Fronteiras Invisíveis do Futebol #90 – Política Externa Brasileira

Para fechar o ano com chave de ouro, vamos falar do nosso Brasil brasileiro e da relação entre o futebol e a identidade nacional. Traremos um breve histórico da política externa brasileira durante os regimes republicanos, passando pelas pautas principais de cada período, como a estabilização de fronteiras e as guerras mundiais. Faremos esta retrospectiva através do soft power do futebol e como a seleção brasileira e os jogadores se relacionam com esse conceito, cunhado pelo cientista político Joseph Nye. Tudo isto temperado por alguns dos principais episódios do futebol brasileiro pelo Mundo, com o apoio do novo eFootball Pro Evolution Soccer 2020!

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Referências no programa

Livro A diplomacia na construção do Brasil: 1750 – 2016, de Rubens Ricupero

Livro História da política exterior do Brasil, de Amado Cervo e Clodoaldo Bueno

Livro Esporte, poder e relações internacionais, de Douglas Wanderley de Vasconcellos

Coluna Brasil ou algo assim: a vida numa região da fronteira contestada pelo Uruguai, por Maurício Brum

Livro O crime do restaurante chinês: carnaval, futebol e justiça na São Paulo dos anos 30, de Boris Fausto

Livro Futebol Nation: a footballing History of Brazil, de David Goldblatt

Filme A Estrada 47

Livro Campanha permanente: o Brasil e a reforma do Conselho de Segurança da ONU, de João Augusto Costa Vargas

Filme Pra frente, Brasil

Repertório #01 – Celso Amorim

Repertório #02 – CMT Márcia Braga

Música de Encerramento Esperança, com Pelé

Ouça o podcast aqui ou baixe o programa.

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Filipe Figueiredo, é tradutor, estudante, leciona e (ir)responsável pelo Xadrez Verbal. Graduado em História pela Universidade de São Paulo, sem a pretensão de se rotular como historiador. Interessado em política, atualidades, esportes, comida, música e Batman.


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27 Comentários

  • Thiago Motta Sampaio

    Sobre falar que é brasileiro e emendarem assunto de futebol, em 2013 eu morava em Paris e estava voltando de Londres de ônibus. Chegando em Calais o policial de fronteira viu meu passaporte e começou a zoar sobre a Copa de 98 xD.
    Considerando que passei um perrengue pra entrar na Ilha, até que essa experiência na volta foi bem bacana rs

  • Por falar em representantes do futebol como soft power, teve aquele filme chamado “fuga para a vitória” com o Stalone e o Pelé kkk

  • Sobre a influência do futebol brasileiro em outras partes do mundo, este dias tive uma história interessante: Durante a semi-final Flamengo x Gremio, eu só tinha visto quando o jogo estava empatado, então, conversando com um Iraquiano que vive aqui em Sydney, ele começou a falar comigo sobre o jogo, quando eu disse que estava empatado e ele me corrigiu dizendo que o Flamengo já tinha feito mais dois.

    Resumo, o cara era roxo pelo Flamengo. Fiquei meio surpreso.

  • Sobre a participação dos Pracinhas na 2a GM, a Batalha de Montese teve grande participação do 11º Batalhão de Infantaria de Montanha de São João del-Rei-MG (minha terra natal), já que era (se não me engano, ainda é) o único batalhão brasileiro com a preparação para técnicas de escalada.
    Meu já falecido avô Bertinho inclusive falava que apressou o casamento com minha vó Belina para poder fugir pra roça e não ser chamado pro alistamento para a Guerra.
    Fica como dica cultural a visita do Museu da FEB de São João del-Rei-MG, com várias peças, armas e histórias dos pracinhas que participaram da Batalha de Montese.

  • Patrick Gomes Ferreira

    Sou carioca e moro em Cascais, Portugal com a minha esposa. Consegui convencê-la a ouvir o fronteiras e ela está amando, apesar de sempre passar o bloco sobre futebol. Agora estou tentando iniciá-la no xadrez verbal porém ela acha 3 horas de programa muita coisa. Esta é a primeira vez que comento. Sobre o último programa, no Rio existe uma estação de metrô chamada Cardeal Arcoverde e só os mais velhos chamam ervilha de petit-pois. Os mais novos já chamam de ervilha mesmo. Parabéns pelo podcast, adoro história e futebol. Sugiro um programa sobre os Estados Unidos. Obrigado e mais uma vez parabéns!

