Xadrez Verbal Podcast #172 – Venezuela, Brasil em Davos e Europa

Pela primeira vez, o Brasil abiu o Fórum Econômico Mundial em Davos, na Suíça. Como foi o discurso de Jair Bolsonaro? Como foi a repercussão? Isso e mais outros assuntos sobre a política externa brasileira está no programa. Também passamos pela Europa, onde França e Itália estão disputando para ver quem é mais idiota. Palavras da ministra!
Claro que vamos até a Venezuela, onde o líder da Assembleia Nacional se proclamou presidente interino do país. Quem reconhece quem? De que lado vão ficar as forças armadas? Aproveitamos e damos uma volta pela vizinhança, como de costume. Além disso tudo nós giramos pelo mundo, a semana na História, peões da semana e dicas culturais fecham o segundo programa de 2019 do podcast do Xadrez Verbal!
Você nem sempre tem tempo, mas precisa entender o que acontece no Mundo, ainda mais porque o planeta está uma zona. Toda semana, Matias Pinto e Filipe Figueiredo trazem pra você as principais notícias da política internacional, com análises, críticas, convidados e espaço para debate. Toda sexta-feira você se atualiza e se informa.
Dicas do Sétimo Selo e links
Site da Editora Contexto
Filme Argo
Filme Abril Despedaçado
Música de Encerramento Tribunal de Rua, d’O Rappa
Playlist das músicas de encerramento do Xadrez Verbal no Spotify
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Minutagem dos blocos, cortesia dos financiadores do Xadrez Verbal
- 00:13:00 – Giro de Notícias #1
- 00:27:32 – Coluna Aberta: Europa
- 00:58:22 – Efemérides: A Semana na História
- 01:04:40 – Match: Política Externa Brasileira
- 01:47:50 – Xeque: Crise Política na Venezuela
- 02:19:50 – Giro de Notícias #2
- 02:30:25 – Peões da Semana
- 02:32:15 – Sétimo Selo
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A revista de política internacional do Xadrez Verbal é feita na Central 3, que está no Apoia-se
Filipe Figueiredo é tradutor, estudante, leciona e (ir)responsável pelo Xadrez Verbal. Graduado em História pela Universidade de São Paulo, sem a pretensão de se rotular como historiador. Interessado em política, atualidades, esportes, comida, música e Batman.
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Caros leitores, a participação de vocês é muito importante na nova empreitada: Xadrez Verbal Cursos, deem uma olhada na página.
Só uma coisinha, o Mathias chamou coelhos de roedores, na verdade eles são lagomorfos. Desculpa, não podia perder a chance de ser chata, hahahahahaha.
Sobre o programa, eu gostaria de agradecer pela qualidade das informações, bem como também, a lavagem cerebral que vocês me fizeram, porque agora, toda vez que eu baixara os programas de 3 horas ou 3 horas e meia, eu achara que eram grandes mas mal eu sabia que podia ser “pior”.
Além disso, gostaria de ressaltar que o podcast de vocês, para mim, tem um valor além de se informar sobre o mundo, visto que, sou aluno universitário de Relações Públicas da Universidade Federal do Amazonas e entender melhor essas relações diplomáticas me estimula a tentar querer, num futuro, estudar Relações Internacionais.
No mais, é isso, um bom feriadão para vocês e obrigado de novo.
Ps: peço humildemente que se puderem me desbloquear do twitter pela conta do Xadrez Verbal eu agradeceria muito, fiz uma piada que fui mal interpretado mas não guardo rancor, continuo acompanhando e divulgando o trabalho de vocês. A minha conta é essa mesmo, @StonedRamos, grato.
Os caras nao aguentaram uma piada?
Kkkkkkkkkkkkkk kkkkkkkkkkkkkk kkkkkkkkkkkkkk kkkkkkkkkkkkkk kkkkkkkkkkkkkk kkkkkkkkkkkkkk
Galera belo programa!
Sobre o programa de 5 horas, eu só ouvi metade. Vou retomar. Mas queria ouvir as novidades de Davos.
Fiz umas contas rápidas, pelo modelo do Avião Presidencial (ex-AeroLula, atual AeroBozo), distância Brasília-Davos, preço médio o combustível de aviação e o custo médio do vôo dele para Davos em relação aos 6 minutos e 38 segundos de seu discurso custou mais ou menos R$ 26.000 por minuto de fala.
A observação de vocês sobre a entrevista é importante.
Não foi nos debates. Só dá entrevista a veículos de apoiadores. Não escuta o contraditório. Elemento importante.
Ótimo programa, senhores! Apenas uma correção: lebres são lagomorfos e não roedores, caro Matias. Sucesso!
