Fronteiras Invisíveis do Futebol #65 – Finlândia

Pagamos uma dívida de 2017, já que a Finlândia celebrou o centenário de sua independência no ano passado. Fomos até a antiguidade, com a rede de pesca mais antiga preservada, passando pela Idade Média, com loucas confusões entre cruzados suecos, germânicos e russos.

Seguem-se séculos de domínio sueco e russo, com autonomia, assassinato de governador e nomes esquisitos nessa língua do capeta. Até a emancipação e a guerra civil em 1917, seguidas das guerras com os soviéticos e a “finlandização” da…bem, Finlândia durante a Guerra Fria. Tudo isso temperado com a rivalidade entre as comunidades de finlandeses e suecos dentro do país, além de muitos gols do craque Jari Litmanen.

Referências no programa

Livro Finland at War, The Winter War, de Vesa Nenye

Livro Rumo à Estação Finlândia, de Edmund Wilson

Música Erämaan viimeinen, do Nightwish

Ouça o podcast aqui ou baixe o programa.

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Filipe Figueiredo, é tradutor, estudante, leciona e (ir)responsável pelo Xadrez Verbal. Graduado em História pela Universidade de São Paulo, sem a pretensão de se rotular como historiador. Interessado em política, atualidades, esportes, comida, música e Batman.


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23 Comentários

  • Muito bom o programa senhores, parabéns!

    Vyborg é uma cidadezinha muito bacana e aconchegante. É uma coisa curiosa é que logo na saída da estação de trem da cidade, tem uma placa com o nome da cidade em russo Vyborg e na parte de trás está o nome finlandês do lugar — Viipurii. E é legal subir na torre do forte de onde você consegue ver até a fronteira da Finlândia em dias de muito sol. Deixo aqui um post em um blog que eu escrevia e relatei minha visita à cidade em 2015.

    Mais uma vez parabéns pelo trabalho. Heippa!

  • Ótimo programa, como sempre!

    Sobre música: É bem curioso o fato de que o metal é um gênero considerado de alta cultura no país, mas que vem perdendo espaço e popularidade. Foi citado Children of Bodom e Nightwish, mas é possível citar outras bandas de metal que eu não fazia ideia de que eram finlandesas, como Sonata Arctica e Stratovarius. Uma banda (ou supergrupo) legal de se conhecer é o Northern Kings. O Marco Hietala (Nightwish) é um dos integrantes. Eles fazem covers de músicas famosas versão metal. Nesse vídeo dá pra ver eles cantando pra famílias e pessoas de todas as idades, mostrando que o metal é uma parte da cultura do país: https://m.youtube.com/watch?v=JLlVEC5VCv8.

    E só pra corrigir o Filipe, o Nightwish tem 4 músicas em finlandês, e não duas, como você falou: Kuolema Tekee Taiteilijan, Erämaan Viimeinen, Lappi e Taikatalvi. Minha música preferida entre essas 4 é a primeira que listei, mas você tem razão em falar que dessas daí, Erämaan Viimeinen é a que mais representa o estilo do Nightwish.

    Saindo um pouco do metal, cantoras finlandesas que eu gosto muito: Laura Närhi, Johanna Kurkela Jenni Vartiainen.

    E uma curiosidade: alguns anos atrás, uma música finlandesa ficou famosinha aqui no BR, apesar de ninguém saber que era finlandesa. Ela era a música de abertura de um quadro do programa Pânico na Band. A música se chama Kapteeni Käskee, do Ilari. Kapteeni Käskee é a mesma coisa que “Simon says”, ou “o mestre mandou” (aquela brincadeira).

    Abraços!

    • Ops, corrigindo: Johanna Kurkela e* Jenni Vartiainen.

    • Também tem os razoavelmente famosos e excelentes Sentenced (que tem algumas músicas com título em finlandês, mas todas instrumentais ou com letra em inglês), Poisonblack, Apocalyptica, HIM, e o menos famoso mas não menos excelente Timo Rautiainen & Trio Niskalaukaus.

      • Além desses mencionados tem o Barathrum e o Azaghal, que são debuma vertente mais black metal tradicional, além do Ensiferum que tem uma pitada de folk.
        O Azaghal (qualquer semelhança é mera coincidência) tem a maioria de suas músicas em finlandês e seu melhor álbum, na minha infame opinião é o “Of Beasts and Vultures” de 2002.

  • Política Internacional e metal, best match ! ainda mais da minha banda favorita, muito bom camaradas, vocês sempre trazem
    diversão e informação. Acho que sou o único ouvinte de Belford Roxo, inclusive tenho mania de escutar podcast durante os tiroteios. Um abraço e até a próxima.

