Xadrez Verbal Podcast #67 – Europa, Antonio Guterres e Não na Colômbia

No último final de semana, a população colombiana disse Não para o acordo de paz entre o governo da Colômbia e as FARC. O que isso quer dizer? Quais os motivos e as conclusões possíveis? E como será o futuro das negociações? Tentamos dar argumentos para essas respostas e também recebemos João Gabriel Almeida diretamente de Bogotá, ajudando na contextualização das negociações e da votação. Do outro lado do Atlântico, vamos ao Reino Unido, onde o Partido Conservador anunciou controversas medidas em relação aos imigrantes no país, além de declarações polêmicas de integrantes do governo.

O mesmo tema também foi debatido na Hungria, em relação aos refugiados e as políticas da União Europeia. Falando nisso, o último Alto Comissário das Nações Unidas para os Refugiados, o português António Guterres, foi escolhido como novo Secretário-Geral da ONU, assumindo o cargo em Primeiro de janeiro de 2017. Sua biografia política e o processo de escolha você confere aqui. Giramos pelo Oriente Médio, pela Ásia, pelo Haiti, yuan no FMI, contamos com Vivian Almeida para falar sobre Trump e impostos, além de peões e dicas culturais, no seu semanário de política internacional!

Você nem sempre tem tempo, mas precisa entender o que acontece no Mundo, ainda mais porque o planeta está uma zona. Toda semana, Matias Pinto e Filipe Figueiredo trazem pra você as principais notícias da política internacional, com análises, críticas, convidados e espaço para debate. Toda sexta-feira você se atualiza e se informa.

Dicas do Sétimo Selo e links

Livro O Último cabalista de Lisboa, de Richard Zimler

Livro Colombia Amarga, de Germán Castro Caycedo

Música Somos Colombia, de La Múcura

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assinaturaFilipe Figueiredo, 29 anos, é tradutor, estudante, leciona e (ir)responsável pelo Xadrez Verbal. Graduado em História pela Universidade de São Paulo, sem a pretensão de se rotular como historiador. Interessado em política, atualidades, esportes, comida, música e Batman.


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17 Comentários

  • Rodrigo vasconcelos

    Fiquei feliz em saber que tem índios ouvindo o podcast, é uma inclusão digital fantástica ( referente ao abraço no inicio do programa ).

    Um abraço ai pra vc’s, aqui da bahia o/

    ps: é brincadeira viu ‘-‘, sei que lá tem piranhas tbm no rio tocantins kkk

  • Por falar em anedotas, The Time diria novamente que a Europa está isolada.

  • As vinhetas ultrapassaram o começo dos blocos, mas dá pra ouvir. Muito bom o comentário da Vivian, vou mostrar pro meu namorado economista da galera do “imposto é roubo” kkk. A música é ótima, o Matias merece um voto de confiança. Assisti à entrevista com a jornalista Ginna Morelo falando sobre o “não” da Colômbia hoje no festival da piauí, o sentimento é pesado mesmo. http://piaui.folha.uol.com.br/festival-piaui/ginna-morelo-e-o-jornalismo-investigativo-na-colombia/ Excelente podcast. Até semana que vem!

  • Arthur de Freitas Andrade

    Lembrando só que a Ordem dos Franciscanos, a fundada em 1209, permaneceu una até 1517, durante sua historia houveram diversas brigas e intolerância entre os frades, o que levou a essa dramática divisão. Após isso ocorreram mais divisões chegando até sete diferentes ordens até final do século XIX, quando o papa Leão XIII tentou mediar uma unificação, a Ordem permaneceu dividida então entre três grupos distinto: os franciscanos observantes, os franciscanos conventuais e os franciscanos capuchinhos. Há alguns propagadores de um “ecumenismo franciscano” dentre essas 3 ordens, buscando maior intercooperação e, se possível, unificação entre as ordens, mas rivalidades e dicas históricas entre i fratelli prevalecem.

  • Filipe, sabe algum bom livro sobre a Guerra da Coréia?

  • Rogério Calsavara

    Saudações Filipe e Matias!

    Adorei a participação do João direto de Bogotá e das informações sobre o populismo e xenofobia na Inglaterra. A pérola do programa dessa vez foi o “pop-up” que apareceu no computador que muito merecidamente ganhou o peão isolado.

    Gostaria muito de poder contribuir com essas informações e pérolas, mas não tenho conhecimento e vivência pra isso.

    Mas pra não passar em branco aqui vai umas sugestões de abertura pro Matias diversificar.
    – o que acontece na Inglaterra e no Nepal, o que acontece na França e no Senegal, repercute aqui no Xadrez Verbal
    – saia do regional e vá pro internacional aqui no Xadrez Verbal
    – começa agora o Xadrez Verbal, o podcast que vai até o fundo do que acontece no mundo

    Podem ser toscos, mas vale pela intenção, né?

  • Saudações Filipe e Matias!

    Eu já tinha mandado esse comentário por outra conta de e-mail, mas acho que se perdeu no limbo porque não apareceu. Se por acaso ainda aparecer, deletem esse e me desculpem pela repetição.

    Feito o aviso vamos ao comentário:

    Adorei a participação do João direto de Bogotá e das informações sobre o populismo e xenofobia na Inglaterra. A pérola do programa dessa vez foi o pop-up que apareceu no computador que muito merecidamente ganhou o peão isolado.

