Xadrez Verbal Podcast #222 – EUA, El Salvador e Europa

O podcast do Xadrez Verbal dessa semana chega com as últimas notícias dos EUA, tanto as sobre sua política externa quanto as internas, como a reclamação de William Barr de que Trump tem tuitado demais, e a bizarra. Também fomos até El Salvador, onde o não tão guapo Bukele ensaiou um golpe contra o congresso de seu país. Aproveitamos a visita e demos o tradicional giro latino-americano. Finalmente, fomos até a Irlanda, onde ocorreram eleições com um desempenho histórico do Sinn Féin, e o restante da Europa. Além disso tudo, nós giramos pelo mundo, a semana na História, economia com a professora Vivian Almeida, peões da semana e dicas culturais fecham mais uma edição da sua revista semanal de política internacional em formato podcastal!

Você nem sempre tem tempo, mas precisa entender o que acontece no Mundo, ainda mais porque o planeta está uma zona. Toda semana, Matias Pinto e Filipe Figueiredo trazem pra você as principais notícias da política internacional, com análises, críticas, convidados e espaço para debate. Toda sexta-feira você se atualiza e se informa.

Dicas do Sétimo Selo e links

Site da Editora Contexto

Filme Zona de Risco

Documentário Los Hijos de la Guerra

Matéria Apoio do governo, cotas e festivais: como a Coreia do Sul reinventou seu cinema e fez história no Oscar com ‘Parasita’, por Rafael Barifouse

Matéria Contra K-pop e ‘Parasita’, Japão quer fortalecer imagem cultural no exterior, por Bruno Benevides

Matéria CIA leu comunicações criptografadas de aliados e adversários por décadas, por Greg Miller

Coluna O Brexit ainda não acabou para os irlandeses

Música de encerramento Games Without Frontiers, com Peter Gabriel

Playlist das músicas de encerramento do Xadrez Verbal no Spotify

Canal do Xadrez Verbal no Telegram

Minutagem dos blocos, cortesia dos financiadores do Xadrez Verbal

  • 00:04:35 – Giro de Notícias #01
  • 00:22:20 – Coluna Aberta: Estados Unidos
  • 00:49:35 – Efemérides: A Semana na História
  • 00:56:30 – Match: América Latina
  • 01:35:15 – Xeque: Europa
  • 02:12:10 – Gambito da Dama: relações comerciais dos EUA e as classificações de países desenvolvidos ou em desenvolvimento
  • 02:25:35 – Giro de Notícias #02
  • 02:45:40 – Peões da Semana
  • 02:27:10 – Sétimo Selo
  • 02:58:20 – Música de Encerramento

Ouça o podcast aqui ou baixe o programa. (clique com o botão direito do mouse e use a opção “Salvar como” para baixar)

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A revista de política internacional do Xadrez Verbal é feita na Central 3, que está no Apoia-se

Filipe Figueiredo é tradutor, estudante, leciona e (ir)responsável pelo Xadrez Verbal. Graduado em História pela Universidade de São Paulo, sem a pretensão de se rotular como historiador. Interessado em política, atualidades, esportes, comida, música e Batman.
Como sempre, comentários são bem vindos. Leitor, não esqueça de visitar o canal do XadrezVerbal no Youtube e se inscrever.

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27 Comentários

  • Diogo Maia de Carvalho

    Matias, você disse que o vocalista do Gorgoroth, Gaahl, foi acusado de assassinato. Na verdade, o cantor é ex-membro da banda norueguesa. Ele não cometeu assassinato. Ao que parece, “somente” espancou um homem e o fez beber do próprio sangue num copo.

    Abraços de BH.

