Fronteiras Invisíveis do Futebol (americano) #91 – Identidade dos EUA

Abrimos o ano recebendo um convidado especial em um programa sobre outra variante da modalidade! O jornalista Eduardo Zolin, comentarista dos canais ESPN, chega para falarmos um pouco do centenário da NFL, a principal liga profissional de futebol americano. Também abordaremos a identidade nacional dos EUA, como ela foi moldada e como ela influencia sua política externa estadunidense. Está aberta a sexta temporada do seu podcast de História, com o esporte como fio condutor…
Referências no programa
Filme No limite: a história de Ernie Davis
Dissertação Football, Flags, and Flyovers: American Nationalism and the Violent Spectacle of the NFL, de Ellen Rivers Gambrell
Livro Os guerreiros da NFL, de Paulo Mancha
Filme Duelo de Titãs
Filme A grande escolha
Episódio Cursed and Blessed do Podcast 30 for 30
Música de encerramento Born in the U.S.A., com Bruce Springsteen
Ouça o podcast aqui ou baixe o programa.
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Filipe Figueiredo, é tradutor, estudante, leciona e (ir)responsável pelo Xadrez Verbal. Graduado em História pela Universidade de São Paulo, sem a pretensão de se rotular como historiador. Interessado em política, atualidades, esportes, comida, música e Batman.
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Filipe o Vasco não tinha um time de futebol americano ele tem um time de futebol americano, o Vasco Almirantes que antes se chamava Vasco Patriotas e é muito comum a presença do uniforme do time nos jogos do Vasco de futebol. Clubismos a parte, foi um ótimo fronteiras e a parte do “campo” foi espetacular. Parabéns!!!
Apesar de não curtir o esporte americano, foi um excelente “remake” (ou reboot, sei lá) do episódio dos EUA! Depois de 90 anos desvendando o planeta bola, um episódio desvendando o planeta ovo. Parabéns Filipe, Matias e ao meu xará
Boa alvorada Filipe e Matias,
Belíssimo episódio com o Zolin. Além da aula sobre parte da história americana, as particularidades sobre o início da NFL foram bastante interessantes também. Venho aqui só retificar uma informação sobre a USFL.
Trump não fundou a liga. Ela já existia e era bastante promissora. A liga sabia que não podia bater de frente com a NFL de cara, foi comendo pelas beiradas e o interesse do público vinha crescendo. Somente na segunda temporada que o Trump comprou o New Jersey Generals.
A megalomania do recém-chegado era sempre combatida pelos outros donos de franquia, especialmente John Basset (Tampa Bay Bandits). No entanto, Basset teve câncer e, cada vez mais debilitado, não manteve o mesmo vigor segurando Donald. Em 1986 Basset veio a falecer. Somado a isso, a USFL entrou com um processo contra a NFL. Até venceu, mas a indenização foi só de 1 dólar.
A temporada de 86 nem chegou a acontecer. Muitos culpam Donald Trump e seu ego inflado pelo fim da USFL, maiores detalhes são contados no documentário “Small Potatoes: Who Killed the USFL?” (também da maravilhosa série 30 for 30).
Para o amigo fã de esporte que tenha se interessado pela NFL, fica a recomendação do Fumble na Net, podcast semanal sobre a bola oval (rima talvez intencional). Lançamos, inclusive, um episódio comentando sobre o Small Potatoes.
Um grande abraço de um fã de longa data
Alô!
Queria apenas citar o documentário que saiu recentemente no Netflix “Mente do assassino: Aaron Hernandez”, que sugere que as lesões no cérebro do Aaron, ex jogador dos Patriots, podem explicar o envolvimento dele com o crime, o que o levou a prisão e depois ao suicídio.
Outro exemplo de jogador da NFL envolvido em homicídio é o canadense de Montreal Tommy Kane, que jogou pelo Seattle Seahawks. Eu moro em Montreal e sou advogado no escritório que representa o Tommy, que matou a esposa e mãe de seus 4 filhos em 2003, na ação coletiva que os jogadores ingressaram contra a liga por conta das sequelas das lesões cerebrais. O Tommy tá solto tem um tempo (aqui, as leis são menos severas do que nos EUA), mas a indenização da NFL ainda não veio.