    Gostaria muito de poder contribuir com esse tipo de informações e pérolas, mas não tenho conhecimento e vivência pra isso. No entanto, pra não passar em branco, posso contribuir com algumas sugestões de abertura do programa pro Matias diversificar.
    – O que acontece na Inglaterra e no Nepal, o que acontece na França e no Senegal repercute aqui no Xadrez Verbal
    – Saia do regional e vá pro internacional aqui no Xadrez Verbal
    – começa agora o Xadrez Verbal, o podcast que vai até o fundo do que acontece no mundo

    Podem ser toscos, mas vale pela intenção, né? (ou não?)

  • Video resposta interessante sobre a vida na Arabia Saudita. Em português, brasileira que morava lá.

  • 1 – O discurso e algumas medidas populistas do governo britânico podem ser criticados. Mas usar a hipótese da família, com mãe francesa e pai britânico, que pode ser desfeita por causa dessas medidas, não seria um exagero? quem casa com um britânico , não se torna cidadão também e essas medias só valeriam para não britânicos?

    2 – A Questão da Hungria. O que se debate não é quantidade de refugiados que vai para lá, o problema é autonomia do estado, o problema não é se vai 100 ou 100 mil, mas sim que cabe ao húngaros essa decisão. Não cabe à União Europeia impor essas coisas, e uma vez que vocês colocam os números como sendo uma certa justificativa de que “a coisa não é tão séria, já que o numero não é tão grande”, estão deslocando o eixo principal que é a autonomia e não a quantidade. E é justamente essa critica que deve ser feita à UE, quem tem cada vez mais se parecido como um governo transnacional e abolindo as autonomias locais.

    Outra coisa, citar a ida de húngaros imigrantes no reino unido, pode parecer uma justificativa para uma certa obrigação da Hungria aceitar refugiados, se não uma obrigação, pelo menos uma analise logica de como eles precisam repor a mão de obra perdida. Ok, faz sentido, mas ainda assim cabe a eles decidirem sobre; imigrantes não é a mesma coisa de refugiados (não estou dizendo que não se deve aceita-los, mas são pontos que devem ser esclarecidos). Acho que não foi a intenção de vocês, mas ao falar dos imigrantes húngaros, ficou parecendo que apontaram uma hipocrisia do tipo: ” os húngaros vão para outros países e vcs acham tudo bem, mas quando vai gente para a Hungria vcs reclamam”. Cabe aos países que recebem esses húngaros (que não são refugiados e não migram em massa para uma outra realidade completamente distinta) discutir essas questões e não cabe à UE imposições quanto a isso

    • Olá Felipe. Respondendo sua pergunta sobre o caso da familia britânica no exemplo. Aqui no UK a lei de casamento é diferente. O conjuge para ter direito a ter a cidadania precisa estar casado e vivendo no UK a mais de dez anos e passar na prova de proficiencia inglesa e historia do país. É mais facil atualmente casar com um cidadão UE e morar aqui por 5 anos, que após esse tempo você tem direito a residencia permanente. Abc

  • Olá caros amigos xadrezverbélis. Como sempre o programa estava otimo. Quando vocês dizem que o programa será longo, sempre me desaponto pois acaba sendo curto. Poderia ouvir por horas. Quanto as notícias de Londres, o pronunciamento do governo caiu muito mal na mídia e opinião publica. Diversos artistas e reporteres consagrados aqui se pronunciaram contra, alem do “melt down” do pound que chegou a ser vendido a 0.88 euros nos aeroportos. O Tesco (a maior rede de supermercados britânica) não esta vendendo produtos na unillever, devido a um reajuste nos preços dos produtos, ao qual a rede não quer repaçar para não gerar inflação. Esse ato esta sendo chamado de “marmitegap”, porque a unillever que fabrica essa iguaria inglesa chamada marmite. Nessa quinta feira (13/10/2016) nossa PM sinalizou que o assunto deva ser debatido no parlamento e a suprema corte interou que ela não tem poder sozinha de acionar o art 50. Tudo leva a crer que talvez tudo acabe, como na votação para o nome do barco de exploração artica, o qual em consulta popular deveria chamar SS Boult McBoult face of Boult e acabou recebendo o nome de um aumirante qualquer…veremos o que nos reserva. Abc e ate sabado de manhã aqui pra mim.

  • Filipe, na negociação de paz na Colômbia, destaco a participação do atropólogo William Ury, professor e co-fundador do programa de Negociação de Harvard, criado com base no método de negociação por princípios e interesses no lugar de se utilizar barganha por posições (isto é, ser intransigente ou fazer concessões demais sem objetividade). Ele utilizou esse método em negociações importantes como o processo de paz na Venezuela, lidando diretamente com Hugo Chavez e na transferência do controle do Grupo Pão de Açúcar, disputa entre Abilio Diniz e Jean Charles Naouri, um case muito utilizado em cursos de negociação.

    Por causa da negociação de paz na Colômbia, o governo o condecorou com uma ordem de Comendador e, segundo um post em sua página do facebook, ele deve voltar a trabalhar no processo em razão da vitória do Não.

  • Pingback: Observador Quântico 6 – Prêmio Nobel 2016 - Cultura Nerd e Geek

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