Fronteiras Invisíveis do Futebol #52 – Austrália

Referências no programa
Filme Mad Max
Documentário November 16
Música Down Under, do Men At Work
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Filipe Figueiredo, é tradutor, estudante, leciona e (ir)responsável pelo Xadrez Verbal. Graduado em História pela Universidade de São Paulo, sem a pretensão de se rotular como historiador. Interessado em política, atualidades, esportes, comida, música e Batman.
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Como sempre, um excelente programa. Parabéns pelo alto grau de qualidade da publicação.
Acredito que vale acrescentar uma breve passagem histórica sobre a relação da política do White Australia com os jogos olímpicos e com o movimento pelos direitos humanos.
Na famosíssima fotografia em que os atletas estadunidenses Tommie Smith e John Carlos aparecem erguendo os punhos em riste durante a cerimônia de entrega de medalhas da prova dos 200 metros rasos nas olimpíadas de 1968, o atleta australiano Peter Norman pode ser visto ocupando seu posto no segundo lugar no pódio enquanto ostenta a insígnia do “Olympic Project for Human Rights” junto ao peito. Inclusive, foi de Norman a sugestão para que os atletas afro-estadunidenses dividissem o par de luvas durante a execução do hino nacional.
No entanto, apesar do gesto bonito, segundo a matéria da rede CNN “The third man: The forgotten Black Power hero”, ao retornar à Austrália, o atleta passaria a “ser tratado como um pária”. Embora jamais tenha sofrido sanções oficiais, sua permanência no pódio durante o protesto de seus companheiros levaria ao fim da carreira profissional de Norman após os Jogos Olímpicos do México. Apesar de ter alcançado o índice olímpico, o corredor não foi selecionado para a equipe australiana de atletismo para os jogos de 1972 e, mesmo 30 anos depois, em 2002, ele não esteve entre as personalidades que receberam a honraria de carregar a tocha durante os jogos de 2002 em Sydney.
De fato, o governo australiano só se posicionou oficialmente sobre caso em 2012, com um pedido formal de desculpas e uma mensagem de reconhecimento de seus esforços em prol da luta pelos direitos humanos que diz: “(o parlamento australiano) pede desculpas a Peter Norman pelo tratamento recebido por este após seu retorno à Austrália e pela falha em reconhecer por completo seu papel inspirador antes de seu infeliz falecimento em 2006.”
Sobre o ostracismo de Norman em sua terra natal, John Carlos declararia anos mais tarde: “Enquanto nós estávamos sendo massacrados, Peter teve de enfrentar um país inteiro e sofreu sozinho.”
E pra completar, uma pequena barrigada: ao contrário do que a maioria das pessoas acredita, Mel Gibson não é Australiano, mas novaiorquino. O ator/diretor é nascido na pequena cidade de Peekskill, NY e sua família só se mudou para Sydney quando este já tinha 12 anos.
Olá Filipe e Matias! Parabéns por mais um ótimo programa, com a escolha mais acertada da musica de encerramento.
Já que foi citado Nauru, ela faz parte de uma das mais recentes controvérsias envolvendo a Austrália. Lá em Nauru funciona um centro de detenção para onde a Austrália manda imigrantes que chegam em barcos ilegais e solicitam asilo, já que a politica migratória ainda é bem dura. O The Guardian publicou documentos que mostravam abusos contra eles, inclusive sexuais, e já houve uma rebelião em 2013 que danificou seriamente o local.
Por que Nauru aceita este empreendimento? O país depende fortemente da Austrália, muitos nauruanos enviam divisas para lá e há um acordo de, se a ilha afundar devido à mudanças climáticas, a população de Nauru possa se mudar para a Austrália.
Ps: havia outros centros de detenção em outras ilhas, como Christmas, Cocos e até na Papua Nova Guiné
Oi, gente!
Ótimo episódio como sempre!
Queria sugerir um fronteiras sobre o Iraque, principalmente abordando a época que a seleção estava sob o domínio do Uday Hussein.
Abração
Fala galera, show de bola o episódio!
Um detalhe que faltou, uma outra lenda do futebol Brasileiro jogou no futebol Australiano!
