Fronteiras Invisíveis do Futebol #64 – Tchecoslováquia

Viajamos até a Europa Central para conhecer a História de dois países que eram um só há 25 anos, com uma grande variedade étnica entre os seus habitantes. Entenda como surgiram checos e eslovacos, passando pela dominação austro-húngara – período no qual foi organizado o primeiro torneio interclubes continental – e o fim do Império Habsburgo permitiu a formação da Checoslováquia, que permaneceu independente até a chegada das tropas nazistas, com vista grossa do Ocidente.

Após a vitória soviética, o regime socialista permaneceu na zona de influência de Moscou, que enfrentou resistência durante a Primavera de Praga, em 1968, quando o Exército Vermelho ocupou a região – quando os checoslovacos foram campeões da Eurocopa oito anos depois – até a Revolução de Veludo, no final dos anos 80.

Referências no programa

Em breve

Ouça o podcast aqui ou baixe o programa.

Assine um dos feeds do Fronteiras Invisíveis do Futebol e não perca nenhum programa: feed RSS, feed do iTunes e feed Player.FM, feed Deezer e feed Pocketcast

A revista de política internacional do Xadrez Verbal é feita na Central 3, confira o restante da programação aqui.


assinatura

Filipe Figueiredo, é tradutor, estudante, leciona e (ir)responsável pelo Xadrez Verbal. Graduado em História pela Universidade de São Paulo, sem a pretensão de se rotular como historiador. Interessado em política, atualidades, esportes, comida, música e Batman.


Como sempre, comentários são bem vindos. Leitor, não esqueça de visitar o canal do XadrezVerbal no Youtube e se inscrever.


Caso tenha gostado, que tal compartilhar o link ou seguir o blog?

Acompanhe o blog no Twitter ou assine as atualizações por email do blog, na barra lateral direita (sem spam!)

E veja esse importante aviso sobre as redes sociais.


Caros leitores, a participação de vocês é muito importante na nova empreitada: Xadrez Verbal Cursos, deem uma olhada na página.

botãocursos

18 Comentários

  • Mais um programa sensacional!
    Estive em Praga em 2014, boas lembranças trago de lá (a cerveja mais barata de toda a Europa!).

    Conheci um checo (ou seria tcheco?) num hostel na Irlanda, em 2011. Fizemos uma grande amizade durante o período que estivemos por lá, curiosamente, ele era de Brno e contou-me que praticamente não existe resquícios das brigas, tanto étnicas, quanto políticas, acontecidas no Séc. XX. Calha dizer também, esse mesmo checo trabalhava como agenciador de meninas (em Brno), e possuía relativa fortuna, se comparado a um mochileiro como eu.

    Deixo uma outra curiosidade: Brno é a cidade no qual se passa aquele filme terror/gore O Albergue (The Hostel), virou ponto turístico depois que o filme ganhou notoriedade. (Também dica do checo/tcheco).

    Abraços,
    Gustavo Afiune

  • Programa sensacional Filipe e Matias.

    Sobre a história da Tchéquia e Eslováquia, uma vez li uma reportagem que o sobrenome Kubitschek do ex-presidente Juscelino é de origem tcheca, da cidade de Třeboň (na Tchéquia).

    https://www.mzv.cz/brasilia/pt/relacoes_bilaterais/cidades_irm_s_trebon_e_diamantina.html

    Em Bratislava, a cerveja é mais barata que água, não que na Eslováquia não tenha água rsrsrsrsrsr, mas como eles são mais especialistas em produzir muita cerveja, ela é bem mais popular.

    Que venha mais programas.

    • Só fazendo uma retificação sobre a participação da Tchecoslováquia nas Eliminatórias da Copa do Mundo de 1994, depois da separação do país: o nome oficial dessa seleção era Representation of Czechs and Slovaks (RCS), nome este que está em muitos videos de jogos no Youtube dessa seleção no período que a mesma jogou até o fim das eliminatórias.

  • Semana passada me mudei para um trabalho novo, que está cheio de gente da república checa. Esse podcast não poderia ter vindo em um momento mais oportuno!