Ainda sobre tratados, queria ressaltar a cidade de Brincasse, na Guiné-Bissau. Daria um nome tratado interessante…
Eu queria ver um tratado feito nesse lugar aqui:

Tratado de Lagoa da Confusão ou um Tratado de Llanfairpwllgwyngyllgogerychwyrndrobwllllantysiliogogogoch seriam uma boa também, o que não falta é cidade com nome tosco.
Um tratado sobre as guerras tribais na África poderia ser assinado na cidade de Pau Grande, não?
(obviamente estou falando em uma homenagem à cidade Natal do gênio Garrincha…)
Como o colega bem disse, Lagoa da Confusão seria um ótimo lugar para um tratado. Novo Acordo, no Tocantins, também seria outra.
Abraços.
Tenho 99% de certeza que “comunista come criancinha” desde a Guerra Civil Russa. A foto que vocês mencionaram tem 1921 na legenda e tem os famosos cartazes anti-canibalismo.
Acabei de fazer o ENEM (e passar para UFRJ!), mas se tivesse feito uma redação como o discurso de nosso presidente acho que já teria que estudar para a próxima prova. Sem detalhamento, agente nem meio na proposta de intervenção, além de uma leve fuga ao tema e à tipologia textual.
Um abraço para vocês que me fazem parecer inteligente e um agradecimento ao Marcelo por me incentivar a ouvi-los em meados/final do ano passado.
Caros Filipe e Matias, belíssimo programa! Acompanho vocês faz um tempo e ando bem viciado no podcast rsrs. Tava em abstinência de programas até o de 5 horas. Acabo de me formar em ciências sociais na UFRGS, com ênfase em ciência política. Por isso, percebe-se meu interesse em geopolítica, história e RI.
Algumas reflexões sobre temas que foram citados: Mourão tem se mostrado como tendo um intelecto político bem mais avançado que o Bolsonaro, expondo opiniões que diferem da do presidente eleito desde as eleições. Não é surpresa ele “bater cabeça” com o chefe do Executivo. Talvez isso seja dado o simples fato de assim ser a sua personalidade, assim como o fato de ele ser um general, e o Bolso, um capitão. Nas forças armadas, a hierarquia tem peso demais, e talvez o Mourão não se segure ao estar “em segundo plano”, atrás de um capitão. Mas, particularmente, creio que isso possa ser uma estratégia de Mourão de se apresentar como uma alternativa melhor caso o Bolso não se segure no poder (convenhamos, ele tá se desgastando demais pra quem tem 20 dias de governo). Temos q estar de olho nessas movimentações do vice-presidente.
Sobre a Venezuela: me considero uma pessoa de esquerda, e por isso muito me incomoda parte da esquerda brasileira apoiando a ditadura de Maduro. Uma coisa é ter em mente que existem interesses estrangeiros perversos ou duvidosos na Venezuela e em seu petróleo (aka EUA querendo levar “some freedom” para a Venezuela kk), outra é achar que Maduro é democrático.
Abraços!
Olá Filipe e Matias, sou novo por aqui comecei a ouvir vocês há pouco tempo e PQP (desculpa o palavrão) mas o podcast de vocês é muito BOM!
Estou tentando fazer a minha namorada (Isabela) a ouvir vocês porém devido a longa duração dos programas ela acaba usando essa desculpa (esfarrapada) para não ouvir hahah quem sabe com vocês pedindo ai ela decide ouvir.
Só pra finalizar aqui acabou de acontecer uma coincidência interessante aqui. Estava eu procurando alguma coisa pra ver na netflix quando me deparo com uma série chamada Black Earth Rising que fala sobre acusações de guerras internacionais e eles vão julgar um caso sobre o genocídio de Ruanda. Como não tava entendo muita coisa decidi vir aqui ouvir o podcast que o Filipe indicou sobre o caso Fadas Celestiais (aliás, que caso bizarro… Hahah) E o coluna Aberta foi apresentado pela Ana Luísa Demoraes Campos falando justamente sobre a saida de alguns países africanos no TPI (inclusive a série começa com um cara negro questionando um membro do TPI do pq eles só darem atenção para os crimes cometidos em países africanos) fiquei chocado com essa coincidência pq era exatamente o tipo de explicação que tava precisando pra entender a série.
Realmente não existe coincidências hahah
Já era pra eu ter comentado isso antes porém eu esqueci jsjskjdjq. Já ouço Xadrez Verbal há um ano e adoro vocês! Estudo RI e estou estagiando em um Instituto de estudo de idiomas, estamos com uma professora canadense que não fala nadinha de português e eu tive muito papo com ela sobre a crise China e Canadá graças a vcs!
Obrigada pelo trabalho de utilidade pública que vocês fazem, seus lindos.
