Fronteiras Invisíveis do Futebol #71 – Irã e Pérsia Parte I

Para fechar o ano de 2018, mais um díptico, dessa vez sobre os povos iranianos, na antiga Pérsia e no atual Irã. Passamos pelos medos, pela unificação dos persas e o estabelecimento de um dos principais impérios da antiguidade, o dos Aquemênidas. Aquele que você conhece só como “persa” por causa das batalhas de Maratona, Termópilas e do Gerard Butler de sunga.
Passamos pelos impérios sucessores, pela conquista islâmica, pelos mongóis, pelos turcos, pelos armênios, por um monte de povos que passaram por essa grande encruzilhada da civilização. Junto com toda essa História, um pouco da seleção de futebol iraniana, desde as origens do futebol no país (adivinhem com quem?), os primeiros títulos e as gerações que disputaram diversas Copas do Mundo recentemente. Dê play!
Referências no programa
Em breve
Ouça o podcast aqui ou baixe o programa.
Assine um dos feeds do Fronteiras Invisíveis do Futebol e não perca nenhum programa: feed RSS, feed do iTunes e feed Player.FM, feed Deezer e feed Pocketcast
A revista de política internacional do Xadrez Verbal é feita na Central 3, confira o restante da programação aqui.
Filipe Figueiredo, é tradutor, estudante, leciona e (ir)responsável pelo Xadrez Verbal. Graduado em História pela Universidade de São Paulo, sem a pretensão de se rotular como historiador. Interessado em política, atualidades, esportes, comida, música e Batman.
Como sempre, comentários são bem vindos. Leitor, não esqueça de visitar o canal do XadrezVerbal no Youtube e se inscrever.
Caso tenha gostado, que tal compartilhar o link ou seguir o blog?
Acompanhe o blog no Twitter ou assine as atualizações por email do blog, na barra lateral direita (sem spam!)
E veja esse importante aviso sobre as redes sociais.
Caros leitores, a participação de vocês é muito importante na nova empreitada: Xadrez Verbal Cursos, deem uma olhada na página.
Esse era o Fronteiras que eu mais aguardava, por algum motivo sempre gostei dos povos da asia central/Oriente médio, e dentre estes povos os persas eram aqueles que mais me chamavam a atenção, afinal elefantes de guerra são a melhor unidade única de Age of empires 2.
Na vida só se tem duas certezas:
1 – A morte;
2 – Sempre que um game dar a opção de jogar com os persas, eu vou com os persas.
Parabéns por mais uma ótima aula de história, só senti falta de algum trocadilho com “tapete persa” no bloco sobre futebol quando relacionaram os estádios.
Pra complementar sobre o futebol iraniano vale lembrar que a política ainda interfere na seleção local. Ano passado os jogadores Masod Shojaei e Ehsan Haji Safi ficaram um período afastado da seleção pelo fato de terem jogado contra um time israelense, Maccabi Tel Aviv, pela Europa League, quando estes defendiam o Panionios da Grécia. Na ocasião eles não jogaram em solo israelense, mas entraram em campo contra o Maccabi na Grécia. O fato irritou o governo iraniano que ameaçou banir a dupla da seleção. Mas ambos foram “absolvidos” e disputaram a Copa do Mundo de 2018.
Um jogador de destaque não citado é o Alireza Jahanbakhsh que foi artilheiro do Holandesão 2017/2018 pelo AZ Alkmaar e se transferiu para a Premier League pra jogar pelo Brighton. Tal qual Afonso Alves…
Parabéns pelo programa. Sou professor de História e sempre uso o conteúdo dele para deixar minha aulas mais interessantes. Continuem com o excelente trabalho.
A música de fechamento do programa sobre o Irã me lembrou “Bella Ciao”em alguns momentos.
Por favor mandem um abraço pro meu amigo Felipe Bocelli, que me apresentou ao podcast.
Abraços.
Programa muito bom, mas o Filipe cometeu um “Menino Neymar”, já nos acréscimos.
Em 1500, quem chegou foi Cabral, e um pouco mais pro sul. O “Gérard Depardieu” chegou foi em 1492.
Reparei isso também. O programa é bom d+, ainda bem que levam no bom humor. Já que deu abertura, teve um “descendência” numa hora que – acredito – deveria ser “ascendência”. Que cruel apontar problema.