  • Excelente episodio!
    Fico muito feliz por trazerem esse país pelo qual tenho especial carinho.
    Duas contribuições, uma no tema musical, em complemento aos excelentes comentários que me precedem, outra com respeito a guerra de inverno. Na primeira, um personagem formador da identidade nacional finlandesa é o compositor do romantismo tardio Jean Sibelius, autor da obra sinfônica Finlândia, que, inclusive, teve sua reprodução proibida nas rádios da Alemanha ocidental quando da ocupação aliada, pelo seu forte apelo nacionalista mesmo fora de seu país de origem. Tão forte foi a figura de Sibelius na formação nacional finlandesa que, até hoje, a Finlândia tem altíssimos índices em educação e formação em música erudita, fator que influencia fortemente sua produção musical popular em grupos de metal espadinha, digo, Power metal como Nightwish e Apolalyptica que contam, ambos, com músicos e musicistas com formação erudita.
    O segundo ponto é sobre a origem do termo coquetel Molotov, que tem sua origem na guerra de inverno e cuja menção senti falta. A origem do termo se dá após uma declaração em rádio do então chanceler soviético Vyacheslav M. Molotov que dizia estar enviando não bombas, mas sim suprimentos aos finlandeses, que passaram a chamar, jocosamente, os bombardeios de “cestas de pão Molotov” e as bombas incendiárias e químicas de “coquetéis molotov”.

    Para o primeiro comentário a referência é o excelente livro de historia da música “The Rest Is Noise”, do critico musical Alex Ross, em particular o capítulo 5: “Apparition from the Woods” que discorre sobre o compositor finlandês ao longo do século XX. Para o segundo comentário, a referência é a Wikipédia e o anedotário das aulas de história… Tendo essa falta de fontes confiáveis em vista, deixo aqui a pergunta: esse factoide sobre o coquetel molotov tem alguma validade?

    Forte Abraço!

  • Mais um excelente episódio, como de costume.

    Não podendo contribuir muito mais com a parte histórica e futebolística, permitam-me contribuir um pouco com o metal.
    Erämaan Viimeinen é uma versão da instrumental Last of the Wilds, que está no álbum Dark Passion Play, o primeiro sem a Tarja. Até onde sei, a música foi primariamente composta pelo Holopainen para ser cantada originalmente em finlandes, mas com a saída da Tarja e a entrada da Anette Olson, que é sueca e não dominava o idioma, a vocalista do Indica, que é uma banda produzida pelo próprio Holopainen, foi convidada a cantar a versão em finlandes, que saiu como single apenas para a Finlândia.

  • Carlos Henrique Lima Veloso

    Istmo da Carélia parece o nome daquelas partes do corpo que vocês mandam beijo

  • Decepcionado de a musica de enceramento não ser levan polka

  • Guilherme Alexandre

    Belo episódio sobre a Finlândia.
    Lá o Metal é tão “pop” (não poderia deixar de fazer essa comparação/trocadilho) ao ponto da Tarja Turunen ser uma das técnicas do The voice finlandês.
    Além disso, É importante frisar a presença feminina no subgênero do Metal sinfônico, tendo como expoentes dessa presença a Tarja turunen, a Sharon den Adel ( do Within temptation) e a Simone Simons (da Epica).
    Em relação a música de encerramento, eu estava esperando (e muito) que tocasse uma banda pop chamada PMMP (têm até uma gafe que eu fiz por conta da inacessibilidade das letras traduzidas dessa banda), porém eu entendo a escolha.
    Como dica cultural (na verdade não sei se isso se enquadra nessa categoria), tinha um programa na Band chamado O Mundo Segundo os Brasileiros, na qual em uma das temporadas eles apresentam a cidade de Helsinque: https://www.youtube.com/watch?v=Ykj-R1mpXgw
    Um abraço e até mais.

  • Excelente episódio, como sempre. Mais uma metaleira por aqui, mas como os ouvintes acima já citaram várias bandas e curiosidades sobre o heavy metal finlandês, minha contribuição fica sobre o idioma finlandês que tem pelo menos 14 (isso mesmo, catorze casos, podendo chegar a 17 – o alemão, por exemplo, tem quatro). E a quantidade de consoantes repetidas tem um motivo: quando se lê, elas fazem uma pequena pausa: A sílaba tônica é sempre a primeira. Parece difícil, mas a pronúncia é relativamente bem simples. EX: aqui pronunciaríamos a palavra sussa como na gíria ( su.sa), mas em finlandês, a palavra seria suus ( u longo + s, pausa),sa (suu.sa)- (suu significa boca e o -ssa é o caso inessivo, de localização interior: na boca).
    Abraços desde Vitória da Conquista- BA.

  • O podcast da Arábia Saudita me influenciou a gostar do “metal saudita” e agora o da Finlândia, o “metal finlandês”, vocês estão me transformando num metaleiro underground hahaha.