    Sobre a pronúncia, tem os acentos esquisitos mas em geral é uma lingua bem fonética, em que cada letra tem um único som. Com exceção do “Ř”. Essa letra até eles tem dificuldade de aprender. Muitas crianças lá só conseguem pronunciar o Ř direito depois de ir no fonoaudiólogo.

    Fica aqui um resuminho de pronúncia (mas vale lembrar que eu não sei falar tcheco direito):

    Č -> “ch” (similar ao ć dos jogadores da Croácia)
    Ch -> “q”
    D -> “d” (sotaque nordestino)
    Ď -> “d” (sotaque carioca)
    J -> “i” (O nosso J para eles é Ž)
    Ň -> “nh”
    Ř -> “r” + “j” (essa aqui é impossível)
    Š -> x (que nem xadrez)
    Ť -> Tch (que nem tchê)
    Ž -> “j”

  • Excelente programa!

    Deixo aqui duas dicas, uma cinematográfica e a outra musical:

    A primeira é o filme “Operação Antropoide” de 2016 (“Anthropoid” no original), que conta com o Cillian Murphy (de “Batman”, “A Origem”, entre outros) e mostra a história da operação citada no programa que assassinou o general da SS Reinhard Heydrich em Praga durante a Segunda Guerra Mundial.
    Eu, inclusive, estive em Praga 2 semanas após o fim das gravações e as pessoas ainda estava comentando sobre as mesmas.

    A outra foi também durante essa viagem a praga, onde ouvi uma música no rádio do meu Uber, achei bacaninha e dei um Shazam para descobrir quem era. A canção se chama “Slovnik cudzich snov” da banda de rock eslovaca “TEAM”.

    Um abraço!

  • Welington Fagundes Busulo

    Olá Filipe e Matias,

    Parabéns pelo ótimo trabalho que os dois vêm fazendo.

    Sempre ouço através de app de podcast p android (podcast addicted), enquanto trabalho então não consigo pesquisar algumas informações ditas no programa. Gostaria de sugerir que vocês colocassem alguns links que ajudassem o aprofundamento ou mesmo o acompanhamento do programa, mapas ajudam bastante principalmente na parte da história. Sei que vocês colocam as referências com o tempo mas muitas vezes o programa já foi ouvido, como o lançamento é quinzenal talvez seja possível implementar isso.

    Só uma sugestão.

    Obrigado a atenção e parabéns pelo ótimo trabalho.

    Um abraço

  • Ótimo programa! A título de esclarecimento, segundo o próprio Tcheco (jogador), seu apelido é em razão de uma vizinha de sua avó que era gaúcha e sempre fala “tchê” perto do craque, sendo essas suas primeiras palavras, as quais ele vivia repitindo, da variante nasceu o apelido Tcheco.

    Espero ter esclarecido

    Mandem um abraço para o pessoal de Matão e para a Garra Azul da Matonense! SEMA!!!

  • A piada do Matias procede! Realmente tinha uma relação entre Velvet Underground e a Revolução de Veludo:
    https://matadornetwork.com/change/the-true-story-of-the-velvet-underground-in-the-czech-underground/