Bem legal o programa como de costume, parabéns pelo trabalho!
Recomendo esse belo material sobre as importantes descobertas feitas na Era de Ouro Islâmica antes do Ocidente.
https://informationisbeautiful.net/visualizations/what-islamic-golden-age-thinkers-discovered-long-before-the-west/
Parabéns pelo programa, como sempre, excelente pesquisa com ótimas indicações.
Só dois adendos:
1)Cleópata não era grega, inclusive isso é um vício muito comum quando tentam desenhá-la à imagem de uma musa helênica. Cleópata começou a reinar cerca de 250 anos depois de iniciada a dinastia, mas imaginar que o fenótipo dela, depois de séculos de miscigenação ainda era grego, é um exagero. O Egito foi considerado um reino grego, e teve muita influência do helenismo trazido por alexandre, mas muito disso se mesclou com a própria cultura local.
2)Sobre a questão do nome Pérsia/Iran: Isso é o que chamamos de endônimo e exônimo: Endônimo é o nome nativo de um lugar/pessoa/coisa. Exônimo, como ele é conhecido mundo afora. Iran é um endônimo, e por muitos séculos “pérsia” foi seu exônimo. É como Pequim(exônimo) e Beijin(endônimo), e outros, como Moscou e Moscovo. O campo é vasto, alguns são simples caso de tradução, quando um nome é adaptado para outro idioma. Mas outros, e justamente no caso do iran, é quando pro algum motivo assume-se um nome diferente fora dali. E alguns exônimos acabam virando endônimos, como no caso da China, ou diversos topônimos de origem persa.
complementado isso a lingua persa é muito conhecida como lingua farsi, porem esse nome é por causa do dominio arabe q eles n possuiam o som de /p/, como teve centenas de anos de dominio arabe ainda hoje em persa estão acustumado a usar a palavra farsi. o afeganistão usa o termo dari para seu idioma, e o tajiquistão usa o termo tojiki mas ambos são idiomas persa seria tipo potgues portugal e brasil.
sobre a china qual seria o caso q virou endônimo?n entendi bem essa ultima parte
Olá Filipe e Mathias! Sou ouvinte do Xadrez Verbal e do Fronteiras desde o inicio e esse é meu primeiro comentário. Muitas vezes o Filipe dá como dica cultural os livros da editora Contexto, nesse foi o “Os Iranianos”, de Samy Adghirni. Fiquei surpreso quando descobrir que a UFJF, onde faço mestrado em História, possui um convênio com algumas editoras (confesso que não sei como funciona) e possui diversos livros dessa coleção para acesso de graça para os alunos pelo SIGA (sistema próprio da UFJF) na seção da Biblioteca Virtual. Espero que possam passar essa dica para outros alunos da UFJF e, quem sabe, a alunos de outras instituições que possuam esse tipo de ferramenta.
Um grande abraço a vocês e parabéns pelo ótimo trabalho!
Ainda não ouvi o episódio mas queria registrar que o trabalho de vocês é realmente incrível. Aprendo muito e me divirto com cada novo episódio. Estou a algum tempo esperando para fazer esse pedido e agora que o AtHletico foi campeão da sul-americana vocês podiam programar um fronteiras sobre o Paraná né!? Abraço
Acho que o Matias cometeu um erro quando fala da estátua aos 20 minutos. Uma parte da estátua representaria Alexandre da Macedônia. Não vejo que isso seja possível naquela época.
Naquelas brincadeira de “e se”, “quem você mataria se pudesse voltar no tempo” que tanta gente cita o Adolf, eu certamente mataria aquele Ala ad-Din Muhammad. Que imbecil! O pai criou ele ensinando a não mexer com os bárbaros do leste, para deixá-los sempre felizes, mas não, o garoto cresceu, achou que virou homem, ficou com nariz empinando por ser Xá e o resultado foi praticamente o fim da Era de Ouro do Islã. O atraso que foi a destruição de Bagdá…
E não falem mal de gatos.
Falar mal de time de futebol tudo bem, mas evitem falar mal de outras coisas.
@João Olinto Trindade Junior
Cleópatra VII tinha um pouco de sangue persa vindo a Cleópatra I, mas em geral ela era grega sim. Acho que certamente não era lá “muito egípcia”.
Finalmente o episódio que eu esperava. Obrigado!