Fico aqui pensando como seria um discurso do Cirão da Massa nesse Fórum de Davos apresentando o Projeto Nacional de Desenvolvimento para os investidores desses vários países, garantindo segurança jurídica e garantindo reformas que beneficiariam o povo brasileiro. Ele até pediria mais 40 minutos para continuar a explicação hahah. Abraços a todos do XV.
Bolsonaro e o Fórum Econômico Mundial
Dois fatos merecem mais atenção no Fórum Econômico Mundial que ocorreu hoje:
O primeiro deles é a ausência de lideranças importantes; Trump, Mei, Macron, entre outros, que estão ocupados com assuntos internos de primeira ordem, Trump e o seu muro, Macron e os camisas amarelas, e a Mei com a saída do Reino Unido da União Europeia, fatos esses que só agravam a incerteza sistêmica que paira na economia global, e que pode piorar ainda mais a situação da economia brasileira.
O segundo foi a falta de convicção do presidente ao expor as políticas econômicas em curso, como as reformas, privatizações e “desaparecimento” da corrupção, e etc. que sinalizam para a economia global uma mensagem de garantia no aumento do estado de confiança dos agentes na nossa economia, e nisso, ele fracassou.
O Fórum Econômico Mundial é extremamente importante, pois possibilita a vinda de investimentos externos para o Brasil e, é importante informar que os dados afirmam que esses investimentos ainda não vieram para o país no período pós eleição e, isso pode significar que as remunerações do capital investido são ainda consideravelmente maiores em um ambiente externo mesmo aplicadas as medidas que a equipe de Guedes pretende fazer, cenário esse muito alarmante.
Acredito que as privatizações, a reforma da previdência, entre outras medidas, possibilitam, entre outras coisas, uma redução da taxa de juros que, respectivamente, provocariam a retomada nos investimentos, sobretudo, externos e privados. No entanto, a confiança que o presidente passa para os investidores externos foi pouca, e na ausência de líderes importantes P. Guedes e a sua equipe terão um grande trabalho pela frente, encontrando as nações e as grandes empresas restantes para atrair a maior quantia possível de poupança externa presente ali e trazer para para cá para dar um choque desfibrilhador no país.
O cenário ainda contínua incerto…
Diante disso tudo, aqui o que observamos é o seguinte, apenas o povo deu um voto de confiança a ele e a sua família, os políticos e os empresários não, e o jogo de poder continua, portanto, as questões que envolvem a sua família e o restante da velha, e única, política também. Logo, melhor ele trazer o crescimento econômico o mais rápido possível… porque o que a história nos ensinou, da antiga a contemporânea que, isso e apenas isso que interessa e, uns possuem mais paciência, outros menos e alguns nenhuma.
Pessoalmente, torço pelo melhor.
Olá, Filipe e Matias.
Eu morei no Iraque quando criança e, sempre que vejo notícias relacionadas à transferência da nossa embaixada em Israel de Tel-Aviv para Jerusalém e ao eventual impacto que isso poderia trazer para as nossas exportações, me lembro de um episódio ocorrido durante a Copa do Mundo de futebol de 1982. Nos acampamentos da Mendes Júnior, nós assistimos a todos os jogos menos um: o da derrota do Brasil para a Itália. Motivo: os países árabes haviam boicotado a transmissão das imagens daquela partida só porque o juiz era israelense. Apesar dos apelos da nossa embaixada, o governo iraquiano permaneceu irredutível e a solução encontrada pela construtora foi fazer uma ligação telefônica do acampamento de Falujah, onde funcionava a TV Tigre, para alguém no Brasil, que colocou o aparelho na saída de som da TV. Mesmo sem vermos as imagens, já que os televisores ficaram com aquelas faixas coloridas, ao menos a narração pode ser transmitida para os três acampamentos.
O Brasil nunca teve interesse no acirramento dos conflitos no Oriente Médio e espero que não se esqueça de que só temos a ganhar se mantivermos uma boa relação com todos os países. Eu até concordo que poderíamos atuar como mediadores na busca de uma solução de dois estados, por exemplo, mas não acho que nosso atual governo tenha habilidade para isso. Espero que os recentes alertas dados tanto pelo Egito quanto pela Arábia Saudita sejam compreendidos.
Por fim, complementando o que eu havia escrito semana passada sobre o abate kosher, como a carne da parte dianteira é menos macia, depois das salmouras ela fica mais dura e, a meu ver, perde muito sabor. Já provei algumas vezes e não gostei.
Um abraço!
Acho que o Filipe confundiu o flamengo com un time de bairro, felizmente somos nacionais e extrapolamos as fronteiras do regionalismo pelas ondas do rádio. Logo flamenguista gaúcho não é estranho, estranho é não ser flamengo, saudações rubro negras.
