Xadrez Verbal Podcast #47 – Matias Spektor, Donald Trump e Turquia

Hoje temos o prazer de receber o professor de Relações Internacionais da FGV Matias Spektor. Conversamos sobre a repercussão internacional do processo de impeachment de Dilma Rousseff, os desdobramentos da crise política no Ministério de Relações Exteriores e as possíveis mudanças e continuidades em uma eventual chancelaria de José Serra.
Falamos sobre a vitória de Donald Trump, consumada por W.O., e a crise com o Partido Republicano, que não o apoia. Passamos pelo Oriente Médio, começando pela Turquia, onde a renúncia do Primeiro-ministro Ahmet Davutoglu pode fortalecer ainda mais o autoritarismo presidencial. O possível primeiro prefeito muçulmano de Londres, giro de notícias, Peões e dicas culturais fecham o programa dessa semana.
Você nem sempre tem tempo, mas precisa entender o que acontece no Mundo, ainda mais porque o planeta está uma zona. Toda semana, Matias Pinto e Filipe Figueiredo trazem pra você as principais notícias da política internacional, com análises, críticas, convidados e espaço para debate. Toda sexta-feira, em menos de uma hora, você se atualiza e se informa.
Dicas do Sétimo Selo
Livro O império de Hitler, de Mark Mazower
Filme Arca Russa, trailer aqui
Documentário A Revolta dos Pinguins
Esquete Cruz y Raya, Parodia de Zapatero
Música War, de Bob Marley
Ouça o podcast aqui ou baixe o programa.
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A revista de política internacional do Xadrez Verbal é feita na Central 3, confira o restante da programação aqui.
Filipe Figueiredo, 29 anos, é tradutor, estudante, leciona e (ir)responsável pelo Xadrez Verbal. Graduado em História pela Universidade de São Paulo, sem a pretensão de se rotular como historiador. Interessado em política, atualidades, esportes, comida, música e Batman.
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O meu final de semana só começa quando vejo o post do Xadrez Verbal, foi dada a largada pra atualização semanal do podcast semanal sobre política internal.
Temos uma grande homenagem ao universo dos tokusatsus…
Winspector!!!
Parafraseando o Filipe: “Mano?!”
Gostaria de ter a sua certeza de que a Hillary ou o Bernie Sanders será o próximo presidente dos Estados Unidos, porém, como eu nunca duvido da capacidade da estupidez humana, eu não acho tão improvável assim o Trump ganhar.
Isto não é uma crítica, muito pelo contrário, mas vocês precisam atualizar a descrição do podcast:
“Toda sexta-feira, em menos de uma hora, você se atualiza e se informa.”
Porque o podcast está com quase duas horas. O que pra mim é ótimo, pois quanto mais informação melhor!
Matias, acho que o discurso do haile selaisie é de 1936, ainda na liga das nações! https://www.wdl.org/pt/item/11602/
O wikipedia também informa o mesmo!!
Abraço!
Bom crepúsculo/alvorada, caríssimos senhores!
Aproveitando que falaram de Anne Boleyn no programa, gostaria de indicar a excelente mini-série Wolf Hall, baseada na obra de Hilary Mantel, que conta a história de ascensão do conselheiro Thomas Cromwell (interpretado pelo recém ganhador do Oscar, Mark Rylance) na corte do rei Henrique VIII (interpretado por Damian Lewis, também conhecido por Homeland e Band of Brothers). A série começa com o rei querendo casar com Anne Boleyn e termina com o divórcio nada amistoso dos dois.
Outra indicação seria um artigo do site Cracked que fala sobre “Mitos que as pessoas acreditam sobre imigração” ( http://www.cracked.com/article_23872_6-dumb-myths-people-constantly-believe-about-immigration.html ). Resumindo, o texto mostra fatos e estatísticas que derrubam os argumentos do Trump e seus seguidores sobre imigração, mostrando que não causa nenhum mal à sociedade estadunidense e pelo contrário, diminui os índices de criminalidade e dá mais dinheiro ao governo (dentre outras coisas). Recomendo a leitura.
Abraços!
Boa indicação de série!
Meninos do ZERDAX LABREV, parabens pelo otimo trabalho!
Deixo aqui uma dica meio que sacana, o quadro sobre efemerides da semana, poderia ser sobre a semana vindoura, pois assim teríamos mais assuntos e mais bacanas para as rodas de boteco!