  • Olá, Matias e Filipe! Primeiro, gostaria de dizer que adoro o programa e ouço sempre. Mas queria só fazer uma pequena correção sobre o que foi dito no programa sobre a exclusão do Brasil da lista de países preferenciais. É que essa exclusão foi, por enquanto, apenas para fins das investigações de defesa comercial contra subsídios para aplicação de medidas compensatórias no âmbito do tratado de subsídios da OMC, e não afeta outras preferências tarifárias como o Generalized System of Preferences, que precisa ser revisado por outros meios. Então, embora alguns portais de notícias como a Band tenham noticiado que seria muito abrangente, na verdade é algo limitado. Segundo, você pode sim aplicar medidas compensatórias contra subsídios de países em desenvolvimento como a Colômbia. A questão é só que você não pode aplicar, pelas regras da OMC, quando esses subsídios têm um impacto muito baixo no valor do produto – e é essa regra que foi impactada pela exclusão dos países da lista. Se você é um país em desenvolvimento, esse impacto muito “baixo” é definido como 2% (desde que todos os países em desenvolvimento investigados não excedam 9% do total das importações). E se você não é, esses mínimos são menores – 1% e 7%, respectivamente. Então é isso que na prática muda para o Brasil – agora é mais fácil compensar subsídios do governo brasileiro. Por fim, é importante considerar que ainda na semana passada os EUA anunciaram que vão passar a usar o acordo de subsídios para investigar e compensar benefícios concedidos a exportadores por práticas de desvalorização cambial, o que foi claramente um movimento contra a China, já que não é de hoje que o Trump crítica essas práticas do governo chinês. Esses dois movimentos com certeza não são isolados, e provavelmente a segunda alteração visa a permitir ou facilitar a aplicação da primeira contra a China. Então, mesmo o Trump sendo um opositor da lista de países em desenvolvimento como um todo, esse movimento específico ainda não foi o grande ataque dele contra ela. É isso aí, continuem com o ótimo trabalho. Beijos!

  • Eu sei que não foi a intenção do Filipe, mas dizer que o caso do Polanski foi de que ele manteve relações sexuais com uma menina de 13 anos soa bastante eufemístico. O Polanski embebedou e drogou a vítima e ignorou-a quando ela pediu pra ele parar. Dizer que ele manteve relações sexuais com ela faz parecer que foi algo que ela aceitou e que só foi estupro pelo fato dela estar abaixo da idade de consentimento. Não estou dizendo que foi a intenção do Filipe relativizar o sofrimento da vítima, mas acho importante deixar claro a gravidade e a violência do ocorrido especialmente quando há tanta gente tentando diminuir a culpa do Polanski ou desacreditar a vítima.

  • Ola Filipe e Matias, saudações diretamente do Vale Central em Santa Ana, provincia de San José, Costa Rica. Meu nome é Gustavo, sou de Limeira (saudações leoninas), formado em ciencias economicas na UNESP de Araraquara e me mudei pra cá em out/19 a trabalho. Antes de chegar claro que escutei pelo menos umas 5 vezes o ep da CR no Fronteiras, de fato ajudou muito nas conversas com os locais.

    Já que mencionaram a CR, na semana passada tiveram eleicoes dos cantoes (cidades), e en San Jose, o mesmo partido esta mais uma vez eleito, renovando os + de 25 anos seguidos no poder. Nao me “recordo” se no Brasil temos algum caso similar em algum estado muito …sabem dizer?

    Quero deixar um grande abraco e parabens por todo o conteudo de vcs, Pura vida!

    Por favor mandem um beijo pra minha esposa Amanda, tambem ouvinte fiel do Xadrez Verbal, e que esta concluindo o mestrado na Poli ai no Brasil e logo menos estará aqui também. E peco sua ajuda para incentiva-la a ouvir “um certo programa”, pois todo Fronteiras que eu escuto, eu jogo a isca (e agradeco o Felipe reproduzir e simular o dialogo hahaha):
    Eu: “amor, nossa, vc sabia que em tal pais aconteceu isso isso e isso?”
    Ela: “nossa que interessante, onde vc descobriu isso?”
    Eu: “Tem um programa que vc deveria escutar…o Fronteiras Invisiveis do Futebol, que é um programa de historia etc (e toda a propaganda que vcs fazem muito bem!!!)

    E se puder ajudar de alguma maneira com noticias ou informacoes daqui da regiao, por favor avisem. Abraco!

  • Prezados Matias e Filipe. Diretamente do México, para falar brevemente sobre a rifa do avião. Cada bilhete vai custar 500 pesos mexicanos, e se quiserem eu compro aqui e levo para vocês em Junho próximo, hehe.
    Um dos problemas desse avião é que ele foi um dos primeiros modelos de 787 construídos (o sexto), e por isso ele foi submetido à testes rigorosos, o que limita o mercado para ele.