O discurso do Bolsonaro em Davos deixou a desejar. Mas as manchetes do El país foram diferentes no Brasil e no exterior. Animar, ainda que no sentido de incentivar, não tem nada a ver com decepcionar.
Eu achava que o discurso dele tinha sido fraco (mas só tinha lido uma coisa ou outra sobre o assunto). Depois do último episódio, concluí que foi de fato MUITO fraco. Mas a passada de pano para o menino Neymar do El País com a história de “quem escolhe a manchete é o editor” foi bola fora do XV, na minha opinião.
Muito bom o programa!
Passo aqui uma dica pra quem tiver interesse em países usando moedas de outros países, o seguinte podcast do Planet Money (em inglês):
https://www.npr.org/templates/transcript/transcript.php?storyId=663121186
Abraço!
Em relação à declaração do Di Maio, além de eles terem uma política atual anti-imigração, é bom lembrar que eles dominavam Líbia, Somália, entre outros, e não liberarm por bem…
Olá, Filipe e Matias
Faço parte da Rede Nacional de Jovens Líderes dos Escoteiros do Brasil e sou ouvinte assíduo. Inspirados pelo Xadrez Verbal e por outros programas, eu e alguns amigos decidimos criar um programa para debater assuntos que consideramos relevantes para a juventude. O primeiro tema do programa Debate em Rede foi “Participação Juvenil em Situações de Refúgio” e, na pesquisa, encontrei alguns dados interessantes:
– 85% das pessoas em situação de refúgio estão em países em desenvolvimento (UNHCR, 2018);
– metade dos refugiados, deslocados internos, apátridas e solicitantes de refúgio são menores de 18 anos (UNHCR, 2018);
– pouco mais da metade das pessoas em situações de refúgio são deslocados internos, pessoas que se refugiam em seus próprios países (Síria possui 7 milhões nessa situação e Colômbia 6 milhões); (UNHCR, 2018)
– 2/3 dos refugiados no mundo vivem no chamado refúgio prolongado, quando o refugiado vive mais de cinco anos no país anfitrião (UNHCR, 2017);
– 61% dos refugiados no mundo frequentam “ensino fundamental” (primary school) e apenas 1% frequenta o ensino superior quando em situação de refúgio (UNHCR, 2017); e
– no Brasil, em 2017, a maior comunidade de refugiados reconhecidos vem da Síria com cerca de 2.800 pessoas seguido pela República Democrática do Congo com pouco mais de 900 (CONARE, 2018).
No programa, conversamos um pouco sobre (i) o que é o refúgio, (ii) quais são as categorias de refúgio, (iii) a situação do jovem em ambientes de refúgio, (iv) a necessidade de educação fomal e e educação não-formal para pessoas em situações de refúgio, (v) a invisibilização da educação em situações de emergência, entre outras coisas.
Até uns 16 minutos o áudio ficou um pouco ruim, mas depois ele normaliza.
Link para o programa
Referências:
UNHCR, 2018
UNHCR, 2017
CONARE, 2018
Link para o programa
Referências:
UNHCR, 2018
UNHCR, 2017
CONARE, 2018
Vocês poderiam me tirar uma dúvida?
Recentemente o historiador Eduardo Bueno deu uma declaração na Jovem Pan dizendo que o petróleo da Venezuela seria de péssima qualidade, e nesse programa o Filipe disse que é ótimo.
Fiquei em dúvida, qual é o certo?
Muito Obrigado e um abraço
Oi Caio, nem eu e nem ele estamos errados. Te explico.
É correto dizer que o petróleo venezuelano não é de boa qualidade pois a capacidade de operação do país tem caído cada vez mais, com a crise, com o mau gerenciamento da PDVSA e de recursos, por uma série de motivos. Você pode ver um pouco disso aqui neste link (https://www.reuters.com/article/us-venezuela-oil-insight/venezuelas-deteriorating-oil-quality-riles-major-refiners-idUSKBN1CN2EO). Outro motivo disso é que a maior parte da produção está na região de Zulia, em Maracaibo, em que o petróleo de fato não é o mais doce do mundo.
É correto dizer que o petróleo venezuelano é de boa qualidade pois, primeiro, ele é de fácil extração, o que diminui os custos do refino e, segundo, as RESERVAS do Orinoco são de petróleo mais doce que a média, só que menos exploradas. É do mesmo campo que a Guiana começou a explorar.
