Xadrez Verbal Podcast #155 – Nafta, África e Europa

Mais uma edição da sua revista semanal de política internacional em formato podcastal no seu feed! Matias Pinto e Filipe Figueiredo giram pela África, falando dos genocídios na Namíbia, a relação com o governo alemão, o tour de Theresa May pelo continente, suas habilidades de dança, a reforma agrária na África do Sul e eleições no Congo.
Passamos pela América do Norte, comentando a renegociação do Nafta. EUA e México já tem um acordo, mas e o Canadá? Quais os interesses envolvidos? De lá vamos para a Europa, comentando diversas notícias do velho continente, desde a Espanha até a Rússia, passando pela batalha naval entre pescadores no Canal da Mancha. Giramos pelo mundo, a semana na História, economia com a professora Vivian Almeida, peões da semana e dicas culturais fecham mais um podcast do Xadrez Verbal!

Você nem sempre tem tempo, mas precisa entender o que acontece no Mundo, ainda mais porque o planeta está uma zona. Toda semana, Matias Pinto e Filipe Figueiredo trazem pra você as principais notícias da política internacional, com análises, críticas, convidados e espaço para debate. Toda sexta-feira você se atualiza e se informa.
Dicas do Sétimo Selo e links
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Em breve
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A revista de política internacional do Xadrez Verbal é feita na Central 3, que está no Apoia-se
Filipe Figueiredo é tradutor, estudante, leciona e (ir)responsável pelo Xadrez Verbal. Graduado em História pela Universidade de São Paulo, sem a pretensão de se rotular como historiador. Interessado em política, atualidades, esportes, comida, música e Batman.
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Olá!
Uma ínfima correção de tradução, ao falar sobre o nome “Karl Marx Stadt” (Chemnitz), foi dito que Stadt significaria ‘Estado’, mas acho que se trata de um “falso cognato”: na verdade significa “cidade” em alemão.
É relativamente normal cidades alemãs adotarem “alguma coisa stadt” como um título associado a pessoas importantes, pelo menos Wittenberg (onde Lutero pregou as famosas teses) e várias outras cidades onde Lutero viveu adotam o título de “Lutherstadt”, como “Lutherstadt Wittenberg” (Wittenberg, Cidade de Lutero)
Parabéns pelo ótimo programa, como sempre!
Abraços!
Tempos dos blocos:
Giro de Notícias #1 – 07:36
Coluna Aberta – 23:52
Semana na História – 53:35
Match – 57:53
Xeque – 01:39:20
Gambito da Dama – 02:13:27
Giro de Notícias #2 – 02:29:05
Os Peões – 02:43:25
Dicas Culturais – 02:45:09
ainda não ouvi, mas sei que tá excelente, parabéns pela qualidade dos podcast, ouço ele todo numa tacada só.
O xadrez tá tão foda que até sonhei com vcs. E o mais interessante é q o Matias não tinha rosto, ele era tipo o Rorschach. Acho que não vou procurar nada dele na Net, p ele continuar a ser a voz sem rosto, tipo o Lombardi do Sílvio Santos.
Sobre o Genocídio Namíbio, recomendo o documentário da BBC – Racismo Científico, Darwinismo Social e Eugenia que conta um pouco dos dois séculos de racismo e eugenia que resultaram no Holocausto, nota-se que o documentário da BBC denuncia as práticas coloniais de seu governo.
Filipe, posso estar enganado (e vc´s tem um especialista entre os contatos para confirmar), mas o conceito moderno da Infalibilidade Papal sé é válida para suas determinações/ordens OFICIAS (se não me engano, as Bulas Papais em si) e não qualquer coisa que ele fale ou faça.
Isso mesmo, o Papa só se manifesta infalivelmente quando diz que o fará e para dirimir algum impasse dogmático como este: http://w2.vatican.va/content/pius-xii/la/apost_constitutions/documents/hf_p-xii_apc_19501101_munificentissimus-deus.html
Só queria fazer uma observação em relação a reforma da previdência proposta na Rússia e esta mesma observação pode ser estendida de certa forma para o caso brasileiro.
Uma coisa que tem que ser esclarecida é que a taxa de expectativa de vida não é a melhor forma de se auferir quando a pessoa vai morrer, porque esta taxa é auferida pegando toda a população e fazendo uma média geral, mas esta média acaba ficando mais baixa por causa da mortalidade infantil e outros fatores.