    Essa matéria da BBC explica bem o imbróglio: https://www.bbc.com/mundo/noticias-america-latina-51483341

    Sobre o Emilio Lozoya, um caso curioso. Como já mencionei em outras redes sociais, trabalho com petróleo aqui no México. Em uma das plataformas em que eu embarcava (uma das mais importantes do México, nessa época), havia, nas paredes do refeitório, 3 quadros com o mesmo artigo de revista, traçando o perfil “arrojado, inteligente e visionário” do executivo.

    Um grande abraço!

  • Filipe, acho importante ressaltar o poeta que o Salvini citou. A citação é do poeta americano, Ezra Pound, que era notoriamente facista, e que é da onde o partido neo-nazista italiano Casa Pound, pegou o seu nome.

    Abraços

  • Saudações Matias e Phylype, sou historiador formado pela UFPR e queria dar fazer uma pequena correção. Minha monografia foi pautada pelo conflito de Darfur afim de analisar noções necropolíticas nas atitudes governamentais bem como de algumas organizações internacionais na região, mas enfim. Entre o minuto 18m10s-18m15s o Filipe comentou sobre o genocídio em Darfur envolver a formação do Sudão do Sul, contudo, ambos os conflitos tiveram motivações e correlações bem distintas. Enquanto o Sudão do Sul era uma região historicamente utilizada como fonte de recursos pelos poderes localizados ao norte, enquanto Darfur se coloca como um dos polos de dominação no medievo e modernidade.
    Já os conflitos acabam se dando por, no Sudão do Sul, um embate de protagonismo e busca por recursos com o governo central do Sudão, já Darfur tem antesm um conflito interno e posteriormente um envolvimento com o governo, sendo gerado pelo processo de desertificação nna região, e o envolvimento de Cartum se dá após ataques a bases militares na região.
    Desculpe me estender, mas era só para fazer essa elucidação. A principal fonte que usei sobre contexto de Darfur foi o cientista político ugandense Mahmood Mamdani, que tem um livro focado em problrmatizar a construção da narrativa sobre o genocídio de Darfur, o “Saviors and Survivors”. Caso queiram posso passar algumas referências sobre contexto sudanês, bem como até a própria monografia, apesar de considerar um pouco vergonha alheia.
    Sou muito fã do programa e queria agradecer pelas informações de qualidade com análises sensacionais. Vocês são os responsáveis por atualmente estar me preparando para migrar da história para as relações internacionais em um, se tudo ocorrer bem, vindouro mestrado.
    Um beijo de um curitibano em seus escafoides.

  • André Filippe de Mello e Paiva

    Boa noite, dupla dinâmica! Sobre a questão da tradução Bento ou Benedito, encontrei um TXT que me pareceu convincente:
    https://cleofas.com.br/porque-o-nome-do-papa-e-bento-e-nao-benedito

    2 programas atrás o Vinicius me mandou um abraço e gostaria de retribuir, dessa vez englobando todas minhas turmas de História Econômica Geral da Fecap. Uma das atividades que proponho é a produção de um podcast sobre um dos temas do semestre e sempre indico aos meus alunos o Xadrez e o Fronteiras como referências. Compartilho com vocês a alegria de ter ingressado nesse semestre no Doutorado em História Econômica na nossa FFLCH-USP! Aproveitando ainda o momento Maguila, peço também um abraço aos meus amigos Diego, Gustavo e Felipe.

    • Diego Monteiro, de Cutitiba

      Exatamente. “Bento” é uma derivação vulgar (no sentido de “do povão”) do latim eclesiástico “benedictus”, a trajetória tendo sido, muito grosseiramente: bento<beento, bẽeyto<benedictus*. É um processo análogo ao que originou os vocábulos "benzer" (benzer<bẽezer, bẽeizer <benedīcere) e "bênção" (bênção<bẽeiçon<benedictiōnem). Por via erudita — uma vez que só letrados em latim poderiam conhecer a forma "benedictus" — introduziu-se o vocábulo "benedicto" e, por via semi-erudita, "bendito". "Bento", portanto, é uma forma que a deriva natural da língua selecionou e que ficou consagrada no uso vernáculo da língua portuguesa (como em "São Bento de Núrcia"). Línguas como alemão e inglês, que não derivam do latim vulgar, não tiveram escolha a não ser incorporar uma forma mais clássica na sua versão para o nome (Benedikt, Benedict). Já as línguas latinas contam com formas populares e eruditas (se o Filipe acha "Bento" estranho, o que ele teria a dizer sobre o francês "Benoît"?!) Eu gosto de "Bento"!