É isso aí, galera! Parabéns pelo programa! Abs
concordo com filipe sobre o estrangeirismo exagerado do FA no Brasil pelo menos time da minha cidade não tem.
barões de ribeirão preto que vai jogar serie ouro da SPFL igual a uma segunda divisão paulista aguardando de hóquei e canada.
parabéns
Olá Filipe, Matias e Edu Zolin. Excelente episódio. Parabéns.
Ainda no contexto dessa identidade dos EUA, do esporte e do militarismo, uma história interessante é a do ex-jogador do Arizona Cardinals, Pat Tillman, que após os ataques de 11 de setembro, recusou uma renovação de contrato milionária para se juntar às forças armadas e acabou morrendo no Afeganistão, por fogo amigo como se soube depois.
Apesar de não ser o primeiro jogador a ir para a guerra, foi o primeiro morto desde o Vietnã, o que causou grande comoção.
Ele é sempre um nome lembrado durante o mês do Salute to Service promovido pela NFL.
Abraços e continuem o excelente trabalho.
Eduardo Dutra
Bom dia Filipe com i e Matias sem h,
muito interessante o programa. Sempre tive curiosidade de saber mais sobre a história e o formato dos campeonatos de futebol americano, mas como acho o esporte chato nunca tive paciência de ler sobre o assunto.
O máximo que cheguei foi ouvir de um ex-colega de trabalho, que é americano e Alumni de uma universidade que tem um time na liga universitária, como funciona essa liga. Porém não fez muito sentido para mim essa coisa de ter um monte de bows e de você jogar meio que aleatoriamente com outros times e ganhar algo. Enfim.
Vale lembrar que teve um episódio de South Park que eles retratam “bem” essa realidade das ligas universitárias, onde os atletas fazem a parte difícil e não recebem para fazê-lo, enquanto as universidades lucram com direitos de imagem. Em South Park eles inclusive comparam essa situação à escravidão.
No mais, achei muito legal ter meu comentário lido pelo Filipe (foi o primeiro que escrevi). Desde então aprendi a baixar os programas mais velhos e já os ouvi. Interessante ver a evolução do programa, já que os mais antigos eram bem mais resumidos.
Gostaria de acrescentar também que baixei os últimos programas do xadrez verbal e fronteiras invisiveis para ouvi-los enquanto me recupero de uma cirurgia, no hospital. Achei que fosse dormir escutando o programa mas acabei ficando acordado a noite toda pq os programas estavam interessantes! Hehe
Abraços para vocês!
Programa sensacional mesmo eu não entendendo os termos do futebol americano. No aguardo do programa sobre o Rio de Janeiro e lembrando que quem falar mal do meu botafogo será cobrado.
Cavalheiros, estou aguardando ansiosamente o episódio sobre o Rio de Janeiro. Aliás, este sobre o futebol americano está incrível, eu nem acredito que tenho acesso ao excelente conteúdo de vocês de graça. =D
Olá Filipe e Matias
Gostaria de mandar um parabéns especial para meu amigo Luiz Araujo, que ganhou 2 ingressos para o Super Bowl LIV em uma competição online de Tetris. :-p
E como ele é um cara muito legal (e a esposa dele não pode ir), ele me convidou para acompanhá-lo :-D.
A evento de premiação foi lá em Miami e ele recebeu os ingressos das mãos do Steve Young e do Jerry Rice – que vocês citaram no programa como o melhor jogador de todos os tempos.
Aliás, ouvimos o programa no vôo para Miami (na verdade eu ouvi e fui contando pra ele), ou seja, serviu de base para conhecermos melhor a história por trás da NFL e do evento maior do esporte estadounidense.
Abraços.
Olá meninos,
Ótimo episódio, como sempre. O comentário de vocês sobre como a Califórnia mudou a legislação autorizando os atletas da liga universitária de futebol americano a serem compensados me lembrou de um podcast excelente sobre o assunto, e sobre como mudanças sistêmicas muitas vezes precisam de um poder institucional por trás. O podcast é o sempre ótimo (embora sumido) still processing, do NY times, e o episódio se chama straws, de outubro do ano passado. Fica a dica se tiverem interesse.
Grande abraço!
Olá, só um comentário que não muda as prova públicas (do instituto do rio branco ou da USP), mas acho relevante:
Considero que seja sim correto chamar os Estados Unidos da América como América. A lógica vem justamente do país adjacente ao sul a este. Da mesma forma que chamamos os Estados Unidos Mexicanos de México, faz sentido referenciarmos o Estados Unidos da América como América. O nome pode confundir em alguns casos isolados mas nomes iguais para contextos geográficos distintos é algo bastante recorrente tanto no Brasil como no EUA:
Cidade de Nova Iorque vs Estado de Nova Iorque
Cidade de São Paulo vs Estado de São Paulo
etc.