  • Grande episódio, como de costume! Agradeço imensamente! Vou divulgá-lo aos meus alunos de Política Externa Brasileira, que provavelmente vão amaldiçoar o atraso de algumas semanas no lançamento, pois eles acabaram de fazer seus exames finais e o cast seria um belo resumo e guia para os estudos!!!

    Sobre Joaquim Nabuco e a embaixada brasileira em Washington: ele não só foi o primeiro embaixador brasileiro nos EUA, mas o primeiro embaixador do Brasil! A Embaixada brasileira em Washington foi a primeira embaixada do país, criada em 1905 por esforço do Barão de Rio Branco, a contragosto de Nabuco. Anteriormente, só tínhamos legações, consulados e representações diplomáticas. O fato desloca o eixo da política externa brasileira de um lado para o outro do Atlântico.

    Forte abraço e boas férias!

  • Ótimo programa, pessoal. Gostaria de fazer um pedido para o Fronteiras Invisíveis do Futebol. Se possível falar a história do Rio Grande do Norte, o meu estado. Lá possui algumas curiosidades interessantes como a referência a cada um dos times sendo de peixes que alimentavam os moradores dos bairros onde os clubes foram fundados. Xarias eram conhecidos os moradores do bairro da elite natalense torcedores do América e Canguleiros eram os moradores do bairro portuário de Natal, local onde foi fundado o ABC. Xarias devido a um peixe chamado Xaréu e Canguleiros devido o peixe Cangulo.

    Além disso o estado teve uma importância fundamental na Segunda Guerra Mundial, sendo chamado de Trampolim da Vitória pelos moradores locais devido a posição geográfica favorável em relação à África.

    Forte abraço a todos.

  • Olá caros Filipe e Matias! Sobre os jogadores que foram embaixadores, vale também uma menção à Marta que é embaixadora da boa vontade da ONU. Um forte abraço!

  • Olá, Filipe e Matias!

    Primeiro, gostaria de parabenizá-los pelo programa, ficou bastante completo mesmo.

    Depois, só a título de curiosidade: aqui no Rio de Janeiro, existe uma estação de metrô chamada Cardeal Arcoverde, que fica no começo de Copacabana.

    Por último, queria pedir um abraço, primeiro, para a minha amiga Malu, que recentemente se formou em Ciências Sociais na UFRJ e também é super fã do programa, e depois, para o pessoal da minha turma do mestrado em Ciência Política da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO).

    Saudações rubro-negras!

  • Po pessoal, ver um comercial do PES depois da Konami baixar a cabeça pra China e tirar o Ozil do jogo estilo KGB foi brabo. Não to julgando o caráter de vocês por causa disso, e não to dizendo que Fifa é muito melhor (a EA tá empurrando jogo de azar pra criança menor de idade com lootboxes e caça niqueis embutidos em jogos de esporte de censura livre), mas não acho legal vocês se colocarem no olho desse furacão mesmo que de forma acidental.

  • Vitor Villeroy @VitorWdV

    Sobre ervilha/petit poir: Minha mãe fala, e ainda é muito usado aqui como forma de distinguir as ervilhas na feira, do tipo: Ervilha “tipo vagem” ou Ervilha ” tipo petit poir”. Para ilustrar essa influência francesa, meu pai que é nascido na década de 60, foi colocado pra aprender francês em vez de inglês como sua principal lingua secundária – digamos assim – de forma totalmente anacrônica, dando mostras da resiliência dessa influência cultural francesa por aqui. Minha avó materna, filha de imigrantes do leste europeu (que cresceu ouvindo russo e yidish), segue falando “pirê” em vez de purê até hoje, o que também demonstra a capacidade de introjetar a influência francesa mesmo em grupos imigrantes. Dá pra garimpar diversos outros exemplos.