      Aproveito pra mandar um abração pro londrinense João Candido, que foi quem me apresentou o vosso bendito programa!

      *As formas antigas eu peguei do en.wiktionary.org

    • Grande Filipe e Matias, salve!

      Vou aqui demonstrando um pouco da minha biografia: pois fiquei morando em um mosteiro por dois anos e acredito que possa acrescentar algumas informações a mais em relação a adoção do nome Bento ao invés de Benedito no Português e, exclusivamente no Brasil.

      A adoção do nome Bento pelo então cardeal Ratzinger, é uma clara alusão ao santo que “fundou” a Europa medieval, o São Bento – responsável pela criação de inúmeros mosteiros e, consequentemente, ficou responsável também pela fundação e o surgimento de inúmeras cidades atuais. Sua escolha por esse nome faz referência a sua preocupação voltada à Europa e à Igreja (interna), pois além de tradicionalista ele também defendia um “resgate” da Igreja no âmbito europeu.

      Por outro lado, o nome de São Benedito é adotado e faz refere a um santo muitíssimo popular no Brasil. São Benedito tem sua imagem como um santo negro e rapidamente foi adotado por muitos escravizados africanos que aqui foram trazidos. E atualmente ele é bastante cultuado no Brasil e tem inúmeras igrejas erigidas em sua homenagem, principalmente aquelas construídas por africanos escravizados.

      A escolha, portanto, pela tradução do Papa Benedictus por Bento é claramente uma referência ao santo ao qual ele quer referênciar. E a tradução por Papa Benedito no Brasil seria facilmente confundida pelo santo que, pelo que me consta, tem seu culto “controlado” pela Igreja local do Brasil, pois temem a confusão com outras religiões de matriz africana – na qual são Benedito também é cultuado.

      O cardeal Bergolglio, ao adotar o nome Francisco, também faz uma referência ao santo que reformou, de fato, a Igreja e faz uma escolha preferencial aos pobres.

      Abração.

  • Carolina Pereira de Souza

    Oi meninos, já é minha terceira vez comentando aqui e eu continuo fã do programa (apesar do Filipe achar que pós-moderno é xingamento ???) . Eu moro em Nakhon Ratchasima (Tailândia) desde abril do ano passado, o que a polícia afirmou é que as duas primeiras pessoas mortas compraram um lote de terra do militar e não pagaram (ou não pagaram o combinado). Até então isso aliado ao stresse de ser militar foi o que desencadeou o ataque. Na mesma hora em que ele entrou no shopping ele conseguiu muitos seguidores no facebook e as pessoas começaram a criar vários perfis com o nome dele para postar prints do antigo facebook dele (depois que ele foi excluído do facebook). O caso durou a noite toda e muitas pessoas ficaram feridas. Como a maior parte dos problemas na Tailândia são no Sul foi uma surpresa bem desagradável. A mídia também não ajudou muito postando onde as pessoas estavam se escondendo dentro do shopping. Tive alguns amigos que ficaram preso lá por horas e esse também é o shopping onde eu sempre faço compra aos sábados a tarde (eu vou no supermercado onde ele matou algumas pessoas geralmente no horário em que ele chegou lá). Nesse dia eu estava com preguiça e adiei a ida, foi muita sorte. Enfim, obrigada pelo excelente trabalho de vocês!