Espero ter resolvido, um abraço
Complementando, achei um link que explica a qualidade de cada campo de petróleo na Venezuela. Quanto mais baixo (doce, com menor % ácida) e mais a direita (menos denso), melhor o óleo. Quando mais alto e mais a esquerda, pior. E tá vendo o quadrinho vazado? O pior óleo do gráfico? É o campo mais explorado. Os campos de melhor qualidade estão quase intocados.
https://www.researchgate.net/figure/Sulfur-content-wt-vs-API-gravity-in-crude-oils-from-Venezuelan-basins-Includes-only_fig5_236468098
Sobre a manifestação do sindicato dos controladores de vôo no Trump Shutdown, esse ato tem um valor simbólico especial, porque há um contencioso entre os controladores de vôo civis e os republicanos desde a greve de 1981, em que Reagan quebrou o movimento demitindo e banindo de recontratações futuras onze mil controladores de vôo. Ann Coulter chegou a relembrar isso no Tweeter pedindo a demissão de controladores que não comparecessem ao trabalho no shutdown.
Mais contundente ainda, quase raivosa, foi a manifestação do diretor do FBI Christopher Wray em vídeo aos funcionários do Bureau. Esses sinais vermelhos, todos somados, acabaram levando ao recuo temporário de Trump e o fim do shutdown, ao menos por tres semanas.
O exército venezuelano controla o tráfico de drogas, a Venezuela é um narco estado. Não existe mais institucionalidade no exército, é apenas uma facção criminosa.
Olá Filipe e Matias,
só queria agradecer pela companhia e pela maravilhosa fonte de informação que vocês foram, e são, para mim. No dia 24/01/2018, recebi o resultado que passei no vestibular da Fuvest e vou estudar na Faculdade de Direito do Largo São Francisco, (Serei um “parceiro” de USP de vocês heheh). Eu sei q sem o podcast de vocês, eu não teria conseguido.
Enfim, obrigado mesmo, vocês foram e são muito importantes para mim!!!
Não achei o discurso do Bolsonaro tão decepcionante assim, até pq eu já não esperava grande coisa e pra quem já teve uma presidente saudando a mandioca fiquei de certa forma aliviado rs. Não sei se foi ele quem mandou escrever o discurso, mas se sim, isso mostra que ele ao menos está ciente que oratória é um de seus pontos fracos. Sobre ele ter falado por apenas 6 min creio que isso se deve a alguma recomendação médica, ter que falar (ficar lendo) por mais de 20 min na situação em que ele se encontra é bastante cansativo. E convenhamos, ter que acompanhar alguém, principalmente o Bolsonaro, lendo um texto de forma robótica por quase 30 min deve ser uma experiência extremamente entendiante.
Olá senhores Matias e Filipe, parabéns pelo ótimo trabalho de vocês.
Venho chamar a atenção para um pequeno detalhe. Ao falar da participação de Bolsonaro em Davos o senhor Filipe falou sobre antigos ministros do Brasil responsáveis pela economia e mencionou o jurista Rui Barbosa que foi ministro do governo provisório do Marechal Deodoro e foi afirmado que era culpa dele o Encilhamento. É sobre esse assunto que queria discutir.
O grande Rui foi um ministro muito bom e promoveu as reformas liberalizantes necessárias para o desenvolvimento industrial do país anulando os efeitos da Lei 1.083 de 1860 conhecida como Lei dos Entraves. Já no que toca ao episódio conhecido como Encilhamento, ao que parece Rui Barbosa não foi responsável por isso. Em apoio evoco Jorge Caldeira que em seu livro História da Riqueza no Brasil (2017, p.324) diz que:
“No dia 19 de novembro de 1890, o banco Barings anunciou em Londres que estava suspendendo pagamentos devido a um problema com seus investimentos em títulos argentinos. A notícia desencadeou uma crise no mercado de capitais inglês, que afetou o valor dos títulos não só da Argentina mas de todos os países da região. Mitchener e Weidenmier explicaram o processo de contágio: ‘Os investidores europeus venderam ou reduziram suas posições para todos os governos da América Latina como forma de diversificar seu risco regional, o que provocou quedas dramáticas nos títulos.'”
O autor continua e explica os efeitos da redução desse fluxo de capital e explica que o ministro Rui tomou as medidas necessárias para enfrentar a crise que se aproximava, mas, logo que ocorreu a eleição de Deodoro, o ministro foi logo apeado do cargo e substituído por um amigo do barão de Lucena.
Tristão de Alencar Araripe que sabia pouco de economia e procurou emular as atitudes dos ministros do Império restringindo o crédito e proibindo a venda de ações. Assim (CALDEIRA, 2017, p.325):
“Quando as pessoas competentes do mercado organizado segundo a lógica capitalista viram que lidavam com um amador atabalhoado, foram arrancando favor atrás de favor – sempre às custas do Tesouro e da ignorância do ministro.”
