Fronteiras Invisíveis do Futebol #89 – Alemanha Oriental

Fomos até a antiga República Democrática Alemã, a RDA (ou DDR, em alemão), mais conhecida como Alemanha Oriental. Dos escombros da Segunda Guerra Mundial, passando pela zona de ocupação soviética, a formação do novo país, com a criação de uma nova identidade. Também mostramos o poderio militar e a retomada econômica. E, claro, a construção do muro de Berlim e o maior aparato de vigilância interna do mundo. Tudo isso temperado com um pouco do futebol da região e como ficou o esporte após a reunificação. E a sempre magistral a coluna de Ubiratan Leal, o Livro, contando sobre o Berliner Dynamo, maior campeão da DDR Oberliga, o famigerado time da Stasi.

Referências no programa

Filme Nascido em 1945 (Jahrgang ’45)

Filme A vida dos outros

Filme Ponte dos espiões

Filme Adeus, Lenin!

Livro A reunificação da Alemanha: do ideal socialista ao socialismo real, de Luiz Alberto Moniz Bandeira

Livro Gerd, der Trabi, de Flavio Gomes

Filme Nós somos jovens. Nós somos fortes

Livro Cabeça de turco: uma viagem nos porões da sociedade alemã, de Gunter Wallraff

Filme Der ganz große Traum (Lessons of a dream)

O Som das Torcidas #79 – Alemanha Oriental

Música de Encerramento Eisern Union, com Nina Hagen

Ouça o podcast aqui ou baixe o programa.

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Filipe Figueiredo, é tradutor, estudante, leciona e (ir)responsável pelo Xadrez Verbal. Graduado em História pela Universidade de São Paulo, sem a pretensão de se rotular como historiador. Interessado em política, atualidades, esportes, comida, música e Batman.


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32 Comentários

  • Cadê a matéria?

    • Fantástico episódio caros amigos. Confesso que após ouvi-lo deu vontade de comprar um trabant, e um frasco de picles spreewald (do filme “adeus, Lenin”, e uma camisa do Karl Marx Stadt FC. Sobre o Gunther queria dizer q peguei a piada, e é bem provável q esse Gunther trabalhou bastante nessas medalhas da DDR e títulos do dínamo de Berlim.

  • Olá, Filipe e Matias. Parabéns por mais um ótimo programa.

    Sobre os alemães visitarem a Hungria: em 2015, quando estava morando na Hungria, visitei a cidade de Tapolca (famosa pelos seus lagos em cavernas) nos arredores do lago Balaton (citado no programa). Na época, me chamou bastante atenção o fato dos cardápios dos restaurantes serem metade em húngaro e metade em alemão. Posteriormente, meus colegas de trabalho me explicaram que isso acontecia pois a região era historicamente muito visitada por turistas alemães.

    Algo semelhante também aconteceu em Liptovský Mikuláš, no interior da Eslováquia, onde, ao pedir informação para um atendente em um bar, a pessoa falava alemão e não falava inglês.

  • Só eu que achei que quando o Filipe estava falando da Stasi, ele ativou o modo “Nerdologia de História”? Mudou completamente o jeito de falar rs. Mais um programa excelente.

  • Boa Alvorada senhores, quando passar pelo continente asiático por favor faz um fronteiras do Sri Lanka, depois que eu ouvi o fronteiras do subcontinente indiano fiquei me perguntando o que estava acontecendo com o Sri Lanka nesses períodos turbulento do Subcontinente indiano. Desde já agradeço os programas de excelência que vocês fazem, Parabéns senhores.

