Nove de Julho: São Paulo, país independente?

Hoje, no estado de São Paulo, é feriado. Reproduzo um texto publicado aqui no ano passado, na mesma ocasião. O Nove de Julho relembra a revolta do estado contra o governo federal em 1932. Os aspectos históricos sobre esse movimento político e uma ideia coletiva de “paulista” (que, como todo sentimento pátrio, é construído, e pode disfarçar aspectos extremamente negativos) certamente serão retomados aqui nesse espaço. O princípio deste post é debater a ideia, que ressurge com mais ou menos força em todo Nove de Julho, de um separatismo paulista. Existem movimentos e articulações em busca desse ideal. Agora, o que seria de São Paulo caso se tornasse uma nação soberana?

São Paulo país, com sua população (caso ninguém migrasse ou, mais provável, fosse expurgado) de cerca de 41 milhões de habitantes, seria o 32º do mundo (uma Argentina). Sua economia estaria na região de 21ª do mundo (O maior PIB de um estado brasileiro. Um Irã). O IDH seria o 37º do mundo (Uma Hungria. O Brasil, atualmente, ocupa a 85ª posição, e São Paulo é a unidade federativa com terceiro melhor IDH). Aparentemente, nada mal, não? Pois bem, o primeiro índice, populacional, não seria o real. Mesmo no caso de uma secessão pacífica, haveria deslocamento populacional, ainda mais considerando que parte da cultura “paulista” envolve uma “xenofobia”, especialmente contra migrantes nordestinos. Porém, isso ainda cai num campo subjetivo e especulativo. Vamos considerar dados objetivos.

A economia paulista corresponde a cerca de um terço do PIB total brasileiro (Na década de 1980, chegou aos 40%). Cerca de metade do PIB paulista corresponde ao setor terciário, e outros 45% à indústria. Parece muito, mas, sozinha, a economia de São Paulo não se sustentaria. O estado tem um déficit energético de quase 30 mil gigawatts. Com suas trinta e três usinas, São Paulo tem sua capacidade hidrelétrica quase esgotada. O país São Paulo seria, ao menos em curto prazo, um importador de energia elétrica, já que também não conta com recursos minerais para depender de termoelétricas. A solução seria a energia nuclear, mas considerando a densidade demográfica do estado, além de uma solução de longo prazo, seria uma solução arriscada.

A indústria paulista também sofreria. O estado tem produção diminuta de petróleo (apenas 1.7% da produção nacional). Apenas 20% do parque siderúrgico nacional está no estado, que não é produtor de minério de ferro. Na realidade, toda a indústria paulista teria que importar suas matérias primas, já que a produção mineral local é virtualmente inexistente, sendo digna de nota unicamente a produção de insumos para construção civil, como areia. O maior porto do Brasil, em Santos, São Paulo, movimenta cerca de cem milhões de toneladas por ano; a maioria da carga compreende produção agrícola, e em boa parte dos casos, proveniente de outros estados. Curiosamente, ao contrário da imagem construída pela expansão industrial entre as décadas de 1920 e 1960, com grandes parques de produção de automóveis, o setor econômico mais competitivo em São Paulo é justamente a agricultura, correspondente a um terço da produção agrícola nacional.

Então, qual a origem da pujança econômica do estado? O setor terciário. A Bolsa de Valores de São Paulo está entre as cinco maiores do mundo em valor de mercado. Existem quase sete mil agências financeiras no estado, que movimentam quase dois trilhões de reais ao ano. O PIB do estado é de cerca de 1,3 trilhão de reais. Então como o setor financeiro sozinho movimenta mais dinheiro do que o PIB do estado inteiro? Simples, São Paulo é o coração financeiro do Brasil. Sua economia forte deriva do fato de ser um hub, um ponto de convergência do Brasil; logístico (com suas rodovias e hidrovias, além do porto de Santos), produtor (a produção industrial paulista depende dos insumos provenientes de outros estados) e, essencialmente, financeiro. A sede das multinacionais está em São Paulo. Os papéis das empresas nacionais são negociados na bolsa de valores de São Paulo. Quando uma família de renda mensal de quinhentos reais no interior de Sergipe usa parte do dinheiro recebido pelo Bolsa Família no mercado da cidade, em produtos de grandes conglomerados como Ambev, Bunge ou Cargill, ela contribui com o movimento da economia financeira em São Paulo. O mesmo estado que abriga pessoas que acusam a família citada de “parasitas” e termos similares.