Neste sentido o melhor método para se auferir isto é a taxa de sobrevida que mede a média de tempo que a pessoa vai viver dentro de uma determinada idade, considerando o caso brasileiro uma pessoa que tenha 65 anos vai ter uma taxa de sobrevida de 15 anos (considerando as regiões mais pobres do Brasil), em outras palavras uma pessoa que tenha 65 anos terá uma expectativa de viver até os 80 anos e nos casos das regiões do Sudeste a taxa de sobrevida é de aproximadamente 20 anos.
(Os dados citados do caso brasileiro tem como fonte o IBGE, 2016)
Considerando o caso russo é possível arriscarmos que deverá ter uma taxa de sobrevida parecida com a brasileira, neste sentido (especulação minha) a taxa de sobrevida russa pode ser de 10-15 anos, então eles viveriam até os 75-80 anos, pode ser que seja menor vale citar que é apenas um palpite meu neste aspecto.
Isso também ajuda a compreendermos o caso das sociedades antigas, porque quando vemos a taxa de expectativa de vida aproximada dessas sociedades temos algo em torno de 30-40 anos, o que causa uma certa ilusão de que a grande maioria das pessoas morria nesta idade, o que é um erro pois muito desse número advêm da alta taxa de mortalidade infantil, então muito provavelmente uma pessoa que tivesse com os seus 30 anos viveria até os 50-60.
Parabéns pelos excelentes podcasts, não perco nenhum, tenho aprendido bastante com vocês!! Ia fazer um comentário sobre Karl Marx Stadt (Chemnitz, a partir de 1990, smj) mas vi que alguém já havia comentado e esclarecido se tratar de um “falso cognato”. Um grande abraço, André Rocha do Rio de Janeiro
Olá, Filipe, excelente programa! Tenho apenas alguns comentários a respeito da Doutrina da Infalibilidade Papal. Você mencionou no programa que o papa supostamente não erra, sequer cometeria pecados. Na verdade não é bem assim. O Dogma foi proclamado no Concílio Vaticano I, que ocorreu durante a Unificação Italiana e acabou sendo interrompido por ela. Ele determina que o papa é infalível quando se pronuncia nas condições “ex cathedra” (do latim “do trono”), que basicamente são questões de fé e moral católicas, ou seja, o papa não erra quando proclama uma nova doutrina, ou novo ensinamento sobre a fé. Isso não significa que ele seja “impecável”. De acordo com a doutrina católica, o papa, enquanto ser humano, está sujeito aos mesmos erros que todos e pode sim, errar e pecar, ainda mais se ficar provado que ele sabia de escândalos de pedofilia e se omitiu. Agora, ainda que fique comprovado que ele se omitiu, ou que poderia ter agido e não o fez, não existe nenhum instrumento no Código de Direito Canônico que permita que um papa seja processado ou sofra “impeachment”. A única possibilidade é de fato a renúncia, como o Arcebispo Viganò sugeriu que o papa Francisco fizesse.
Para aqueles interessados na Igreja Católica enquanto ator das Relações Internacionais, há um livro muito bom da FUNAG (que eu usei na minha monografia inclusive), da professora Anna Carletti, chamado “O internacionalismo vaticano e a nova ordem mundial”. Segue o link:
Clique para acessar o 948-Internacionalismo_Vaticano_e_a_Nova_Ordem_Mundial_O.pdf
Forte abraço e continue com o bom trabalho.
Uma observação sobre os papel canadense citado, entre os papéis não revestidos, estão os: Off-set (vulgo: sulfite), Reciclato, Kraft, etc.
Bom dia, sou um ouvinte de Goiás, acompanho o programa tem três anos e sou aficcionado por política, história e geopolítica.
Gostaria que os senhores soubessem que a Goiânia tem muitos lugares e festivais de rock alternativo, é um cenário bastante expressivo, nacionalmente, inclusive.
Eu costumava ter orgulho disso, mas aprendi a achar sertanejo legal depois de adulto, em especial o chamado “modão”, que tem menos de pop e mais de cultura local.
Disto isto quero falar do mais importante: não me esqueci do programa especial sobre Fidel Castro que os senhores deixaram para depois já faz dois anos.