Tristão foi então retirado e o governo passou a ter que emitir títulos para tentar cobrir seus saldos e a situação foi deteriorando-se cada vez mais. Ministros se sucederam em profusão sem no entanto resolver a crise. Em 1895 a situação foi controlada mas deixou um rastro de inflação descontrolada e golpes ao erário e legou uma injusta atribuição da culpa disso tudo à Rui Barbosa.
Novamente parabéns pelo trabalho e pelo diferencial de vocês que são um dos poucos veículos informativos descontraído que não tenta imitar a voz de Bolsonaro ao citá-lo nem chamam o Paulo Guedes de “Posto Ipiranga”.
Referências
CALDEIRA, Jorge. História da Riqueza no Brasil. Rio de Janeiro: Estação do Brasil, 2017.
MITCHENER ,Kris James & WIEDEBNIER, Merc D. , The baring crisis and the great Latin American meltdownof the 1890s. Cambridge, MA: National Bureau of Economic Research, 2007, p.33.
Ótimo comentário, amigo. Excelente contribuição.
Como economista, só faço a ressalva que Jorge Caldeira falando de economia nunca pode servir de fonte única…
Rui Barbosa fez muita coisa coerente, mas também falou muita abobrinha (sobre vacinas, por exemplo). Provavelmente o que mais o desabona é que ele era verborragico, e basicamente, chato. Certamente isso jogou contra na hora de entrar pra história rsrs.
Grande abs
Esse episódio salvou minha vida. Em uma viagem de moto de 350km sob chuva forte apenas com uma jaqueta leve (sem capa de chuva). A voz de vcs me fez companhia e eu consegui manter minha sanidade em meio aos primeiros sinais de hipotermia. Grande abraço e continuem com a excelente qualidade.
Impressionante como essa situação da Venezuela (a América Latina toda), nos remete a Cem Anos de Solidão, essa questão da realidade quase fantástica, o militarismo, o poder de um povo, de uma nação nas mãos de uns poucos milicos.
Depois de mais de 50 anos do lançamento do livro, ele retrata bem essa veia latina/romana que corre em nós.
Como você mesmo disse Filipe, o Maduro está um golpe Pretoriano de sair da presidência.
Vendo todos aqueles generais montados em seus uniformes, discursando, me vem a mente somente o fuzilamento de “Coronel Aureliano Buendía”, incrível com a América do Sul não muda, não que o Maduro não seja um ditador, que o processo eleitoral seja mais que suspeito, mas que nessas bandas do continente ainda somos um livro do Marques, nós ainda somos.
Como nossas democracias são frágeis, pelo amor dos deuses.
Prezados, boa tarde!
curto muito o programa há algum tempo e, sempre que posso, recomendo. Há alguns dias consegui com que minha filha acessasse e gostou muito, virando mais uma ouvinte. Mas, sobre esse episódio, vi que houve mudança no postagem, indicando os minutos em que começam os temas. Gostaria de sugerir, tb, que o áudio fosse repartido em temas tb para facilitar qdo ouvirmos. Explico: ouço normalmente no player do meu dispositivo, estando na mesma pasta dos demais áudios. às vezes eu começo a ouvir (correndo, caminhando) e não termino de ouvir o arquivo todo por sua grande extensão. Bom, fica a sugestão no intuito, tão somente, de melhorar o acesso a esse conteúdo tão rico e que aprecio muito. Abs!! Diógenes – Guará – DF
Filipe, acho que você é meu social-democrata favorito (essa é por minha conta). Acho fofo a forma que você fica se justificando – “Gente, isso não é um comentário político-partidário”, “Essa crítica aqui ao Bolsonaro é desde antes dele ser presidente” etc., acredito que a maioria dos seus ouvintes encararia de boa críticas ao Governo sem tanta justificativa. Até porque você no fundo nunca quis pagar de isentão, nem o seu programa. Inclusive esse é um diferencial (apesar de eu discordar de algumas cositas que você fala hehehe). No mais parabéns pelo trabalho
Inspirado por vocês (e outras coisas) sou o mais novo calouro de história na Unifesp. Parabéns e obrigado pelo excelente trabalho.
Comecei a acompanhar vocês recentemente e estou gostando bastante, apesar de desavenças em certos pensamentos, vocês são muito melhores em geopolítica, diria que o melhor que conheci até agora, do que outros tantos dessa “nova direita” brasileira, no mais, abraços e ótima semana!
Filipe, provavelmente você é o meu social-democrata favorito (essa fica por minha conta). Inclusive, acredito que você deva se explicar menos ao tecer críticas ao governo Bolsonaro. Não precisa se justificar tanto, até porque a intenção do seu podcast nunca foi deixar de se posicionar de acordo com o que você considera correto, inclusive eu discordo de algumas coisas que você fala (risos). No mais, parabéns pelo trabalho, a maneira na qual vocês abordam política internacional é simplesmente única no Brasil, muito qualificada.