Se São Paulo tornar-se independente amanhã, o cenário em alguns anos muito provavelmente seria de fuga de capitais, afinal, ainda haveria 150 milhões de clientes do outro lado da fronteira. De crise de desemprego e de fatores de produção ociosos, causados pela falta de matérias primas e de energia (ao menos, até a mudança de matriz energética. Que demandaria importação de combustível nuclear). Tornar-se-ia muito provavelmente um país agrícola. A economia forte de São Paulo está ligada de forma visceral ao Brasil. São Paulo talvez realmente seja a “locomotiva do Brasil”. Mas, sem o restante do país, não teria vagões. Nem trilhos.

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30 Comentários

  • Meu caro Filipe,
    Assim como vc, também cursei meu Bacharelado na USP e tenho ótimas lembranças daquela época e sou muito grato àquela instituição. Mas em se tratando de São Paulo minha opinião muda. Senti na pele a xenofobia paulistana pelo fato de ser gaúcho. Tinha gente que, mesmo passados mais de 50 anos da revolução federalista, achava que podia me tirar satisfações pelo fato de ser conterrâneo de Getúlio Vargas. Uma doideira! Comecei a observar melhor a sociedade em volta e vi inúmeras semelhanças entre São Paulo e Santa Catarina, estado para onde minha família se mudou em razão do trabalho de meu pai. Ambos os estados são separatistas. Ambos tem esta mania de uma falsa superioridade baseados na xenofobia contra populações de outras regiões do Brasil. Ambos são estados altamente deficitários e vulneráveis em diversas áreas da economia e logística e criam a falsa premissa de uma superioridade econômica baseados na ainda mais falsa premissa de que seu “sucesso” se deve ao fato de serem estados habitados majoritariamente por descendentes de europeus e aqui não vale contar Portugueses como europeus, falo diretamente de italianos, alemães e eslavos. No caso de São Paulo há o fator nipônico bastante destacado. Em Santa Catarina os descendentes de italianos e alemães favoráveis à secessão justificam sua postura baseados numa “superioridade genética” sobre os pardos e negros considerados inferiores. São tão burros que esquecem que estas teorias já foram derrubadas faz tempo pela genética e que ajudaram a formar o arcabouço ideológico que levou os fascistas na 2ª guerra mundial à aventura irracional das limpezas étnicas. Além de burros são anacrônicos pois ainda acreditam em valores como os do neo fascismo que tem em Hitler seu maior ídolo e que volta e meia são descobertas células neo nazistas nestes lugares. E São Paulo não é diferente. Qual seria a razão deste sentimento e das semelhanças entre estes dois estados? A meu ver, os estrangeiros que aqui aportaram para substituir a mão-de-obra escrava foram tão sacaneados pelos fazendeiros e pelo estado que, assim que puderam se levantar, entenderam as regras do status quo Brasileiro e que se baseiam numa única palavra: exploração. Aqui vale a máxima: quem não explora é explorado. E vestiram a camisa e abraçaram as regras do jogo. Cresceram, prosperaram e se aprimoraram nas técnicas de exploração. Mas não esqueceram a xenofobia que seus antepassados trouxeram do velho continente, xenofobia esta que sob certo aspecto os ajudava a manter vivos posto que seus principados e reinos viviam volta e meia em guerra contra algum reino estrangeiro. Este sentimento se projetou no elemento que é diferente: o indígena, o negro, o mestiço. E quando o diferente, além de ser diferente destoa do padrão eleito como o ideal e aind se encontra em maior número, então tem que ser neutralizado. Promover uma secessão pelas armas eles não querem porque são extremamente covardes para lutar. Então vão para as redes sociais promover a briga, o racismo, a xenofobia, o achincalhe, etc na esperança de que isto aconteça de maneira pacífica e elegante, tal como eles se imaginam na sua bolha existencial. Afinal, promover uma guerrinha seria coisa de gente inferior, coisa que eles não se consideram. São Paulo até tentou fazer uma revolução em defesa de uma constituição podre, carcomida, protetora da elite do estado. Fracassou. E ainda celebra o fracasso como sucesso numa tentativa insana de manter viva a chama da falsa superioridade de uma terra que acabou com o país em nome de uma economia agrícola baseada na monocultura.

