Xadrez Dominical – Páscoa
Caros leitores,
Dado o “feriadão” de Páscoa, o post de hoje será outro grande concorrente ao cargo de “post menos lido do Xadrez Verbal”, junto com o Xadrez Dominical de Carnaval. Com as cinco dicas e uma menção do novo formato, vamos ao Xadrez Dominical de Páscoa.
A primeira dica é um filme. Ben-Hur, épico de 1959, vencedor de nada menos que onze Oscar, incluindo Melhor Filme, Melhor Ator, Melhor Ator Coadjuvante e Melhor Direção. Estrelado por Charlton Heston, o filme foi eternizado na cena da corrida de quadrigas (uma biga conduzida por quatro cavalos). Agora, o que ele tem a ver com Páscoa? O protagonista do filme é um nobre judeu, que celebra a Pessach, a “páscoa judaica”. Além disso, mais para o fim da trama, ele participa dos eventos finais da vida de Jesus, inclusive indiretamente da ressurreição; ou seja, a Páscoa.
Sinopse do AdoroCinema: Em Jerusalém no início do século I vive Judah Ben-Hur (Charlton Heston), um rico mercador judeu. Mas, com o retorno de Messala (Stephen Boyd), um amigo da juventude que agora é o chefe das legiões romanas na cidade, um desentendimento devido a visões políticas divergentes faz com que Messala condene Ben-Hur a viver como escravo em uma galera romana, mesmo sabendo da inocência do ex-amigo. Mas o destino vai dar a Ben-Hur uma oportunidade de vingança que ninguém poderia imaginar.
A segunda dica é um lugar. O Monte Pascoal, como muitos sabem, teria sido o primeiro pedaço de terra do atual Brasil avistado por portugueses, Pedro Álvares Cabral e sua tripulação, no dia 22 de abril de 1500, data do descobrimento do Brasil pelos portugueses. O monte de 536 metros de altura recebeu este nome justamente porque o desembarque ocorreu na época da Páscoa do ano de 1500. Em 1961 foi criado o Parque Nacional e Histórico do Monte Pascoal, localizado no sul da Bahia, no município de Porto Seguro, que pode ser visitado. O site do parque está aqui.
A terceira dica também é um lugar. A Ilha de Páscoa, localizada no Oceano Pacífico e pertencente ao Chile; inclusive, ela está citada no Xadrez Dominical sobre o país sul-americano. Patrimônio da Humanidade, conhecida por suas estátuas gigantes moais e sua cultura rapa-nui, a ilha possui origens similares com o Monte Pascoal em relação ao seu nome europeu. Em Abril de 1722, o explorador holandês Jacob Roggeveen partiu do Chile para navegar pelo Pacífico. Após dezessete dias de viagem, desembarcou na ilha num domingo de Páscoa. Você pode acessar o site da Unesco sobre o Parque Nacional, para ter mais informações sobre a cultura, o local e, quem sabe, até visitar.
A quarta dica consiste de ovos. “Ovos de Páscoa de chocolate? Que clichê”, já deve ter pensado o leitor. A tradição que liga ovos ao feriado de Páscoa é muito antiga, com diversas origens e explicações, e hoje é expressa de forma mais comum pelos ovos de chocolate. O joalheiro russo Peter Carl Fabergé, entretanto, levou essa tradição à um novo patamar, criando os valiosíssimos Ovos de Fabergé, complexas obras de joalheria que, historicamente, eram dados de presente na, ou pela, família imperial russa, os Romanov. Dos cinquenta ovos feitos, quarenta e dois existem hoje, espalhados por museus e coleções privadas, valendo milhões de euros. O site da Fabergé possui uma página especial sobre os ovos, além das jóias serem temas de diversos documentários, como este da BBC
A quinta e última dica é um poema. Páscoa, 1916 é um poema do escritor irlandês William Butler Yeats, vencedor do Prêmio Nobel de Literatura em 1923. O poema trata do Levante da Páscoa irlandês, em 1916, contra o domínio britânico, que marca o surgimento da Irlanda moderna. A data, e o evento, estão na gênese do Exército Republicano Irlandês, mais conhecido como IRA, do seu nome em inglês: Irish Republican Army. Você pode ler o poema no original, em inglês, aqui; se preferir, ele está em português aqui neste link, junto de algumas informações sobre o Levante da Páscoa.
A menção fica para o polêmico filme A Paixão de Cristo, de 2004, dirigido por Mel Gibson. Retratando as últimas horas da vida de Jesus, indicado a três Oscar, despertou muita atenção pelo retrato cru de violência, por um suposto antissemitismo (que foi apenas incentivado por declarações contra judeus feitas por Mel Gibson, que é um católico radical) e por ter sido uma produção gigantesca e detalhista, com todos os atores aprendendo ou latim ou aramaico; inclusive, é por isso que você não encontrará cópias dubladas do filme, algo que foi expressamente proibido por Gibson.
Sinopse do AdoroCinema: As últimas 12 horas da vida de Jesus de Nazaré (James Caviezel). No meio da noite, Jesus é traído por Judas (Luca Lionello) e é preso por soldados no Monte das Oliveiras, sob o comando de religiosos hebreus, que eram liderados por Caifás (Matti Sbraglia). Após ser severamente espancado pelos seus captores, Jesus é entregue para o governador romano na Judéia, Poncio Pilatos (Hristo Shopov), pois só ele poderia ordenar a pena de morte para Jesus. Pilatos não entende o que aquele homem possa ter feito de tão horrível para pedirem a pena máxima e eram os hebreus que pediam isto. Pilatos tenta passar a decisão para Herodes (Luca de Domenicis), governador da Galiléia, pois Jesus era de lá. Herodes também não encontra nada que incrimine Jesus e o assunto volta para Pilatos, que vai perdendo o controle da situação enquanto boa parte da população pede que Jesus seja crucificado. Tentando acalmar o povo e a província, que detesta, Pilatos vai cedendo sob os olhares incriminadores de Claudia (Claudia Gerini), sua mulher, que considera Jesus um santo.
Filme na íntegra (em baixa resolução, infelizmente)
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