  • Bom dia Filipe com i e Matias sem h,

    Essa é a primeira vez que comento um programa, efiquei motivado a faze-lo por causa do bom timing:
    – o episódio da semana é sobre Alemanha Oriental e eu moro em Berlim (Ocidental) e trabalho numa cidade da “Grande Berlim” que fazia parte da DDR.
    – acabo de terminar a maratona dos episódios do fronteira que estao no integrador de podcasts (Infelizmente nao consegui baixar os programas mais antigos no site da Central3, pois há a opcao apenas de ouvir diretamente do site, e nao posso fazer isso pois escuto o programa no caminho do trabalho e isso comeria toda a minha internet…) 

    A pessoa que me indicou o programa, o cruzeirense Joao que mora em vários lugares do mundo, teve que usar o mantra de “nao é programa de futebol, e sim de história” para me convencer a ouvi-los e fiquei completamente viciado no programa. Recomendo o fronteira e o xadrex verbal para todo mundo, mas nao sei se consegui converter niguém (ainda).

    Ouco todos os dias no longo caminho que tenho que pegar para ir ao trabalho. Inclusive, enquanto ouvia o programa da semana, no exato momento em que o Filipe tentava falar Stalinalee (pronuncia-se algo como Stalin Alê) eu estava cruzando a avenida, hoje chamada Karl-Marx-Alee. 

    No mais, recomendo muito visitar a cidade, pois Berlim é praticamente um museu a céu aberto onde qualquer um consegue ver com muita clareza quais sao as consequencias de regimes autoritários (de direita e esquerda). O cenário atual da cidade, tanto físico quanto populacional é um reflexo desses períodos históricos e deve servir de exemplo de porque nunca devemos flertar com a quebra da democracia. 

    Continuem fazendo o excelente trabalho e abracos para voces! 

    Obs.: após meses escutando voces, somente agora fui ver fotos suas. Se fosse para adivinhar, eu falaria que a voz do Filipe vem da pessoa cuja foto diz Matias, e vice versa. Voces tem certeza que as vozes suas nao estao trocadas?

  • Muito bom esse episódio, gostei muito das dicas culturais, entraram para minha lista. Lembrei de alguns personagens que pertencem a RDA: No filme Die Hard with a Vengeance (Duro de Matar 3) o antagonista Simon Gruber (Jeremy Irons) foi Coronel do East German People’s Army. É bem marcante como o cinema comercial, principalmente o hollywoodiano, propaga esteriótipos e constrói arquétipos culturais. Há muitos antagonistas de filmes de ação das décadas de 80 e 90 são originários de países do Bloco Socialista. Gosto muito do podcast e consegui maratonar todos os episódios. Sempre que consigo indico aos meus alunos no colégio e nos cursinhos pré-vestibulares. Excelente trabalho de vocês, desejo muito sucesso. Se puderem façam episódios sobre a Grécia, Síria, Armênia, Dinamarca/Groenlândia e a Polônia.

  • DARCIO DE CARVALHO VIEIRA

    Eu fico pensando como seriam essas revoluções dos anos 80 e a reunificação alemã se estivessem ocorrido sob os olhos das redes sociais.

  • Mais um ótimo programa, amigos!! Eu indico o filme Ventos da Liberdade, que conta a história de um grupo que tenta fugir da Alemanha Oriental em um balão. Beijos!

  • Baita programa!

    Talvez o único ponto sobre o muro que tenha faltado comentar é que ele não estava em cima da fronteira política, mas todo DENTRO dos limites da Berlin Oriental, de modo que se os guardas atirassem em fugitivos não causariam um incidente diplomático. Achei um infográfico em ingles do NY Times (https://archive.nytimes.com/www.nytimes.com/imagepages/2009/11/06/world/08berlinwallgrfxB-ready.html)

    Sobre a vigilância e a Stasi, em Berlin e nas grandes cidades da DDR é comum encontrar conjuntos habitacionais gigantescos, que além de oferecerem moradia, garantiam que a fofoca entre vizinhos fizesse o controle dos subversivos. Além disso, permitia aos agentes da Stasi direcionar as antenas de TV para o lado da Russia 😛

    * Ah, sobre o café na Alemanha, a patente do filtro de papel foi requerida pela então dona de casa de Dresden, sra. Melitta Bentz, que fundou a empresa homônima, e mesmo sem produzir os grãos, o país é hj um dos top 5 em faturamento com exportações do produto – mas o café no geral é fraco, aguado e eles sempre misturam com leite :/
    Saudações gremistas da Alemanha

  • Rodrigo Terasso Bruschi

    O Flávio Gomes já lançou a primeira tranche do livro e os 300 exemplares já esgotaram! Ele deve lançar agora para venda pela Gulliver

  • Olá, caros!