Só o xadrez verbal pra divulgar Nollywood! Que maravilha!
Matias você não é o único. Já sofri muito bullying com os amigos pelo meu peculiar gosto pelo cinema nigeriano.
Tudo começou com essa matéria do the economist (https://www.google.com.br/…/2012/12/08/blackberry-babes
) que fala sobre o avanço do uso de smartphones na África e como isso tem impactado a sociedade. “Black Berry Babes” é uma febre de audiência e conta a história de um grupo de patricinhas viciadas em Blackberry.
Não consegui encontrar aqui a matéria, talvez vocês consigam encontrar, mas alguns economistas apontam o sucesso do BlackBerry em alguns países africanos como um dos motivos para esse aparelho sair de moda no ocidente… como se a difusão do aparelho na sociedade africana tivesse conferido um grau de tecnologia ultrapassada.
Ademais recomendo o streaming iROKOtv que permite acessar um vasto conteúdo do melhor do cinema nigeriano. Aos com mais estômago e coragem recomendo os filmes de terror… são fantásticos! Deixam qualquer produção hollywoodiana no chinelo.
No mais, se puderem mandar um grande abraço pro meu amigo Diogo Grandini que sempre fez graça do meu gosto pelas BlackBerry babes e que é fiel ouvinte de vocês!
Obrigada pelo trabalho de vocês!
Caros Filipe e Matias, mais uma vez parabéns e obrigado por todo serviço informativo do Xadrez Verbal. Mas quero tocar em um assunto onde a questão Direita/Esquerda bate na nossa porta. Com essas radicalizações decorridas na última década, até a interpretação se torna mais difícil do que já é. A definição deste assunto hoje é bem relativa e carece de dois princípios base, de maneira genérica: as liberdades individuais e as liberdades econômicas. Acho muito tendencioso a taxação da direita por apenas um viés conservador exagerado que infelizmente é maioria nas políticas de direita, recordo no podcast do Fronteiras, sua justificativa, bem fundamentada, de que após a “morte do liberalismo” o nazismo teria seus apoiadores e seu sistema de governo ligados as agendas de direita, ainda por seu fator antimarxismo e a “liberdade” ao setor privado para a indústria da guerra. Mas pra hoje, já que o liberalismo vive, as liberdades individuais e econômicas são amplamente difundidas em várias culturas, taxar grupos ultraconservadores, ultranacionalistas, neonazi ou neofasci de grupos de direita, não seria anacronismo?
Esta polarização atual, não estaria levando a forçação de barra para querer desmerecer ou diminuir as ações da direita, taxando ou perseguindo todas como ignorantes, irresponsáveis, intolerantes ou fascistas? Tal qual muitos conservadores reacionários fazem erroneamente ao chamar esquerdistas de comunistas?
Salve Matias e Filipe!
Acho que o pedido de renuncia ao Papa tem pouco a ver com combate à pedofilia, porém, tem tudo a ver com o escândalo de Boston, em 2002, que colocou a Igreja dos USA debaixo dos holofotes. Infelizmente, desde então a grande mídia faz uma campanha massiva para tornar «padre» sinônimo de «pedófilo». Acho difícil algum padre não ter sido tachado assim em algum momento, nos últimos anos. Do ponto de vista do mercado, vale lembrar a relevância dos Colégios Católicos para a educação em todo o mundo, do lugar estratégico que estes têm para a formação das consciências, sobretudo holigárquicas. Não quero aqui justificar os erros de abuso, ou acobertamento, mas me parece que há muito mais por trás disso tudo do que só a chaga da instituição e seus clérigos com transtornos sexuais.
Agora, onde se encaixa nisso tudo Carlo Maria Viganò, o bispo aposentado que pede que o Papa Francisco renuncie? Bem, Viganò chegou ao ápice de sua carreira ao ocupar um dos cargos eclesiáticos mais importantes: Secretário Geral da Cidade do Vaticano (algo como o Prefeito da Cidade Eterna). Aqui vale lembrar que ele era o «homem forte» de Angelo Sodano que foi Secretário de Estado (o cargo mais importante da Cúria Romana) até setembro de 2006, sucedido por Tarcísio Bertone. Ora, eu se fosse o então Papa Bento 16, diante da crise institucional que se abatera sobre os USA, colocaria alguém de máxima competência como meu representante neste país para ajudar a reverter a situação. Talvez esta foi a lógica para sua nomeação como núncio do país diplomaticamente mais importante do mundo.