Entre 2008–2009 jogou no Perth Glory o nosso glorioso Amaral, isso, ele mesmo, o “volantão” de farol baixo. Na época eu estava na Aussieland, e lembro que a imprensa fez algumas matérias sobre ele. Um abraco!
Espetacular programa. Apenas mudaria a música de encerramento. Apesar de Men at work ser ótimo, acho que a banda australiana mais adequada para a temática discutida no programa seria Midnight Oil, que se celebrizou pelo ativismo social e ambiental. A música “Dead Heart” seria adequada.
Olá.
Sou professor de História (dois anos sem exercer a profissão).
Vejam só.
Estava escutando o Xadrez Verbal Especial Coronavírus #06, o que faz um estudo de caso sobre a Bélgica. E comentaram sobre o Congo e o Fronteira Invisíveis do Futebol #25.
Pesquisando encontrei esse Fronteiras aqui que fala da Austrália, e moro em Sydney faz 2 anos e resolvi tecer uns comentários sobre esse Podcast.
Antes gostaria de falar que encontrei o Xadrez Verbal depois que o Átila Iamarino comentou sobre vocês no YouTube. E continuo escutando diversos Podcasts do Xadrez Verbal pois entendo que aqui encontro um trabalho honesto.
Finalmente sobre esse Podcast. Muito bom. Parabéns. Aprendi muita coisa que não conhecia sobre a parte política da Australia. Principalmente sobre as relações exteriores e a colônia.
Realmente aqui tem vários animais bizarros (e nem estou falando dos marsupiais e do ornitorrinco). Porém em áreas urbanas não existem bichos peçonhentos não. Isso encontra mais na área rural, fora de centros urbanos.
Aliás, aqui é realmente um puro deserto, muito seco e frio – O ar aqui vem gelado da antártica. Só mais para a região sudeste e a Tasmânia que encontramos mais “verde”.
Lembrando do restaurante famoso (que serve gastronomia Mexicana/Texana), aqui não existe muito a comida típica australiana. Aqui a gastronomia oriental é muito presente. Aliás, os chineses estão aqui desde o princípio juntos dos ingleses. Tem monumentos em agradecimento aos chineses aqui relembrando de fatos históricos onde o povo chinês foi importante no desenvolvimento e crescimento da região.
Quando comentado sobre a rivalidade entre clubes do leste e oeste de sydney isso se deve muito aos imigrantes. Aqui em Sydney pode-se dizer que os australianos moram nos chamados eastern suburbs e em north sydney.
Nos subúrbios do oeste encontramos muitos indianos e árabes. Essa separação é muito clara. Com certeza a rivalidade está aí. Agora a violência, infelizmente é algo que ainda se entende ser lugar comum no futebol (dentro e fora de campo). Coisa que não se vê no Cricket.
Sobre esportes que só encontramos aqui, tem a bizarrice chamado netball ( https://netball.com.au/ https://pt.wikipedia.org/wiki/Netball ). Um basquete com a cesta sem tabela e sem poder andar com a bola. Só vendo para acreditar.
Para finalizar gostaria de comentar sobre o exército. Primeiro que a troca com os EUA se faz presente nas ações de guerra em que os americanos estão envolvidos, certamente também a Austrália estará lá. Realmente aqui muita coisa nos faz relembrar dos ANZACs. Não apenas o ANZAC day (que foi no último sábado), ou a ponte ANZAC, ou Avenida ANZAC, ou os monumentos.
Algo engraçado, já que é muito raro ver o exército pelas ruas aqui.
Na verdade o exército apareceu nas ruas aqui recentemente, graças ao coronavírus. Uma das ações de lockdown foi que os australianos que voltaram de overseas tem que ficar 4 semanas em hotel quando chegaram antes de ir para casa. A segurança é realizada pela polícia e o exército.
Enfim, sobre como estamos lidando com o corona recomendo acessar esse link que é atualizado diariamente:
https://www.health.gov.au/news/health-alerts/novel-coronavirus-2019-ncov-health-alert/coronavirus-covid-19-current-situation-and-case-numbers
esse também tem um gráfico bem interessante:
https://www.health.gov.au/resources/publications/coronavirus-covid-19-at-a-glance
Bem, parabéns mais uma vez pela série Fronteiras Invisíveis do Futebol.
Até o próximo comentário.
Obrigado.
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