    Para compreender melhor essas nossas elites afrancesadas, relação com futebol, projeção na política externa etc recomendo fortemente o artigo da professora Rachel Soihet, “O povo na rua, manifestações culturais como expressão de cidadania” que figura na coletânea ” O tempo do nacional – estatismo: Do início da década de 1930 ao apogeu do Estado Novo.” Não deixa de se relacionar com o atual programa ao relatar o processo de legalização e apropriação do samba pelo movimento de 1930 (e que acaba se projetando na política externa ao propor o Brasil como país do samba, carnaval e futebol, imaginário presente até hoje). Para quem gosta de futebol, samba e identidade nacional é um artigo delicioso. Também debate com o programa do dia da consciência negra, pois retrata as elites afrancesadas, as quais negavam a presença popular no futebol e criminalizavam o samba; versus o getulismo que adotara a narrativa de Gilberto Freyre e pressionava pela abertura dos campos às classes populares compostas majoritamente de negros e negras. Não deixa de ser uma boa referência para um possível programa sobre terras fluminenses.

    PS.: Estava para fazer um comentário bem legal sobre a DDR, mas infelizmente a correria de fim de ano para qualificar no mestrado me impediu, uma pena. Um abraço a todos e boas festas!

    • Vitor Villeroy @VitorWdV

      Ah, e sobre zipper e fecheclair.. faça mil favor, Matias! Discutir se meu galicismo é melhor que o seu anglicismo não faz sentido, ambos são absolutamente lamentáveis na escala Aldo Rebelo de patriotismo! Passar bem!
      kkkkkkkk

  • A areia monazítica é mais um assunto que vocês podem cobrir no futuro Fronteiras sobre o Espírito Santo, que aguardo ansiosamente.

    Um dos principais locais de onde foi extraída esta areia foi neste estado, mais especificamente no balneário de Guarapari. Dizem que estas areias radioativas ajudam a curar artrite, mas de que eu saiba isto nunca foi cientificamente testado 🙂

  • Gosto muito do conteúdo de vocês.
    Por favor, façam um fronteiras sobre o Camboja. Um país com um história rica, gostaria de entender melhor a relação da guerra civil com a guerra do Vietnã.
    Moro aqui a alguns meses, e já me sinto em casa.
    Grande abraço e saudações gremistas.

  • Filipe e Matias,

    Moro em Portugal e gostaria de saber um método de ser padrinho. Sei que vocês utilizam o Padrim, mas aceita método de pagamento fora do Brasil? Obrigado,

  • Prezados, mais uma vez parabéns pelo programa. Sou flamenguista e estive na final do mundial no Qatar, pior que ainda dividi o Uber com um torcedor do Liverpool para o Aeroporto, kkkk. Coisas do futebol! Por falar em “soft power” algumas coisas me chamaram a atenção. Primeiro, no hotel que eu estava um funcionário da FIFA, não sei cargo ou função, conversando com ele me disse que ninguém no mundo organiza um campeonato de futebol sem que se tenha como expectativa que o Brasil seja protagonista (campeão, finalista, algo assim), como se confirmou, mesmo com a derrota do Flamengo, o gol do Liverpool foi marcado por um brasileiro! Ainda, eu estava no mercado de Doha em pé com a camisa do Flamengo, uns meninos árabes (não sei a nacionalidade, qataris ou da região, não perguntei) estavam jogando futebol com uma latinha e queria me driblar o tempo todo e querendo que eu jogasse com eles, foi o que acabei fazendo, foi divertido, mas aquilo pra mim ficou claro que eles me viam como alguém que naturalmente sabia jogar futebol, embora estivem enganados kkkkkk, pois sou perna de pau! Por último, o Qatar tem moldado o país, é isso mesmo, para receber uma Copa do Mundo em 2022. Algo que nem se compara ao Brasil! Aquele Pais será o menor e menos populoso (aprox. 2,2 milhões de habitantes) a receber a competição na história e por cima ainda teremos a competição ocorrendo em uma única cidade, assim como em 1930, a primeira Copa realizada no Uruguai (Montevideo). Doha sua capital e única metrópole do País tem aproximadamente uma população menor que a região metropolitana de Goiânia. Serão 8 (oito) estádios sendo construídos na mesmo cidade! Aqui no Brasil tínhamos feriados em dias de jogos nas cidades sedes, mesmo em metrópoles como São Paulo e Rio de Janeiro, agora imaginem que teremos até 4 jogos no mesmo dia, na mesma cidade?! A impressão que a cidade e até o País está sendo construído (estádios, hotéis, rodovias, viadutos e etc) para a Copa. Resta ver o que será do País depois disso! Fora que o Qatar, até pelo seu tamanho não tem atrações turísticas e ainda está com as fronteiras fechadas ao seus vizinhos como Arábia Saudita e Emirados Árabes Unidos, sem voo diretos, o que afetará a atratividade do evento. Enfim, posso imaginar os “motivos” da FIFA, mas haja “soft power” por parte do Qatar para realizar o evento, algo sem precedentes em copas do mundo e olimpíadas.
    Abs