  • Felipe e Matias,

    01. “Primeiramente”, adorei as piadinhas.
    02. Senti falta de dizerem que quando pensam em queijo – lembram do “Mui Leal e Nobre Estado de Minas Gerais”.
    03. Em terceiro lugar, o Danúbio não corta a República Tcheca.. apenas a bacia hidrográfica do Danúbio passa pelo país.
    04. A Lusácia (ou Lusátia, como disseram, porém, o correto é com o som de “S”. A região também é chamada de Sorábia) não é apenas uma região qualquer entre a tríplice fronteira – Alemanha-Polônia-Tchéquia. É a terra de uma minoria étnica eslava (Eslavos do Noroeste, assim como Eslovacos, Poloneses, Tchecos etc.) – os Sorábios. Sobre este grupo é interessante dizer que compartilham a origem de seu endonímio com os sérvios, apresentam algum isolacionismo genético (explicado em parte pela geografia da região), possuem língua e costumes próprios. Existe diáspora sórbia ou sorábia ou lusácia ou “wend” nos Estados Unidos (principalmente nas proximidades de Austin, Texas… local de grande assentamento alemão em geral), Austrália (junto aos alemães que “popularam” o Vale de Barossa – a mais famosa região vinícola da Austrália e onde existe um dialeto alemão que sobrevive aos dias de hoje). No Brasil a imigração foi diminuta – a maioria dos colonos assentaram-se no Paraná e foram rapidamente incorporados às comunidades alemã ou polonesa.
    05. Sobre a demografia dos Sudetos – queria reforçar que apesar de a retórica nazista dizer que tratava-se de “uma região alemã”, os Sudetos eram justamente uma região de fronteira. Apesar de que os alemães étnicos formavam maioria significativa em algumas regiões – nunca foram os únicos a povoar estes montes. Os números mostram que eram mais de 75% na maioria dos Distritos.. mas repito – não eram os únicos que viviam por ali.

    Enfim,
    Sempre acompanhando e torcendo por um FIF sobre a Nicarágua.

    Abraços da Laguna dos Patos.

  • Ops… “Filipe”! Espanholizei-me por alguns instantes.

  • Estou indo a Praga e vou ficar 60 dias lá. Alguma dica, Filipe?

  • Minha avó me chama Cilézia, a mesma pronuncia da região Silésia, é um nome um tanto quanto curioso. kkkkk

  • Emil Zátopek … a locomotiva de Praga … multicampeão no atletismo … incluindo São Silvestre …

  • Espero desde o primeiro programa um episódio sobre a Suécia, aliás os países escandinavos merecem e ainda renderia uns 3 programas, uma pra cada país, ou 4 se considerarem a Finlândia. Fica a dica, Filipe! Abs

  • Pingback: CFC #016 - South Brazil e Família 3 BJCP (Czech Lager)

  • Estou ouvindo com quase um ano de atraso, mas quero deixar registrado q não só 8 brasileiros foram pra Bratislava haha
    Pra ser sincera, eu não conheço quase ngm que tenha ido a turismo. Mas tem muitas filiais de empresas de tecnologia lá. E eu trabalho em uma, então conheco muita gente que vai pra lá trabalhar por um tempo ou até acaba ficando de vez. Tem uma pequena comunidade brasileira. Por conta disso, eu sou uma pessoa incomum que só conhece um lugar na Europa, e esse lugar é Bratislava (fui trabalhar por duas semanas). Uma colega minha até foi num happy hour só com brasileiras, de várias dessas empresas.
    Como alguém q não conhece mais nada da Europa (só passei uma tarde em Viena, mas basicamente só naqueles onibus de 2 andares para turistas), eu gostei de lá.
    Fiquei curiosa sobre que sorvete era esse. No nosso grupo, tinham uns filipinos doidos por sorvete. Eles experimentavam todos que achavam. O cornetto da kibon de lá é muito maior que o daqui, inclusive. Um dia saímos com eles e fomos em uma sorveteria atrás da outra. Uma delas tinha sorvete de acerola e, qdo a dona descobriu q tinha brasileiros lá, pediu para que esperimentássemos o sorvete, pq ela não sabia o gosto de acerola de verdade e queria saber se o sorvete fazia juz a fruta (aparentemente ela fez usando a polpa que alguém trouxe).

  • Pingback: Xadrez Verbal Podcast #242 – Europa, Quirguistão e eleições pelo mundo | Xadrez Verbal

Deixe um comentário

Preencha os seus dados abaixo ou clique em um ícone para log in:

Logo do WordPress.com

Você está comentando utilizando sua conta WordPress.com. Sair /  Alterar )

Foto do Facebook

Você está comentando utilizando sua conta Facebook. Sair /  Alterar )

Conectando a %s

Este site utiliza o Akismet para reduzir spam. Saiba como seus dados em comentários são processados.