de conhecer todas essas histórias bíblicas.Aprendi muito com isso. Um abraço.

  • Excelente programa, mais uma vez.

    As tais referências bibliográficas, audio e video que iriam ao ar no dia 22/05 já foram ao ar? Não localizei o link… está qui no site mesmo ou subiu em alguma rede social?

    Obrigado!

  • LINCOLN IRGER MENDES COELHO

    Olá a todos da Central 3 e um abraço ao Matias e Filipe (com “i”).
    A pouco tempo comecei a ouvir o podcast “Fronteiras Invisíveis do Futebol” e já sou um adicto. Fato que estou ouvindo os programas em ordem inversa, sempre ouvindo os recém lançados, e em menos de 3 meses já cheguei na Turquia. Antes q pareça um louco aficcionado tenho a dizer que escuto o podcast pelo celular no caminho de ida e volta do trabalho, somente uma vez interrompi a rotina para ouvir o novo disco da Elza Soares “Deus é Mulher”.
    Resolvi fazer um comentário agora porque acredito que tenho algo a contribuir. Nesse caso fica claro, como no programa, o preconceito racial no Brasil como traço cultural comum. Isto posto, segue a minha dica que é o filme “Branco sai, preto fica” que remonta a história de um episódio onde, nos anos 80, a polícia Militar invadiu um show em Ceilândia (periferia de Brasília) com esse grito como palavra de ordem. O filme está inteiro no YouTube, tem por volta de 1h20min. Segue o link https://youtu.be/gqySJ5TonMo
    No mais muito obrigado pelo programa e pelas aulas diárias que tenho recebido.

    Um fraterno abraço.

  • Muito bom o podcast, achei bem diferente. Claro, porque o assunto tem uma abordagem diferente, né?! Não é sobre uma região, cidade, estado, país, continente etc., é sobre uma data específica.
    Parabéns para vocês, aos convidados e um beijo na escápula de todos.

  • Não concordo com o comentário do convidado de Minas, em que apontou que todos os clubes têm um passado “nebuloso” em relação aos jogadores negros.
    O Vasco não faz parte desses clubes e foi pioneiro mais uma vez na luta pela inserção dos negros no futebol, história que é pouco divulgada pela mídia, uma das mais bonitas do futebol.

  • Primeiramente, parabéns pelo episódio. Eu não entendi o porquê do Mathias ter falado de um certo revisionismo “canalha” (ou algo do tipo) sobre a escravidão no mundo islâmico. Não entenda como provocação, é uma dúvida genuína mesmo. Alguém pode explicar?

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