Inclusive indiquei essa edição para um amigo iraniano que mora no Brasil.
Que fique registrado que o cinema iranianos é o melhor do mundo. Fica a dica de um filme do diretor Jafar Panahi chamado Fora do Jogo que fala da relação de garotas iranianas com o futebol.
Gengis Khan no Irã … A definições de Ranço foram atualizadas …
Salve Filipe e Matias o/
Venho agradecer esse trabalho incrível desse que podcast que fala de história com a camada de futebol – a anos não vejo nada nas competições das partidas por aqui no Brasa, mas algumas partidas nas copas eu até parei para ver, até pq eu fui contaminado pelo outro “futebol” da América do norte.
Eu fiz uma maratona dos episódios dos Fronteiras, aproveitando o caminho de bike de casa até a UFPR (onde eu sou Servidor Público), e escutei tudo em poucas semanas, ou melhor dizendo quase tudo, pq as primeiras edições do programa (do 1º ao 7º) não aparecem no agregador de podcast que eu uso
Meus programas favoritos dessa série foram os de Israel, Palestina, Pernambuco, Mulheres no Futebol, Especiais da Copa e ex-Iugoslávia – não que tenha desgostados dos outros, mas esses são DAORA demais ♥
Novamente, obrigado.
Grande abraço.
Zabuzeta (André Luis Pinto)
Outra coisa, que deixa passar batido: por ser fã de jogos de tabuleiro (e produzir um podcast sobre – o Jogatina BG) eu pergunto se vcs curtem também? Até pq tem vários que abordam temáticas históricas interessantes e pode ser que seja um prato cheio para vocês.
Em especial a adaptação de Sid Meier’s Civilization – um dos meus favoritos ♥
Opaaa… Fala ai piazada … mto bom parabéns conheci o podcast de vocês através do nerdologia, depois fui pro xadrez verbal, e agora fiz uma maratona de fronteiras…é muito bom…parabéns …Filipe está faltando o dossiê de alguns programas…Sou um “aluno” de primário ainda e uso pra me localizar no mapa
Parabéns novamente. Aguardava a muito tempo este tema. Estive no Irã este ano. Perguntei porque não se chamava mais Pérsia. Me disseram que é o nome de uma província de lá e se dessem esse nome ao país as outras províncias poderiam se sentir menosprezadas. Tudo lá deve ser feito com cuidado para não ofender ninguém. Mas é lindo demais, com um povo incrível e recomendo a todos que o visitem. A imagem que temos de lá será desfeita! Em tempo: descobri o fronteiras tardiamente e estou maratonando tudo. Curto muito.
Deixo a dica do filme Fora do Jogo (Offside) de 2006. A história passa durante uma partida decisiva do Irã nas eliminatórias para Copa de 2006 (Por curiosidade, Irã x Bahrein, https://en.wikipedia.org/wiki/2006_FIFA_World_Cup_qualification_(AFC) ). E é (também) sobre uma menina que tenta ver o jogo entrando disfarçada. Muito interessante e recomendável. É “o” filme iraniano de futebol. =)
Muito bom o programa, difícil condensar tanta historia em tão pouco tempo. Sou mestrando em literatura na fflch e comecei a escutar por indicação do meu amigo Luiz Madeira.
Queria dizer que Ali Daei tem 109 gols pela seleção (#chupapele) mas a Marta tem 110 e com 16 partidas a menos. #chupaAliDaei
O programa para variar foi excelente, mas meus Deus do Céu que musica ruim essa no final
Matias, Filipe, obrigado por mais este episódio maravilhoso.
Queria aproveitar o episódio para compartilhar uma dica cultural. Talvez ela se encaixe mais na parte 2, uma vez que fala do xá Mohammed Reza Pahlev e da Revolução Iraniana de 79, mas fica já de curiosidade caso alguém não conheça: a Companhia das Letras publicou no Brasil, em 2012, o livro “O xá dos xás”, do jornalista polonês Ryszard Kapuscinski. O livro traz um ponto de vista interessante porque o autor não consultou autoridades, em vez disso preferindo imergir no tecido social iraniano e coletar depoimentos dos cidadãos comuns, suas percepções sobre o estado das coisas e da cultura. No início, há essa citação dele: “todos os livros sobre as revoluções […] deveriam começar com um capítulo com tons psicológicos, em que se descrevesse o momento em que um homem sofrido e apavorado repentinamente derrota o terror; o instante em que ele deixa de sentir medo”.