    Sou um ouvinte assíduo dos vossos podcasts, mas está é a primeira vez que comento. Justamente por ter tido a oportunidade de conhecer Berlim há poucos meses! Uma cidade cheia de história, e muito viva.

    Gostei bastante do museu da DDR, que fica meio escondido ali embaixo da ponte defronte à catedral de Berlim. Ele parece pequeno, mas tem muitos detalhes de como era a vida do lado oriental (produtos, profissões, salários, etc). E tem até um Trabi nele. Tentei ir a um jogo do Union, mas é dificílimo dada a boa fase da equipe.

    Mesmo sendo distante, recomendo a quem estiver por Dortmund para visitar o museu do futebol alemão. Tem toda a história da liga, incluso a Oberliga, além de relíquias do 7 a 1, como a flâmula, bola e até os objetos dados de presente pelos índios da Bahia, onde eles ficaram sediados.

    Parabéns pelo excelente trabalho! Abs

  • Pingback: Xadrez Verbal Podcast #215 – Coreia, América Latina e OTAN | Xadrez Verbal

  • Melhor momento foi o Filipe lendo a fala do Günter Schabowski (não o Gunther Schweitzer) em alemão.
    Lembrei na hora do Monty Phyton naquele episódio The Funniest Joke in the World, quando eles traduzem a piada para o “alemão” e passam a usá-la como arma de guerra para matar os alemães de rir… Só que, claro, pra quem não fala alemão a piada fica inteligível e inofensiva.

    Longe de isso ser uma crítica ao seu alemão, Filipe. Até trampei lá um tempo e não sei falar nada. Certeza que perto de mim você deve ser um erudito germânico.

    Pra quem não conhece, eis a “piada” em “alemão”:

    Wenn ist das Nunstück git und Slotermeyer? Ja! Beiherhund das Oder die Flipperwaldt gersput!

    Top episódios… aproveitando, com vcs falando da Stasi sendo um estado dentro do estado… Fiquei pensando se não seria interessante um fronteiras falando desses times de cunho militar enfrentando uns aos outros. Uma coisa é o time da polícia ganhar em casa, outra, é enfrentar um também time da polícia, mas de um outro estado.

    Bjs a todos.

  • Otimo programa! Gostaria de pedir um sobre o Saara Ocidental.

    Abraços

  • Esse já é o meu episódio do Fronteiras preferido. No entanto, fiquei decepcionado com a cãibra mental de vocês ao esquecerem um detalhe importantíssimo da vida do Toni Kroos. Quando começaram a falar sobre ele, aguardei ansiosamente a menção, mas não aconteceu. Kroos foi o cara que transformou o 7×1 em passeio. Isso mesmo, foi no quarto gol do jogo, o segundo marcado pelo Kroos, que Galvão Bueno eternizou a narração “Ih! Lá vem mais! E lá vem mais! Olha a bola tocada… virou passeio!” Um momento que já nasceu clássico na vida desses dois gênios, Galvão e Kroos. Tenho 35 anos e se alguém me pergunta qual é a narração preferida em 30 anos assistindo à Seleção, não é “É tetra! É tetra!” nem “Olha o que ele fez, olha o que ele fez, olha o que ele fez.” É “Virou passeio!”

  • Sobre a derrubada do muro: Nem os Alemães sabem Alemão! rs

  • Como um apaixonado pela Guerra Fria, esse já meu programa preferido. Será daqueles que ouvirei várias vezes, junto aos programas dos Bálcãs. Aguardo mais programas nessa pegada…

    Pra não perder a viagem, uma dica: o BOOM! Studios, uma editora norte-americana de gibis (com pouquíssima coisa lançada aqui) tá publicando uma minissérie em 4 partes (acaba mês que vem) que se passa na Berlim oriental: Strange Skies Over East Berlin, escrita por Jeff Loveness com desenhos de Lisandro Estherren. Tem Stasi, espião infiltrado, russos e todo esse clima maravilhoso de Guerra Fria, tudo isso acrescido com um mistério “sobrenatural”. Valeu a leitura.