  • Bom dia Filipe com i e Matias sem h,

    Ótimo programa como sempre.
    Gostaria só de fazer algumas observações sobre uns pontos:
    – o presidenciável Pete Buttigieg. Pelo que entendi, o nome dele pronuncia-se “Bure dge”. Esse é o mais próximo que conseguiria escrever.. Hehe. No mais, vcs citaram que ela tem outro apelo demográfico qdo comparado com Trump. Concordo. Porém, li numa reportagem que a comunidade LGBT não está o apoiando integralmente. Há alguma polêmica o envolvendo. Vale lembrar tb que ele é veterano, o que poderia tb puxar simpatias de outros veteranos… Talvez …

    Gostaria de deixar TB essa reportagem, que fala sobre a venezuela. Achei bem esquisito fazerem uma lei sobre isso, mas fiquei aqui na dúvida de como outros países procedem nesse caso. O Brasil tem sus, mas e outros países? Eles TB restringem acesso de refugiados? Pergunto pq para estrangeiros há restrição, não? Porque qdo alguém viaja tem que ter seguro?

    https://noticias.uol.com.br/cotidiano/ultimas-noticias/2020/02/16/lei-saude-venezuelanos-justica.htm

  • Parabéns Filipe e Matias por mais um excelente programa, um grande abraço aqui direto de Goiás.

  • Caros!
    Quando falam sobre o filme A Conquista da Honra (Flags of Our Fathers) de Clint Eastwood, o Matias comenta sobre a perspectiva de um nativo americano voltando para os EUA depois da conquista de Iwo Jima.
    O nativo retratado no filme é Ira Hayes, que virou herói nacional por ser um dos 6 americanos na famosa foto a bandeira estadunidense sendo erguida na ilha, mas tem um destino bem triste e termina a vida aos 32 anos como um bêbado indigente.
    Ele é retratado em três outros filmes além desse do Eastwood, e acredito que tenha sido imortalizado na famosa música The Ballad of Ira Hayes, gravada por vários intérpretes como Johnny Cash, Pete Seeger e Bob Dylan, que eu tenho certeza que já ouviram.

  • Exatamente. “Bento” é uma derivação vulgar (no sentido de “do povão”) do latim eclesiástico “benedictus”, a trajetória tendo sido, muito grosseiramente: bento<beento, bẽeyto<benedictus*. É um processo análogo ao que originou os vocábulos "benzer" (benzer<bẽezer, bẽeizer <benedīcere) e "bênção" (bênção<bẽeiçon<benedictiōnem). Por via erudita — uma vez que só letrados em latim poderiam conhecer a forma "benedictus" — introduziu-se o vocábulo "benedicto" e, por via semi-erudita, "bendito". "Bento", portanto, é uma forma que a deriva natural da língua selecionou e que ficou consagrada no uso vernáculo da língua portuguesa (como em "São Bento de Núrcia"). Línguas como alemão e inglês, que não derivam do latim vulgar, não tiveram escolha a não ser incorporar uma forma mais clássica na sua versão para o nome (Benedikt, Benedict). Já as línguas latinas contam com formas populares e eruditas (se o Filipe acha "Bento" estranho, o que ele teria a dizer sobre o francês "Benoît"?!) Eu gosto de "Bento"!

    Aproveito pra mandar um abração pro londrinense João Candido, que foi quem me apresentou o vosso bendito programa!

    *As formas antigas eu peguei do en.wiktionary.org

    • Só complementando o amigo, ficou Bento XVI porque o papa estava homenageando justamente São Bento de Núrcia, o fundador da ordem dos beneditinos. Se o chamassem de Papa Benedito a homenagem iria para outro santo, São Benedito, que também existe.

  • No breakingNews, sobre as negociações entre os Estados Unidos e o Talebã para um acordo de paz no Afeganistão, podem ficar tranquilos que a Carrie Mathison já está tratando disso na nova temporada de Homeland.

  • Bom crepúsculo Filipe e Matias tudo bem? O Roger Stone não é a primeira vez que ele entra em polêmica, além desta nova, ele sempre se envolveu nos bastidores do governo Nixon, Bush e Reagan. O Netflix ate fez um documentário sobre ele:
    https://m.imdb.com/title/tt6714534/

    Abraços

  • Olá Filipe e Matias, mandem um beijo para as minhas filhas Maria e Ana ( 2 anos e 1 ano). Grande abraço e obrigado pelas ricas informações semanais.