Abraços
Vou analisar isso com a cúpula diretora (mentira, eu que mando)
O Matias Spektor falou que é interessante termos no ministério de alguém de peso, então não entendi ainda a escolha e Matias tornar a opção do José Serra em algo otimista, além da falta de peso literalmente diga-se de passagem pra não perder a piada 😛 e por mais expertise que ele apresente, e, apesar de muitos dos brasileiros sequer saberem pra que serve tal ministério, eu acho que o Serra ainda tem muito do seu filme queimado dada as sequências de derrotas em eleições e mudanças constantes no quadro político ao qual ele vem passando na última década e ainda envolvido/absolvido/escondido no escândalo da saúde de São Paulo.
Em episódios passados o Filipe lembrou por alto, salvo engano, que o Serra mudou de cargos N vezes, e em resumo alguém precisa dá um ministério pra ganhar o apoio desse cara e do PSDB urgente, basicamente é isso e nada de capacidade disso ou daquilo.
Repito, eu não sinto confiança não pelo expertise acho que ele pode ser um cara bem inteligente em termos científicos e demais assuntos e longe de mim querer entrar nesse mérito, porém o que aceno é a instabilidade na posição ao seu quadro político como falei e por ser um político da velha guarda, como se diz “macaco velho” acho que ele vem, independentemente de partidos, carregado de velhos vícios e um deles foi sustentado pelo Filipe no último episódio sobre a questão do genéricos que necessitou de articulação muito da área econômica e exterior e não tão só do Ministério da Saúde o qual ele estava a época.
Não quero dizer com tudo isso que o Spektor é só e tão simplesmente só, pois seria muito pobre da minha e da parte de Spektor, pró-Serra e PSDB/PMDB à frente do governo e mesmo que o MS seja achei válida e precisa a sua defesa, porém eu não assinaria embaixo. Acho que falta na realidade alguém mais de centro nesse ministério e que saiba dialogar bem com o “eixão das AméricaS” (terminando com S maiscúlos pela A. do Sul) e com o resto do mundo tendo apoios para cada região: UE, Ásia, Oceania e África.
Sinto que gradativamente o ministério vai ser tornando moeda de troca desde a saída do Celso Amorin.
Se exijo que seja alguém de carreira? Acho que é mais positivo do que alguém de política, mesmo que esse de carreira atue politicamente, e, alguém de carreira como é um ministério cheio de prestígios no exterior mais que “a cá” apesar do baixo orçamento, nos presta um serviço grande na imagem internacional do Brasil.
Poucos lugares do mundo colocam gente “da carreira” à frente das Relações Exteriores. Essa área é área estratégica e fundamental para que cada governo coloque em prática seus planos para o país. É preciso preservar a política de estado, mas ela vai mutando aos poucos com a transição dos governos. Uma burocracia que governe a si mesma eternamente tende a isolar-se dos governos que a controlam, e isso não seria apenas antidemocrático, como pouco inteligente da parte dos governos, pois burocracias autocentradas tendem a ser antros de acumulação de privilégios – combinemos que o Itamaraty não é lá um lugar sem privilégios…
Sua avaliação do Serra não faz sentido. Você fala do pula-pula dele em cargos políticos, e isso é algo a se lamentar de certa forma, mas atuar como político eleito é diferente de atuar como um funcionário do Executivo. Sobre sua capacidade, deve dar para contar nos dedos os diplomatas de carreira que reúnem tantos predicados como o velho senador em uma pessoa só – os que talvez conheçam tanto quanto ele de economia ou que são mais cultos nos termos afetadosq ue esperamos dos diplomatas não tem nem de muito longe a mesma experiência em gestão, os que tem alguma experiência em gestão dificilmente são tão cultos etc.
A oposição política faz cegar os olhos de quem avalia. Serra é um quadro excelente. À frente do Ministério, só tem a somar.
Sobre Celso Amorim, ora… Diga aí, o que colhemos desse período dele à frente do MRE? Conselho de Segurança, inserção no mundo por meio do Mercosul… o quê? Nada de especial. Tivemos quinze minutos de fama com o boom das commodities e foi só. Celso Amorim é bom de abrir embaixada em Antigua e Barbuda para funcionar em resort porque não há prédio decente no local, isso sim.
Só queria deixar registrado minha ponta de tristeza com o Matias… Minessota é um estado lindo!
Indico visitar Grand Marais e ir esquiar em Lutsen! Lugares lindos com pessoas maravilhosas!! ❤