  • Sobre a questão do doping na cultura pop, lembro que no filme “Top Secret! Super Confidencial” havia uma cena com a equipe olímpica da Alemanha Oriental onde só havia homens de peruca. (https://youtu.be/aHBbInxJ4Is?t=14)

  • Muito bom programa! Moro atualmente em Berlin porem morei quase 3 anos nas cidades de Leizpig e Jena (Ex-DDR) e voces acertaram nas informacoes e interpretacoes.

    – meus amigos alemaes ficam perplexos (positivamente) com a quantidade de informacao que voces passam sobre o pais em um podcast e chegam ate a aprender coisas novas com vcs!
    – Muito certeira a relacao DDR-Hungria. Muitos alemaes do leste foram para a Hungria para fazer negocio e aproveitar a abertura de mercado, eu mesmo trabalhei em um restaurante hungaro-alemao na cidade de Jena.
    – Ha ainda uma imensa diferenca nas sociedades, seja em sotaque, qualidade de vida e mindset (Nao eh a toa que o partido AFD domina em varias regioes do leste). Nao sei se voces sabem, mas ate o Oeste paga um imposto para o Leste para reduzir a desigualdade gerada pelas decadas passadas (imagina isso no brasil rsrsrsrs)
    – Curti o esforco na pronunca das palavras em alemao, muito sweet kkkkk

    abraco potiguar direto de Berlin.

  • Finalmente, terminei todos os episódios! Comecei a ouvir esse ano, não lembro exatamente o mês. Tava pesquisando podcasts sobre futebol baiano, e acabei achando o episódio sobre a Bahia. Achei ótimo aquele episódio e a premissa do programa, e passei a ouvir regularmente, nas salas de espera, nos passeios com meu cachorro Ozzy, no trânsito… E agora já espero o episódio 90. Vocês são craques!

  • Olá Filipe e Matias, parabéns pelo trabalho falando sobre uma região muito crucial durante a Guerra Fria.
    Gostaria de acrescentar ao trabalho de vocês, pois senti falta no podcast, sobre a CRISE DE BERLIM onde tanques de guerra dos EUA e URSS ficaram frente a frente e ali foi temido que uma nova guerra em extensão mundial acontecesse, isso durante ou após a decisão de construção do muro, e por isso foi criado o telefone vermelho. Caso eu esteja equivocado, favor desconsiderar rsrs
    Um grande abraço, dupla!!!
    Caso possível, façam um Fronteiras sobre Macau e países lusófonos, o último acho que já tem bastante pedidos rsrs

    PS.: assisti o filme “Ponte dos Espiões” e achei muito bom!

  • Morei em Magdeburg por alguns meses pra estudar, fui nos jogos do time e comprei uma camisa, que tem uma estrela com o número 3 escrito, não sabia o que significava até o Ubiratan Leal falar, muito obrigado haha

  • Sensacional episódio! Deixo também a dica dos filmes O Grupo Baader Meinhof (The Baader Meinhof Complex (2008)), auto explicativo e The Light Bulb Conspiracy (2010) que mostra o curioso caso do fabricante de lâmpadas da DDR (as lâmpadas duravam muito, muito, muito mais).

  • Paulo Eduardo Berni

    Oi Filipe,
    Fiquei com uma dúvida sobre o episódio da Alemanha Oriental (e esqueci de encaminhar na época): qual o motivo das potências ocidentais terem querido “fatiar” também Berlim, já que levaram a capital para Bonn? Há alguma razão além de querer alfinetar a URSS?
    Abraços!

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  • Eu ouvi no começo o Felipe dizer “colônia Palmeira no Paraná”, e corrigindo, é colônia Cecília na cidade de Palmeira no Paraná, idealizada pelo agrônomo e esritor italiano Giovanni Rossi.

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