69ª Assembleia Geral da ONU – O Iraque como atração ao terrorismo

Acompanhe o restante da cobertura da 69ª Assembleia Geral da ONU.

Caros leitores, ontem, Mohammed Fuad Masum, Presidente do Iraque, fez seu discurso na Assembleia Geral da ONU. No post de prelúdio, também de ontem, comentei sobre a importância dos discursos dos líderes de Kiribati e da Micronésia; esses discursos serão analisados em conjunto, em um post próprio. Hoje é um dia importantíssimo na Assembleia Geral, com pronunciamentos da Rússia, Índia, China, Arábia Saudita, Cuba, Coreia do Norte, Alemanha e Afeganistão. Em outras palavras, fiquem antenados na segunda-feira, que é quando esses discursos serão analisados.

fuad

Voltemos ao discurso de Fuad Masum. Obviamente, muito de seu pronunciamento foi sobre o EI. Colocou que o Iraque sofre pela onda de extremismo do mundo, pois se tornou um polo de atração para extremistas “do mundo todo, inclusive da América e da Europa”. Afirmou que seu governo já liberou algumas das cidades que foram ocupadas por extremistas, “graças à enorme ajuda humanitária e militar recebida das Nações Unidas, dos Estados Unidos, da União Europeia e de outros Estados amigos”, e expressou sua gratidão.

Evocando os “milhões de civis indefesos” que estavam submetidos à “tirania” do EI, ele propôs a criação de uma instituição especializada em desenvolver a “solidariedade na luta contra o terrorismo”. Isso já está sendo debatido no Conselho de Segurança e será tema de post num futuro próximo. Numa surpresa positiva, seu pronunciamento não ficou restrito ao combate ao EI e a situação calamitosa de seu país. Fuad Masum desejou sucesso na “trajetória para a democracia” para o Iêmen e para a Líbia e afirmou que o conflito sírio deve ser interrompido e que o povo sírio deve se unir para “encerrar o derramamento de sangue e preservar a vida e a democracia”. Essa declaração é ambígua, já que não fica clara a posição do atual gabinete iraquiano sobre o regime de Assad.

Fuad Masum também falou do conflito entre Israel e o “povo irmão” da Palestina em Gaza e “em outros territórios palestinos”; era “doloroso ver o sofrimento”, disse ele, termos não muito comuns em pronunciamentos desse tipo. Pediu que a comunidade internacional honrasse seu compromisso com o povo palestino e se esforçasse para restaurar a paz. Finalmente, Fuad Masum criticou o Grupo de Trabalho sobre as Metas de Desenvolvimento Sustentável, afirmando que o terrorismo não ocupava o espaço devido nas preocupações do grupo; apenas as parcerias internacionais e a paz acabarão com “essa ameaça”.

Em todos os posts eu costumo encerrar com um link para o discurso na íntegra, para que o leitor possa ler, caso seja de seu interesse. Infelizmente, a ONU disponibilizou apenas o PDF em árabe; sendo assim, o leitor pode assistir o discurso inteiro, com a tradução simultânea, feita pela própria ONU, na ONU Web TV. O que já foi dito por aqui sobre o Iraque?

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Para ficar informado, você pode checar a programação do debate no site da 69ª Sessão da Assembleia Geral da ONU; notícias e releases no site da Assembleia Geral da ONU; e assistir aos pronunciamentos e demais coberturas no site oficial das Nações Unidas UN Web TV.

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