É um país cujo nome informal é o mesmo que o do continente, fica mais fácil de aceitar o fato pensando dessa forma. Mas confesso que quando vi uma discussão entre canadenses e americanos sobre o assunto fiquei quieto pois estava divertido assistir o americano ficar sem argumentos contra o canadense.
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Olá Filipe e Matias,
confesso que estava um pouco com o pé atrás em ouvir esse programa, pelo mesmo motivo que a galera pula a parte do futebol em outras edições, mas ainda bem que não fiz isso.
Uma série que acabei assistindo por acaso e trata sobre várias questões que vocês abordaram no programa é Ballers, da HBO, com o Dwayne “The Rock” Johnson. Lesões, tempo dos atletas no esporte, futebol americano no colegial e suas restrições e até a questão da mudança de franquia são tratadas na série, que teve a quinta e última temporada em 2018.
Um abraço para vocês e para minha colega de trabalho (além de parceira de fronteiras e XV), Carla do Nascimento.
Olá pessoal, vou tentar ser sucinto.
O Zolin esqueceu do Brian Flores, técnico do Miami Dolphins que também é negro.
Segundo, algo que podemos ver no futebol americano é enteder a produção de algumas coisas nos EUA. Os torcedores dos Packers recebem o nome de cabeças de queijo, pois o estado de Wisconsin é o maior produtor de laticínios nos EUA. Mas não só isso, vemos nos bowls de fim de ano. O Zolin citou o Idaho Famous Potato Bowl, que tem esse nome pois o estado de Idaho é o que mais produz batata. E a rivalidade entre Auburn e Alabama recebe o nome de Iron Bowl, pois a cidade de Birghminham, no Alabama, era muito importante na exploração do metal antigamente.
Sobre a questão do draft, é uma estratégia da liga. No livro do Ferran Soriano, CEO do Man. City, ele conta que numa conversa com dirigentes da NFL, eles falaram que a tática da liga é deixar o jogo o mais imprevisível, pra atrair mais público, enquanto na La Liga o que atrai público são os colossais Barcelona e Real Madrid. Por isso o draft e o teto salarial (além de ser mais justo também).
Há algumas divergências sobre quem foi o primeiro brasileiro na NFL, sendo que Tony DiRienzo chegou a ser draftado pelos Charges em 76. Mas o único a atuar em um jogo de temporada regular, foi o Cairo. Aqui vai uma reportagem que conta a história do Tony: http://profootball.com.br/cfb/conheca-tony-dirienzo-o-brasileiro-bicampeao-do-college-e-draftado-pelos-chargers-em-1976/
Ainda teve alguns que atuaram no College antigamente.
E por fim, uma curiosidade. Sabia que o sobrinho do atual presidente da Libéria e ex-melhor do mundo da FIFA, George Weah, joga na NFL? Jester Weah está no Practice Squad do seu time, o Washington Redskins. E só descobriram que ele era sobrinho do Weah pois ele comentou com outro calouro do time, o Kelvin Harmon, pois descobriu que Harmon nasceu em Monrovia, capital da Libéria (Jester nasceu nos EUA). Fui olhar, e outro grande jogador nasceu lá: Tamba Hali, antigo defensor dos Chiefs. Acredito que tenha muito a ver com a guerra civil no país nos anos 90, não sei o que abordaram no Fronteiras do país pois não ouvi ainda. Aqui a reportagem do caso https://www.washingtonpost.com/sports/2019/11/21/george-weah-president-liberia-former-soccer-star-has-nephew-nfl-practice-squad/
No mais, mais um excelente programa, forte abraço, e façam um fronteiras invisíveis do curling.
Pingback: Ep. #2 – Washington Redskins, o nome banido da NFL (part. Deivis Chiodini) | Historiador do Esporte
Eu estou, pela primeira vez, assistindo os fronteiras invisíveis do futebol. Ano passado comecei a assistir o Xadrez Verbal, especial coronavírus e depois o XV normal. Muito legal, parabéns. Obs.: neste momento em que assisto, o Internacional do Abelão está na liderança do brasileirão.