  • Olá, Matias e Filipe! Não resisti e vim comentar sobre black metal! Na verdade, o Gaahl, ex-vocalista do Gorgoroth, jamais matou alguém, apesar de ter sido preso por espancamento e tortura mais de uma vez.
    Como o Filipe bem notou, o assassino mais famoso do Inner Circle norueguês é o Varg Vikernes das bandas Burzum e Mayhem. Ele, aliás, assassinou o próprio colega de banda do Mayhem, o Euronymus. Curioso que o Mayhem era um trio cujo um membro se matou, outro foi assassinado e o terceiro era o assassino do segundo.
    Há um filme dirigido pelo Jonas Åkerlund chamado “Lord of Chaos” que conta um pouco sobre a cena norueguesa do fim dos anos 80 e início dos anos 90. Åkerlund foi baterista do Bathory antes de se tornar um famoso diretor de videoclipes, tendo dirigido clipes da Madonna, U2, Beyoncé, Lady Gaga, só para citar alguns.

    Por fim, mas não menos importante ( não MESMO), peço um beijo para minha pessoa que fará aniversário no domingo de carnaval, 23/02, e para minha irmã caçula, Lorena, ouvinte do Xadrez verbal, do Fronteiras e do Repertório, que fará aniversário no dia 25/02.

    Obrigada pelos melhores podcasts de todos os tempos! Beijos.

  • João De Fraipont Castañon

    Boa noite Filipe e Matias

    Sou veterinário e cheguei a mandar uma mensagem com vocês um tempo atrás tirando dúvidas sobre o abate halal e o kosher. Além da minha graduação tenho como grande paixão a música e, principalmente, o metal extremo.
    Gostaria só de acrescentar algumas informações sobre o assunto citado no programa.Com a criação do black metal, principalmente o (como Filipe citou) Inner Circle Norueguês, o estilo foi direcionado para apelo extremamente transgressor sobre os padrões de vida da sociedade norueguesa após a guerra fria. Começou sendo um ataque a religião cristã e foi direcionado a aceitação do nacional socialismo como linha de pensamento, tendo como o mentor principal esse senhor chamado Varg (não incluirei adjetivos, para não perder o decoro do comentário). Hoje em dia é categorizado o estilo NSBM (“Black Metal Nacional Socialista”) e,infelizmente, tem um número crescente de adeptos e/ou “passadores de pano”. O membros de bandas ou fãs do estilo misturam as tradições da mitologia nórdica com a ideia de raça superior e pura perpetuada pelos Nazistas.
    Chegou a um ponto que antes de ouvir uma banda nova ou disco novo, normalmente os fãs pesquisam a fundo sobre seus membros e posicionamentos devido a grande quantidade de pessoas envolvidas no estilo e que flertam com o Nazismo.
    Filipe indicou o Immortal, eu indicaria muito o Darkthrone (banda do Fenriz, que mesmo tendo conhecido o Inner CIrcle com o tempo se mostrou um cara incrível) e com algumas reticências o Emperor, pois o baterista que começou essa banda tem uma história muito complicada.

    Sobre o Gaahl, vocalista do Gorgorth que Matias comentou, ele foi sentenciado por agredir um senhor de 41 anos, com a alegação que tentou beber o sangue da vítima e força-la a beber também. Gaahl é outra figura interessante por ser um dos primeiros do meio a sair do armário e se assumir homossexual, recebendo até um prêmio de personalidade LGBT Norueguesa (senão me engano). Mesmo não sendo um militante em prol dos direitos dos lgbts. Sua linha de pensamento, pela suas declarações relaciona mais com um discursso individualista e objetivista a lá Ayn Rand.

    No ano passado foi lançado o filme “Lord of Chaos” que mostra de modo romanciado a formação do grupo que começou os ataques as igrejas. O interessante é ver como isso tudo se iniciou como uma rebeldia adolescente que aos poucos foi evoluindo para o que, infelizmente é hoje. Cito o cenário do “escritório” deles que continha posteres de ditadores como Mussolini e Hitler ao lado de ditadores comunistas como o Stalin, apenas reverenciando os que eram considerados “vilões” a sociedade ocidental a época.
    Se me permitem o jabá, gravei um podcast sobre o filme no ano passado onde conversamos como todo mito formado sobre essas bandas vem de assuntos rasos de garotos imaturos que só queriam chocar. (http://www.superamiches.com/goatcast-10-lord-of-chaos/)

    Peço desculpas pelo comentário gigante, não espero ser lido só queria mesmo incluir essas informações por gostar de estudar a formação desses grupos e como se desencadearam ao o que é hoje. Não sou da área de humanas, mas imagino que seria um terreno frutífero para trabalhos antropológicos.