Grande abraço pra você e Matias!
Percebi agora que comentei a mesma coisa duas vezes. Tinha procurado o comentário de ontem e não achei, mas de qualquer forma pode ignorar o anterior e focar nesse aqui que tá mais completo.
Que honra ter meu nome citado. E também a gloriosa UEPG. Podem fazer programas grandes que eu estou rodando 700km por semana, tempo livre é o que não me falta
Após 2 anos juntos, finalmente consegui que a minha namorada ouvisse o Xadrez Verbal. Ela adorou e vai entrar de cabeça na podosfera! Muito obrigado pelo ótimo trabalho que vocês realizam e queria pedir um que mandassem um beijo pra minha batatinha ;D
Pessoal, só cheguei no Gabão agora (programa 171), não deu tempo de falar antes, mas eu tenho uma correção a fazer. A adoção dos Francos Africanos por alguns países da Africa Central e Ocidental não é uma imposição. Tem suas vantagens e desvantagens, e esse caso não é exclusividade. Recentemente, por exemplo, o Equador dolarizou sua economia em busca de estabilidade. Em parte porque é um movimento que ocorre naturalmente em maior ou menor grau dependendo do país. Os cidadão tendem a buscar uma moeda mais forte que a local para proteger seu poder de compra. Isso é muito comum na Argentina e no Uruguai. No Brasil, menos, por limitações regulatórias: bancos são proibidos de abrir contas corrente em dolar ou indexar contratos com PFs a dolar, investidores institucionais tem limite de compra de moedas estrangeiras, fora o IOF de câmbio que é cuidadosamente ajustado com total liberdade regulatória. Não oficializar uma dolarização numa economia em que a população já abandonou a própria moeda é jogar a pá de cal.
Além disso, uma economia operante em uma moeda forte facilita investimento estrangeiro e comércio. Empréstimos feitos a um país que tem um acordo com o emissor da moeda operacional costumam contar com cláusulas específicas de mitigação de risco. É o caso da Escócia, ou de qualquer país na zona do Euro.
A desvantagem disso é você não ter o controle da própria moeda, e consequentemente menos liberdade pra realizar sua política monetária, acelerar ou desacelerar a produção interna e a inflação. E mesmo imprimindo sua propria moeda, plena liberdade nenhum país de economia aberto tem, muitas vezes o BCB tem que decidir entre combater a inflação OU incentivar produção OU defender a paridade do real.
O desenvolvimento de um sistema financeiro/comercial rudimentar foi sim utilizado como ferramenta colonial no passado, o caso mais interessante é provavelmente o de Madagascar, mas resumir a influência francesa nas econimias locais a imperalismo ou a herança do colonialismo é uma simplificação exagerada.
No caso dos países africanos, eles tem sim um banco central independente da França, não há uma hierarquia direta, embora a garantia do governo francês vem com alguns vínculos contratuais. Claro que pode ser usado como ferramenta de imperialismo e a escolha da moeda âncora tem suas origens no colonialismo, mas as vantagens e desvantagens de países africanos terem uma moeda pegged e garantida pelo BC da França é uma discussão profunda, tema de mestrado, e provavelmente a resposta de se isso é melhor ou pior para o Gabão jamais será definitivamente respondida.
Grande abraço.
Olá Pessoal do Xadrez Verbal, Primeiro, parabéns pelo programa!
Sobre o caso da internet de Tonga, os problemas são muito sérios.
“Eu tenho um hotel e não tenho ideia de quem reservou no Booking.com ou Expedia“, disse Kjell Stave, dono do hotel Mystic Sands no arquipélago de Vava’u, no norte de Tonga. As companhias aéreas também não sabiam se os voos estavam cheios até ao momento em que os passageiros aparecessem.
Segundo a Reuters, na capital de Tonga, Nuku’alofa, na segunda-feira, foi montada “às pressas” uma antena parabólica para garantir algumas ligações de Internet, mas é muito limitada e lenta. “É como voltar ao começo da Internet. As pessoas têm que esperar horas para terem Internet durante 20 minutos”, disse Sia Adams, porta-voz da polícia de Tonga, ao telefone.
Demora em média 30 minutos para abrir um e-mail.
Um grande abraço para todos os amigos da Central 3!
Filipe, você disse que o petróleo na Venezuela é de boa qualidade. Porém, assisti a participação do o Eduardo Bueno no Morning Show da Jovem Pan, que foi ao ar dia 24/01, e ele diz que o petróleo da Venezuela é de péssima qualidade, é grosso e horroso, hahahaha. Aí fiquei nessa dúvida. Um abraço.
Já li que você respondeu um cometário idêntico ao meu, e eu acabei nem vendo antes e mandei. Hahahaha obrigado e desculpa!