Acontece que Dom Viganò não interpretou desta forma. Ao contrário, para ele sua transferência tratou-se de uma «promoção para remoção» arquitetada pelo Nº2, Bertone, para desmantelar seu excelente trabalho de saneamento das despesas da Cidade do Vaticano. Coincidentemente, pouco tempo depois veio à público cartas de Viganò endereçadas ao Sumo Pontíficie, em um novo escândalo que ficou conhecido como VatiLeaks. A correspondência denunciava um esquema de corrupção e como sua administração permitiu ao Vaticano sair de um déficit de oito milhões de euros, em 2009, a um lucro de 34,4 milhões de euros, em 2010.
A eleição de um novo sucessor de Pedro, que escolheu por nome o mesmo do «santo dos pobres» Francisco, à primeira vista, parece bastante alinhada à postura de Carlo Maria Viganò, não é mesmo!? Porém enquanto o Vigário de Cristo preferiu morar na casa comunitária Santa Marta, poucos metros dali o Núncio Apostólico dos USA continuava mantendo um apartamento de cerca de 250 m² dentro da «Muralha Leonina», mesmo não tendo mais encargos no Velho Mundo.
Para mim, o que mais chama atenção é que ao procurar na internet sobre a atuação de Dom Viganò nos USA pouco se fala sobre pedofilia e muito sobre sua «cruzada» contra o casamento gay. A ponto de arranjar um encontro de Francisco com Kim Davis, uma ativista contra o casamento homossexual, sem o prévio consentimento do líder máximo do catolicismo em sua histórica viagem de Cuba para os Estados Unidos. Cabe lembrar que foi exatamente na Filadélfia que o Papa encontrou-se privadamente com vítimas de abuso sexual e também participou do Encontro Mundial das Famílias. Ainda nesta viagem Bergoglio recebeu seu amigo gay, Yayo Grassi, e seu parceiro Iwan na embaixada da Santa Sé nos USA e parece que, depois disso, Viganò desalinhou-se de vez do Latino Americano Bispo de Roma.
Abraço a todos!
Olá, meus caros,
Também farei a observação que “stadt” é cidade em alemão. Estado seria “Staat” e o estado de uma federação é um “Bundesland”, daí o nome do campeonato ser Bundesliga.
Adoro o podcast, viciei minha irmã mais nova, Lorena, e até minha mãe já presta atenção quando ouço os programas.
Um beijo em vossos deltoides.
Esqueci de dizer de onde sou: da suíça baiana, Viitória da Conquista- BA.
Igor Coura de Mendonça
33 anos
Analista de Desenvolvimento do BDMG
Formado em Administração Pública e mestrando de Demografia
Belo Horizonte
Galo forte e vingador
Caros, sobre a questão previdenciária na Rússia, apenas um comentário. “Expectativa de vida” é um nome popular para uma medida demográfica tecnicamente mais conhecida como “esperança de vida ao nascer”. Ela mede a quantidade de anos que, em média, uma pessoa que nasceu naquela região e naquele período terá até morrer.
Só que quando se fala de previdência, a esperança de vida ao nascer não é uma boa medida. O que você precisa saber é a esperança de vida ao completar X anos, ou seja, a quantidade de anos que, em média, aquela pessoa terá morrer daquela idade X em diante.
Por exemplo, para as mulheres russas que se aposentar hoje aos 60 anos, já não faz sentido querer saber a esperança de vida ao nascer, porque ela nasceu há 60 anos atrás. Na verdade, o que importa é a espera de vida aos 60 anos. Eu não sei o valor, mas deve girar em torno de 20 anos.
E isso faz muita diferença porque, dos 0 aos 60 anos, muitas causas de morte são impactantes, mas deixam de ser relevantes a partir de 60, e assim perde o sentido usar a esperança de vida ao nascer.
Por exemplo a mortalidade infantil costuma ser um dos maiores determinantes de morte no mundo. Assim, digamos que a esperança de vida ao nascer do mundo seja hoje 70, e a esperança de vida com 1 ano seja 73. É muito comum esse fenômeno de você “ganhar mais anos” quando atinge certas idades.