Kapuscinski foi, em vida, um jornalista respeitabilíssimo, perene candidato ao prêmio Nobel de literatura – que só não recebeu porque morreu antes. Inclusive possui um livro chamado A Guerra do Futebol que pode interessar aos amigos podcasters e aprenciadores do Fronteiras.
Um grande abraço!
Douglas
Ei, hombres, quanto à história do Aladin se passar na Arábia, acho que ela se desenrola em um território islamizado da China na verdade, mas estou confiando numa vaga lembrança.
Felipe e Matias,
Parabens pelo excelente programa! Moro aqui na Tasmania – AUS com a minha companheira que é iraniana de Teerã. Esta sendo engraçado ensinar a ela sobre a historia de seu proprio pais! Por isso aguardava com ansiedade a este episodio.
Tambem acho interessante citar que os avos dela migraram da Armenia e os pais dela, por terem morado no norte do Irã, tiveram contato com a cultura do Azerbaijao e falam um pouco de azeri. Ela me disse que é bem proximo do turco.
Obrigado pelo programa e aguardo pela continuação!
Christian Rayes
*Filipe
Desculpa, errei a ortografia!
Oi Filipe e Matias,
como bacharel em Letras (também da FFLCH, aliás) com mestrado sobre Manuel Bandeira, não tenho como segurar a bronca: a pronúncia é “Pasárgarda” como se fosse com “z”, tanto pelas regras do português quanto pelo próprio Bandeira, que gravou um disco recitando alguns poemas. Não se sabe de onde se inventou a pronúncia “Passárgada”, mas não existe a menor razão para ela.
Eu queria deixar aqui uma dica de livro sobre o segundo programa mas não achei o link para comentar então aqui vai. O livro Vôo da Águia de Ken Follett, que conta a história do resgate de dois americanos que foram feitos reféns pelo regime do Xá do Irã o período em que a revolução estava estourando. O livro é baseado em fatos reais, mas descontando o exagero em obras baseadas em fatos reais um fato interessante dessa obra é o papel do empresário texano Ross Perrot que organizou o resgate dos seus funcionários no Irã. O mesmo Perrot que anos depois, a eleição presidencial de 1992 saiu como candidato independente e conseguiu possivelmente a maior porcentagem de votos de uma terceira via desde que o sistema bipartidário se consolidou nos EUA, com 18,9 % dos votos. Essa grande votação foi um fator importante para a derrota do Bush pai, já que Perrot dividiu com Bush os votos dos conservadores na eleição, facilitando o caminho para a vitória do Clinton.
Façam um sobre a Áustria por favooor! 😦
Sobre o programa número dois, quero dizer que passei dois anos escutando o programa e esperando o Matias ser zoado por torcer pro time das elites de SP hahahaha.
Pessoal, sou padrinho há cerca de seis meses e nunca recebi nenhum e-mail nem nada do tipo. Há algo a receber?
Eu podia estar roubando ou matando, mas estou aqui ouvindo podcasts e fazendo faxina.
Nunca pedi nada para vcs, seria legal um episódio sobre paises baixos
Parabens pelo trabalho!
Boa tarde.
Descobri recentemente esse podcast junto com o xadrez verbal e já sou fã, escuto o tempo todo.
Um tema que penso que seria interessante seria as cidades hansiaticas independentes da Alemanha: Hamburgo, Bremen
Gente, saiu a parte 2? É que no Xadrez Verbal foi comentado algo como “ouça a parte 2 do Fronteiras Invisíveis do Irã”, mas não estou encontrando. Agradecida.
Eu também não encontrei aqui, mas encontrei no site da Central3, tem alguns podcasts faltando aqui as todos estão lá
Fala galera do Fronteiras/Xadrez… Gostei muito desse episódio sobre a Pérsia. Ouvi com o meu filho Igor de 11 anos. Muito legal. Só uma pequena ressalva: vc repetidas vezes falou no Zoroastrismo se referindo como Zoroatrismo…. Mas nada que afete a compreensão. Abraço
Pingback: Xadrez Verbal Podcast #204 – John Bolton, Brexit e Venezuela | Xadrez Verbal