  • sobre a escrita do finlandes ter letras “redundantes”,na verdade em finlandes isso é muito importante,quando te silabas com duas vogais seguidas então a siliba sera longa( tuli é diferente de tuuli,pois na segunda o u é longo) e quando tem duas consoantes seguidas quer dizer que a vogal é breve quase uma quebra da silaba( tuli é diferente de tulli,pois o u aqui é bem breve)logo tuli, tuuli e tulli(fogo, vento ,alfandega respectivamente) são palavras totalmentes diferentes com pronuncias diferentes.portanto em finlandes isso não é redundante/inutil tipo algumas palavras compostas do alemão

  • Meus amores… Os links para download dos podcasts antigos estão em off.

    Teriam como reabilitar?

    Obrigado por fazerem meus dias mais felizes.

  • Daniel Medeiros Almeida, MD

    Rapaz… metaleiro quando faz zuada, faz zuada junto! Dizem que na Finlandia, se voce não é formado na Sibelius Academy, você vai tocar metal. Por isso eu recomendo conhecer mais o trabalho solo da Tarja, que se formou na Sibelius e foi cantar metal. E impressionante como essa soprano lírico consegue navegar tão bem entre o rock o clássico . Ilustro com dois álbuns:

    The Shadow Self (2016)
    Ave Maria – En Plein Air (2015)

    Sim, Tarja Turunen gravou um disco só de Ave Marias. Eu dei esse disco pra minha mãe de presente, que tem 67 anos. Mas ela preferiu o Nightwish…

  • Conteúdo sensacional, como sempre. Parabéns pelo ótimo trabalho. Se puder mandem um beijo para minha noiva Juliana, torcedora do Sport, que diz que sou viciado no podcast e conhece o programa de tanto que falo quando estou bebendo! Kkkkkk Um abraço

  • Ótimo programa como sempre.
    Sou ouvinte de Santa Catarina, Balneário Camboriú, e soube dos podcasts pelo meu filho Felipe, que atualmente estuda em Irvine, California (vocês têm ouvintes lá também).
    Ouvi tardiamente este programa, pois estava em viagem e me ajudou a entender muita coisa, entre 1990 e 1995 trabalhei em uma empresa finlandesa e convivi neste período com vários finlandeses, que falavam aquele idioma do capeta, que só aprendi falar kipes kipes (saúde quando se brinda) e alguns palavrões.
    Quanto às dicas culturais, um finlandês me emprestou um livro que li e achei bem interessante, de um autor brasileiro, que conta uma história de ficção de um finlandês que sai de lá e vem parar no sertão no nordeste e retrata o conflito da cultura de lá ao contato com o sertanejo. O finlandês que me recomendou diz que achou ótimo e achou que retrata bem algumas curiosidades culturais
    Nome do Livro: Suomi
    Autor: Paulo de carvalho neto
    https://produto.mercadolivre.com.br/MLB-712902503-livro-suomi-paulo-de-carvalho-neto-super-raro-_JM

  • Mário Henrique Gebran Schirmer

    Caros Filipe e Matias,

    Sou super fã do Fronteiras. Eu e meu pai escutamos (nome dele é Mário Sérgio).

    Gostaria que mandassem um abraço pra ele. Agora ele está morando em Portugal, cursando o doutorado dele, então, vai ser legal mandar esse abraço virtual indireto para ele, porque já faz algum tempo que não vejo mais ele.

    Ele curte muito o programa também. E isso é muito legal, porque ele sabe muiiiito (absurdo mesmo) de história do futebol. Tem uma memória fantástica e ainda tem um detalhe bem legal. Ainda nos tempos de playstation 2, na época dos bomba patch, eu e ele – principalmente ele – fizemos um memory card em que editamos todos os times que tinham no jogo fazendo o que seria uma seleção histórica do time. Todos mesmo! Dava um trabalho gigante, mas era legal. Tudo começou quando o Kléberson voltou para o Atlético Paranaense em 2011, daí fui fazer a atualização e empolguei. Contei pro meu pai e ele empolgou ainda mais. Fizemos todos os times do Brasil e depois quase todos do mundo – no limite dos times disponíveis no jogo, mas fomos adaptando alguns. Era bem massa! Rolava umas tabelinhas tipo, jogando com o Atlético, Caju (goleiro do Furação de 42 e seleção brasileira), dava saída de jogo tocando pro Sicupira (meia da década de 70-80), que daí tocava pro Alex Mineiro (da década de 2000-10) e assim por diante. E em todos os times!

    Enfim, queria parabenizar vocês pelos programas, os quais são excelentes! Indico para muita gente!

    Grande abraço,

    Mário Henrique Gebran Schirmer

    • Mário Henrique Gebran Schirmer

      Aproveitando o ensejo: podia rolar um programa sobre o futebol paranaense!

      Tem até um texto do meu pai sobre a evolução histórica do futebol PR ao longo dos anos que se quiserem posso encaminhar. Não é tão longo e detalhado, porque tem apenas 12 páginas, mas é bem legal e se forem fazer o programa pode ser uma boa fonte de pesquisa.

      Abraços

      MHGS

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