Xadrez Verbal Podcast #120 – COP23, África e América Latina

Abrimos com uma breve Coluna Aberta sobre a vigésima terceira edição da Conferência do Clima, realizada em Bonn, na Alemanha.
De lá voltamos ao sul da África, onde a crise política termina com a posse do ex-vice presidente Emmerson Mnangagwa e o fim do regime de Robert Mugabe, após 37 anos. Entenda as narrativas em disputa e os interesses estrangeiros por trás das últimas movimentações em Harare.
Cruzamos o Atlântico e chegamos à América do Sul, para acompanhar o 1º turno das eleições presidenciais no Chile, enquanto que a vizinha Argentina esteve mobilizada para encontrar um submarino perdido e seus 44 tripulantes!
Você nem sempre tem tempo, mas precisa entender o que acontece no Mundo, ainda mais porque o planeta está uma zona. Toda semana, Matias Pinto e Filipe Figueiredo trazem pra você as principais notícias da política internacional, com análises, críticas, convidados e espaço para debate. Toda sexta-feira você se atualiza e se informa.
Dicas do Sétimo Selo e links
Em breve
Playlist das músicas de encerramento do Xadrez Verbal no Spotify
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A revista de política internacional do Xadrez Verbal é feita na Central 3, que está no Apoia-se
Filipe Figueiredo é tradutor, estudante, leciona e (ir)responsável pelo Xadrez Verbal. Graduado em História pela Universidade de São Paulo, sem a pretensão de se rotular como historiador. Interessado em política, atualidades, esportes, comida, música e Batman.
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queria dar uma indicação pra musica do final do programa:
a musica de encerramento do anime “showa genroku rakugo shinjuu”, tem 1:30 e é bem pra baixo, igual a gente fica qdo o programa acaba, mesmo qdo tem 3h.
Hail Filipe, você irá fazer um doutorado?
Nunca imaginei que vocês falariam sobre Festival de Cinema no XV! Que legal. Sobre a proibição do Festivais de Cinema de temática LGBT na Turquia, um adendo que de certa forma, reflete nossa sociedade.
Um festival é realizado em virtude de motivações onde governamentalmente, transmite sua imagem de incentivador da cultura; para os produtores de conteúdo, é uma janela de exibição alternativa, em meio ao circuito de exibição blockbuster; para a sociedade, é uma oportunidade de acesso a uma corrente de cultura alternativa naturalmente de difícil acesso; com relação a apoiadores, patrocinadores e demais parceiros desses eventos, é uma chance de agregar sua marca aos valores do festival, entrando em contato diretamente com o público, este na condição de espectador e consumidor.
A história desses eventos está diretamente associada ao nacionalismo, e denota-se isso na nomenclatura: um “festival internacional” possui caracteres conotativos políticos explícitos, enquanto que o aparato político dos festivais nacionais estão associados a sua soberania de nação, de visualização perante seu povo, de fazer-se vistos (literalmente) nas esferas culturais, sociais, governamentais e mercadológicas já citadas.
Os festivais nascem primeiramente dentro de um contexto europeu, pré-segunda guerra mundial, por meio de mostras que exibissem o poder nacional perante outras nações, propositadamente convidadas a participarem desses eventos também com suas obras. Os Festivais de Veneza e Cannes são atribuições nesse sentido. A seleção dos filmes era feita por uma comissão nacional de cada país, enviando as obras que julgassem interessantes para propagar suas ideologias. Tal situação se manteve até a década de 60, quando os festivais “proclamaram sua independência” e passaram a eles mesmos selecionar os filmes. A Globalização, na década de 80, permitiu a chamada integração dos festivais, criando uma rede fílmica desses eventos, onde todos estão conectados.
De certa forma, os festivais nacionais pairam sobre um jogo de limitação e visualização: fechando seu escopo de atuação sobre as obras produzidas por cidadãos de suas nações, as produções estrangeiras não são o foco no envio de filmes (mas os realizadores estrangeiros são livres a participarem das atividades que integram a programação do evento), dando espaço aos realizadores locais de exibirem sua arte. Em termos de sociedade, a globalização, embora conecte todos os indivíduos em uma rede de contatos, potencializou o fator local de suas nações, e é de certo que a globalização, a digitalização e as redes transnacionais levaram a uma multiplicidade de sistemas heterogêneos que não operam de forma totalmente independente das forças de territorialização. Eles ainda assim prosperam em tal extensão, em virtude de sua instabilidade e hibridação, de modo que essas forças têm de ser incluídas em conceituações.
Dentro de toda essa contextualização (retirei de um texto anterior meu: https://goo.gl/DoMguP), eu adoro os festivais temáticos, que dialogam com um propósito relacionado com uma especificidade. Uso os festivais de temática LGBTTT como exemplo: esses festivais temáticos assumem a essência da função de um festival, dar espaço, voz, visibilidade com uma classe/grupo/tema/manifestação artística. Os temáticos são a reverberação da existência de toda uma segmentaridade social que sempre existiu na Sociedade, obliterados pela prática da representação homogênea. O Audiovisual é a asserção mítica dessa prática homogênea pois segue tendências quando associado à prática de consumo, mas suas possibilidades múltiplas é o que o torna tão diverso mesmo em uma condição unificadora de sentido e estilo.
Desculpem o textão, eu me empolgo na escrita rs.
Goataria de ressaltas q a musica de encerramento “Psycho Killer” do programa 112 ainda esta grudada na minha cabeça com super cola e solda.
Queria deixar registrado que o Matias quase me deixou surdo ao gritar breaking news bem quando eu acidentalmente colocava o volume do meu fone no máximo.
Fora isso, adoro o Xadrez Verbal, continuem com o excelente trabalho. Abraço.
E mais uma vez encerrando o podcast com música boa. Inclusive, é a minha favorita do AC/DC.
Deixo aqui também a minha indignação com o que está ocorrendo na Líbia; eu realmente achei que já tinha acabado essa idiotice de escravidão.
De resto, um abraço para vocês.
Olá!
Conheci o xadrez verbal recentemente e estou adorando ouvir sobre tantos assuntos de forma clara, instruída e sem me sentir idiota nem caindo de paraquedas, apesar dos meses que passei sem ler muito jornal.
Queria fazer um comentário meio ‘politicamente correto’: vocês falam sobre guardar os palavrões para quem realmente merece, mas quando chamam um político de ‘filho da puta’, vocês estão na verdade insultando a mãe dele. Eu sei que não é esse o significado que costumamos atribuir a esse xingamento, mas acho importante repensar o que estamos realmente dizendo no dia a dia, e trocar para um xingamento que realmente fale sobre a pessoa que é alvo dele.
Um abraço e parabéns pelo programa.
filipe e matias POR FAVOR postem os podcasts no yutubiu… eu pensei q tinha dado uma treta com as cordas vocais do filipe…
eles falaram q o filipe ta sem internet.
Não estou conseguindo baixar este EP do podcast, o link parece estar quebrado e não tem no youtube, alguém tem alguma idéia?
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