    Vocês de longe são o melhor podcast que já ouvi e continuarei ouvindo, sou um grande fã!
    Obrigado pelo ótimo trabalho
    Um beijão no coração de vocês

  • Oi pessoal, tudo jóia?

    O símbolo do Catania é um elefante pois o animal é símbolo da cidade. A lenda é que um elefante espantou alguns animais selvagens quando os primeiros humanos foram habitar a região. É comum os clubes italianos usarem algum símbolo da cidade no escudo, como a Juventus tinha um touro (não a mascote zebra) no seu escudo antigo, e a Sampdoria tem um marinheiro em seu escudo.

    E achei interessante o fato que o vôo com os brasileiros nos EUA não vir com muita gente de Minas, já que a cidade de Governador Valadares é praticamente uma colônia americana no Brasil, de tanto valadarense morando nos EUA. Inclusive eu lembro do Rômulo Mendonça brincando numa transmissão quando o Trump foi eleito falando “Alô você de Valadares, tá com saudade do primo? Espera que ele tá voltando.”

    É isso aí, e ainda amo vocês, eu embora eu tenha ficado triste por terem ignorado meu comentário riquíssimo sobre o fronteiras do futebol americano, e vou acreditar que foi porque ele foi muito extenso. Um beijo na bigorna e façam um fronteiras do Laos.

  • Olá Felipe e Matias!, Bom dia/tarde/noite
    Meu nome é Vinícius tenho 14 anos e sou novo aqui no Xadrez Verbal, eu fui indicado pela minha prima Ingrid Pontes, e estou adorando a forma que vocês nos deixam informados sobre as notícias, não somente do Brasil mas sim de todo o mundo. Muito obrigado e continuem fazendo este belo trabalho que eu estou amando!
    Um forte abraço

  • Muito bom o programa, gosto muito de acompanhar
    Fiquei feliz pelo panorama de El Salvador. Meu padrasto nasceu lá e mora no Brasil há muito tempo. Os outros familiares deles moram todos nos EUA, de acordo com o que foi falado no programa. Ele já falou muito sobre a guerra civil, mas eu não sabia sobre a questão das gangues direito, vou conferir o documentário com ele pra entender melhor!

    Sou de Belém do Pará e acompanho sempre o programa e tenho visto o fronteiras também. Gostaria que mandassem um abraço pro meu amigo podcasteiro Miguel. Eu sempre recomendo, quem sabe com esse abraço ele aceite e escute!!

  • Oi, pessoal!
    Estou passando pra dizer que sigo acompanhando o podcast e descobri que é ótimo para ouvir no carro, enquanto estou presa no trânsito de SP voltando para casa.
    Consigo ouvir uns 40min de programa por dia, e assim acabo tendo programa para quase a semana toda.
    Para mim o Xadrez é, além de uma ótima fonte de informação é um entretenimento divertido e aconchegante.

    Faz alguns programas vocês citaram um livro do sobrevivente do Holocausto, Primo Levi, e eu tive oportunidade de ouvir um dos relatos dele num audiolivro chamado: Testemunhas do Holocausto
    De Judith M. Hughes, que reuniu dados históricos e relatos de sobreviventes que se tornaram autores de suas histórias, com detalhes impressionantes e perturbadores do que passaram nos campos de extermínio.

    Bom, é isso, abraço forte a todos que fazem o Xadrez Verbal esse podcast sensacional! 😀

    Ps.: Se um dia eu os encontrar, quero levar paçoquitas de presente. ahahaa Vocês merecem!

  • Olá!! Só ouvi agora o podcast #222. Para registro ou para quem vier a ler, a informação inicial sobre o Silas Malafaia: há anos ele não faz parte do Conselho Geral das Assembleias de Deus no Brasil (CGADB). Ele criou a própria “filial” das Assembleias, que é a Assembleia Vitória em Cristo, não tendo mais ligação com a correlacionada original. Não vejo problemas em chamá-lo de neo pentecostal, portanto. Só manteve o nome parecido por coincidência, ou para confundir os fiéis, mas deve ser o primeiro, ele não seria tão mau assim, seria?!

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