Olá rapazes, tenho uma dúvida pra vocês: qual a forma de governo do odebrechtquistão? Pergunto isso pois quando passo em frente ao prédio deles na marginal pinheiros não sei se me refiro ao palácio presidencial ou imperial.
Parabéns pelo programa, estou na maratona de assistir todos.
Sobre o giro pela Europa e a crise dos migrantes do velho continente, tem uma matéria da Le Monde Diplomatique Brasil, e Dezembro de 2018, que considero interessante e gostaria de compartilhar.
https://diplomatique.org.br/imigracao-um-debate-enviesado/
Oi pessoal Gostaria de Pedir um salve pro meu primo Thiago que passou em enfermagem na Universidade Federal do Pará e que ouve vcs pra se atualizar na geopolítica global. Sobre o último programa o grande novo libertador da América ,tb conhecido como Matias, cometeu um pequeno erro: Os coelhos não são roedores , eles pertencem a outra ordem de mamíferos conhecida como logomorpha que possui adaptações parecidas aos dos roedores. Outra coisa louca sobre mamíferos e que maioria dos grupos apresenta alguma espécie com jeitão de roedor pq esse e o plano básico dos mamíferos modernos. Um abraço
venho aqui agradece-los pelad horas de ensinamento q culminaram na aprovação em medicina na Unicentro, Unipampa e e na UFSC (em decimo lugar geral) é impossivel descrever o quanto vcs me ajudaram durante a vida de cursinho (meu professor de atualidades por sinal usava o xadrez para embasar sua aula) mto obg vcs sao foda (só tenho a agradecer ao BREXIT q me fez conhece-los
Admito que escutar Xadrez Verbal na velocidade de 1/2x é um caminho sem volta!
Corro todo fim de semana escutando vocês.
Agradeço os serviços prestados!
Salve Filipe e Mathias, passando para agradecer o trabalho de voces, magnifico e um pedido, se possivel o Filipe voltar a fazer videos no Youtube, por exemplo sobre anacronismo e Historia…e perdao pela falta de pontuacao…moro na Alemanha e o teclado que estou usando no momento nao tem pontuacao em portugues rs
A Venezuela até mostrou jogadores bons nos últimos anos. Guerra do Palmeiras e Seijas que jogou no Inter e da Chape são exemplos.
Conheci o programa na semana passada e tenho ouvido desde então, acho que meu cérebro já está inchado de tanta coisa que aprendi hahahahah parabéns pelo programa e edição do mesmo! Tô até agora impressionada com o EP de 5 horas! 🙂 Deixo como humilde contribuição este vídeo maravilhoso encontrado nas catacumbas da internet do Putin e do Maduro tocando em uma banda nos anos 80 https://www.rt.com/news/450226-putin-maduro-alliance-band/?fbclid=IwAR2a7XDYrCs8E959yddLb8IJBIEeFjv9HH_rrsL2fHLC56wTjhwPTnhHPpo
Obrigada! ❤
To maratonando os antigos, mas meu feed do podcast addict começa do 48, e pra baixar um a um é uma porra, sem contar que alguns nem tem como baixar do site, vcs poderiam arrumar la? iria facilitar mt minha vida vlw.
Pessoal, parabéns pelo podcast, conteúdo mais do que de primeira.
Abraço para o Thiago que me converteu ao xadrez verbal
Apenas uma pseudo-correção (pseudo pois não consigo te citar fontes agora) mas a história do “comunista come criancinha” vem na realidade da grande fome soviética da década de 1920.
Tava escutando a música e lendo os comentários e um cara falou que essa é a música do Brexit… Franz Ferdinand – Take Me Out
Sobre a oportunidade perdida por Bolsonaro em Davos: Ele estava com o pepino torto e o desentortador de pepino na mão.
Gostaria de agradecê-los, Matias e Filipe. Sou ouvinte há quase 2 anos. Estava insatisfeito com a minha atual profissão (veterinário), que decidi estudar por conta própria. E com a ajuda do programa e de toda informação passada por vocês, fui aprovado em engenharia mecânica na Poli-USP. Obrigado!
Gostaria de agradecer ao Xadrez Verbal, há mais ou menos um anos escuto correndo 8 km todo sábado de manhã. Sou economista e trabalho na área financeira há mais de dez anos. E nesta semana em um treinamento sobre proteção financeira cambial, a parte de geopolítica é extremamente importante para visualizar cenários e entender os ocorridos. E boa parte do curso apenas ressaltou pontos que já sabia, pois o Xadrez Verbal já havia explicado. Vocês são muito bons, sou muito fã do trabalho de vocês, e já converti minha noiva Elaine a escutar. Muito Obrigado Matias e Filipe!! Um grande abraço