    • E o RS não comemora também uma revolução que perdeu? Tudo o que você disse se aplica ao RS…

    • É exatamente por esses e outros depoimentos, que me indago se o Sul é Meu País vingaria.
      Em tempos sempre pensei que o Paraná, Santa Catarina e o Rio Grande do Sul formariam uma nação próspera e exemplar, com uma cultura semelhante, um passado imigratório similar, índices socieconômicos bem equilibrados, sem tantas disparidades. Porém, nos últimos anos, à medida que SC se industrializa e cresce, cresce também a arrogância de sua gente, crendo serem os melhores do país, os mais puros geneticamente (esquecem-se que boa parte do seu turismo provém de gaúchos e que são eles que em sua maioria vão para lá ocupar os cargos de destaque, pois não há tantos catarinenses qualificados como gaúchos). Aquele povo simples, educado, humilde e ordeiro está se transformando em um povo cheio de prepotência e complexo de superioridade, e seguramente, em uma possível e remota separação sulista, ele seriam motivos de birra. Com relação aos paranaenses, também os vejo perdendo sua identidade sulista pouco a pouco.
      Agora estou retornando ao meu antigo conceito de que seria mais vantajoso o tal de RS é meu país, ou, ainda numa hipótese mais remota, Uruguai e RS se unirem, pois até mesmo o Uruguai tem mais semelhanças com o estado gaúcho do que SC por exemplo, tanto na mentalidade do povo quanto nas atividades econômicas e na cultura cotidiana.
      Não vamos nos iludir acreditando nesta suposta semelhança cultural, a semelhança de RS com SC é puramente a colonização germânica, porque de resto, a mentalidade é muito diferente.

      • sou um catarinense que mora em sp e aqui em sp meu apelido é ¨gaúcho¨ por conta do sotaque dos catarinas que é bem semelhante ao sotaque dos gaúchos, então por favor amigo, não diga que rs tem mais semelhança com o Uruguai, pessoas prepotentes tem em todo lugar, uma prova disso é vc dizer que os gaúchos vão para sc ocupar cargos de destaque pois os catarinenses não são tão qualificados, pura prepotência e arrogância tal comentario

  • Confesso que não me lembro de ter lido um manifesto tão ignóbil sobre a cultura e a população paulista como o relato acima, população formada por migrantes de tantos países e de tantos Estados brasileiros… ainda por cima vinda de um gaúcho, oriundo do Estado mais separatista e xenofóbico do Brasil (quem não ouviu falar do movimento O SUL É O MEU PAÍS???).
    Celebrar a luta por UMA Constituição em um país que era regido por um ditador, sem uma Carta Magna é, sim, motivo de orgulho, não para Paulistas, mas para qualquer brasileiro, a não ser os que são “covardes para lutar” e mais ainda, covardes para assumir a sua desonestidade histórica e cultural.

    • A história não se apaga mesmo tendo gente como vc que quer recontá-la à sua maneira. A sua república café com leite foi um desastre e tiveram que engolir esse orgulho idiota de barões de calças arriadas quando um gaúcho botou ordem no galinheiro. E levaram outra surra em 32. Fato. E os bocós que encabeçam o movimento o SUL É O MEU PAÍS são da mesma laia destes ex barões do café de calças sujas que hoje disseminam o ódio entre regiões do Brasil direcionando-o aos rincões mais pobres da federação em nome de uma falsa superioridade. Gente ignorante e metida à européia esquecendo que lá na Europa muitos nem nas cocheiras tinham o direito de viver. Muito ignorantes e nada europeus porque o velho mundo sequer saber de lhes dar dupla cidadania porque não os querem por lá a não ser como turistas para gastar. É irônico assistir ao show de arrogância tendo que ser engolido em seco – literalmente – quando, por falta de gerenciamento, incompetência e má fé hoje passam sede, sem água, tendo que chafurdar na lama do fundo das represas tal como os nordestinos, sempre tão avacalhados nestas terras, que se obrigam a fazer o mesmo em meio à seca de seu quinhão natal. É irônico e bem feito. Muito mais quando tem que ir com o balde debaixo do braço pedir aos fluminenses -sempre chamados de vagabundos pelos barõezinhos de calças arriadas – por um pouco de água de um rio. 32 é uma surra no ego exacerbado de quem cultua fracassos por conta de uma esquizofrenia que só piora a cada ano.