  • Brasil o maior campeão em mundiais?? só se for considerar exclusivamente os masculinos (BR 5, Ita 4, Ale 4). Juntando com as edições femininas, tem que adicionar +4 dos EUA, +2 da Ale, +1 do Japão e +1 da Noruega e assim a ordem dos mairoes campeões mundiais é a seguinte:

    1. Alemanha 6 títulos,
    2. Brasil com 5,
    3. Italia, Estados Unidos com 4 cada
    5. Argentina, Uruguay e França com 2 cada
    8. Inglaterra, Espanha, Japão e Noruega com 1 cada

    Abraços

  • Salve meus consagrados!
    Terminei de maratonar o Fronteiras Invisíveis e só tenho a agradecer pelo trabalho de vcs, resisti um pouco para começar confesso, mas realmente vcs sempre tem a acrescentar, Ouvi até as partes do futebol rsrsrsrs

    Parabéns pelo trabalho e muito obrigada!

  • Curiosidade republicana: Em 1909 o Brasil teve seu primeiro presidente com assumida origem africana, Nilo Peçanha, filho de pai pardo e mãe branca. Então vice-presidente de Afonso Pena, assumiu a presidência quando Afonso morreu. Muito se fala a respeito de sua etnia, alguns alegam que era negro, usando desta origem, outros, como seus descendentes dizendo que era branco pela pele clara. De qualquer maneira, em sua época era geralmente considerado pardo e por esse “background” étnico, sofreu muito racismo, por parte da mídia, outros políticos e até pela família aristocrata de sua própria esposa. Como se não fosse suficiente, em 1921 ao tentar se candidatar à presidência foi vítima de difamação (tire suas conclusões do porquê) o levando à derrota.
    Vale lembrar que além dele, FHC também já se declarou possuir ascendência africana. Além desses, Washington Luís, Rodrigues Alves e Campos Sales supostamente escondiam sua ancestralidade africana.
    Ótimo programa, rapeize, até mais!

  • Olha esse negócio que carioca fala petit pois eu desconheço, na verdade a primeira vez que eu ouvi isso foi uma semana antes deste episódio, uma medica idosa havia falado nem eu nem minha colega de trabalho entendeu depois ela falou enfurecidamente que era ervilha em francês. Carioca fala Ervilha porque é o que tá escrito na lata e Biscoito que vem escrito no pacote,sabe,a forma correta . Um abraço!

  • Pingback: Xadrez Verbal Podcast #217 – Oriente Médio no início de 2020 | Xadrez Verbal

  • Estou maratonando o Podcast e vejo que é recorrente episódios com países do leste europeu, mas, sinto falta de falarem da maior comunidade eslava presente no Brasil: a Polônia.
    Da formação do Reino das Duas Nações ao seu esfacelamento no séc. XVIII, a reconstrução do país no entreguerras, o seu papel no fim do socialismo e a guinada ultradireita neste século mostram que assunto não faltam.

    Obs.: No site, estão faltando os ep. 09 ao 47.

  • Não sou fã de futebol, e sou um daqueles que passa pela parte do “Campo” sem prestar muita atenção… rs Mas, bem, posso sugerir um livro? Futebol: O Brasil em Campo, do correspondente inglês Alex Bellos. Não é lá muito acadêmico, mas muito divertido. Além de descobrir e rir com certas coisas que só existem no Brasil mesmo, acaba sendo uma interessante visão de fora de eventos futebolísticos nacionais… Até hoje eu rio com as histórias do Peladão de Manaus. Eu li a primeira edição apenas, mas – salvo engano – já existe uma outra com o acréscimo do vexame do 7 x 1…

  • Bom, Uruguai em português não tem ‘Y”…um link abaixo com uma reportagem sobre a Ilha Brasileira:
    https://gauchazh.clicrbs.com.br/comportamento/noticia/2018/06/ilha-brasileira-em-barra-do-quarai-porcao-de-terra-cercada-de-controversia-por-todos-os-lados-cjig3uxvp0dhx01paqtgf9ohd.html
    Abraços e obrigado pelo Fronteiras!

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