Um exemplo que eu peguei rapidamente para o Reino Unido:
“In England, life expectancy at birth for boys increased, from 73.7 years in 1991 to 1993, to 79.5 years in 2012 to 2014. This means that a newborn baby boy in England in 2012 to 2014 can expect to live 5.9 years longer than a newborn baby boy in the same country over two decades ago. Similarly, life expectancy for baby girls increased by 4.1 years, from 79.1 years in 1991 to 1993, to 83.2 years in 2012 to 2014.”
” In England, life expectancy for men aged 65 years in 2012 to 2014 was 18.8 years, while women at this age could expect to live for an additional 21.2 years. This means that a 65-year-old man could expect to live to almost 84 years, while a woman of the same age could expect to reach her 86th birthday.”
Fonte: https://www.ons.gov.uk/peoplepopulationandcommunity/birthsdeathsandmarriages/lifeexpectancies/bulletins/lifeexpectancyatbirthandatage65bylocalareasinenglandandwales/2015-11-04#national-life-expectancy-at-age-65
Acabo de ouvir o episódio 154 Paraima no qual vocês pediram aos ouvintes de Goiás que se manifestem. Sou Caroline Mendes, nasci na cidade de Anápolis, mas atualmente resido em Brasília. Sou servidora pública federal na ANVISA e gosto de ouvir o Xadrez Verbal enquanto preparo meu café da manhã e me arrumo para trabalhar. Já fiz propaganda desse podcast para muitas pessoas!!
Olá Felipe e Mathias.
DÚVIDA FEMINICÍDIO (DESNECESSÁRIO?)
Entrei numa discussão com um colega sobre o tema e ele me apresentou números do Mapa da Violência onde temos mais vítimas homens que mulheres em casos de violência doméstica. Sei que não é tema dos últimos episódios mas gostaria da ajuda de vcs para verificar as fontes, pois confio que fazem um excelente trabalho informativo. No Mapa da Violência realmente achei os números de mulheres mortas, mas falhei em achar de homens. Porém no site Liber News ele apresenta exatamente dados que esse colega me mostrou citando a fonte “Mapa da Violência”. Será que ele realmente está certo e temos mais homens mortos por violência doméstica que mulheres?
Essa é a primeira vez que entro em contato com vcs, desculpa ser fora do tema dos episódios. Obrigado de qualquer forma, respondendo ou não.
segue o link: http://libernews.com.br/2017/03/31/estudo-diz-que-homens-sao-as-maiores-vitimas-de-violencia-domestica/
Ele pega vários estudos diferentes do Mapa, em uma o número absoluto de homicídios, depois em outro o número absoluto de apenas mulheres assassinadas. Então ele subtrai os dois para saber quantos homens foram assassinados, pois não tem o número exato de homens (não achei). Com esses dados de homens e mulheres mortxs, ele aplica a % de ocorrências em domicílio, no “Mapa da Violência 2 0 1 2 CADERNO COMPLEMENTAR 11:HOMICÍDIO DE MULHERES NO BRASIL”. Capítulo 3. Circunstâncias dos homicídios. ISSO FAZ COM QUE O NÚMERO DE HOMENS MORTOS EM CASA POR MULHERES SEJA MAIOR QUE O NÚMERO DE MULHERES MORTAS POR HOMENS????. Essa % é uma taxa a cada 100?? Não deixa claro. Até porque mais adiante nesse mesmo estudo, no capítulo “9. Atendimentos por violências no Sistema Único de Saúde – SUS” mostra que muito mais mulheres são atendidas pelo SUS do que os homens.
Por favor, sei que não é tema dos últimos Podcasts, mas fiquei muito curioso com esse número bem maios de homens vítimas que mulheres, como mostra esse trecho do link que mandei:
“No total de 8.426 assassinatos por violência doméstica, temos 1718 assassinatos de mulher e 6708 de homens, ou seja, APROXIMADAMENTE 80% DAS VITIMAS DE VIOLÊNCIA DOMÉSTICA SÃO HOMENS, ou usando os números como sensacionalista, a cada 5 mortes por violência doméstica, 4 são de homens.”
Caso algum outro leitor queira me ajudar a entender fico grato!
Pedro Soares
Estudante de engenharia no Mackenzie.
Uma boa tarde a todos!!!