      • A história não se apaga nem se conta com bravatas, palavrões e citações ridículas. Misturar a política do início do século XX com a seca de 2014 só demonstra a falta de qualidade dos nossos USPianos… seria até engraçado se não fosse triste e patético ter colaborado com meu dinheiro e de tantos outros “arrogantes” paulistas para a formação disso…

        • Já jogou a toalha? Desclassificação é sinal de falta de argumentos. Talvez lamente pelo dinheiro dos seus impostos serem empregados numa universidade onde vc sequer seria admitido na graduação. Típico “argumento” coxinha metido a barão borra botas…

      • Caro colega, tens certeza que és formado pela universidade de São Paulo?
        Minha família é sulina, e eu sou a primeira geração de paulista.
        Comentários extremamente infeliz o seu, principalmente por generalizar, minha familia é muito bem tratada aqui, digo a todos que me perguntam, que meu avô integrou as tropas que atacaram São Paulo em 32, e isso não influenciam em como me tratam, pedem para que eu conte o outro lado da historia, coisa que você também deveria tentar aprender. Hoje tenho orgulho da historia do meu estado, tenho orgulho da minha familia sulina, tenho orgulho de ser paulista.
        Enfim meu caro colega.
        Você veio estudar em São Paulo, passou muito tempo aqui, sendo torturado por paulistas maldosos, servindo de chacota para todos os paulistas.
        Me desculpe, mas nos poupe desses seus comentários sem nexo.

  • Se os ARGUMENTOS são palavrões, generalizações (para falar de paulistas) e classificação de simples “bocós” (para falar de gaúchos), chamar de “revolução” um golpe que colocou um ditador no poder, e chamar alguém de “arrogante” usando a mais pura arrogância… ir contra isso só pode ser mesmo considerado como “jogar a toalha”.
    E, sim, se meu dinheiro ajudou a formar ISSO, eu lamento mesmo, mais ainda por uma pessoa que tem a “coragem” de classificar alguém como “arrogante” se achando a última bolacha do pacote por ter estudado na USP… isso é, sem dúvida alguma, o mais podre exemplo de arrogância, empáfia e falsa superioridade, achar que qualquer pessoa que não concorde com você (ou, pior, com seus “argumentos” calcados em palavrões e preconceitos) o faz por não ter capacidade para fazer a GRADUAÇÃO que você fez… o mais triste acontece quando esse mísero ser “arrogante”, que se julga a “elite da elite”, o “ser supremo da sabedoria” usa esse arroubo com alguém que possui mestrado e doutorado…
    Obrigado, jovem “uspiano”, seus “argumentos” só confirmam o que eu já venho demonstrando há tempos… gastei, meu dinheiro, com a sua formação, e foi um triste investimento. A velha expressão “jogar pérolas aos porcos”.

    • Insultos? Vc é realmente o espécime coxinha por definição: estúpido, burro, esquizofrênico, histriônico e tremendamente egocentrado além de um incompetente de carteirinha que se ressente de que o dinheiro de seus impostos seja utilizado na formação de pessoas com opiniões diametralmente opostas a sua. Deve ser muito triste passar pelo portão da USP e ver que sua participação naquele universo se resume a isso: financiá-la, porque para adentrá-la só se for como visitante dada a sua incompetência intelectual e baixo nível cultural para integrar seus quadros. Procure se informar sobre a revolução de 1924 quando o médio oficialato levou a cabo uma onda de protestos que acabaram em selvageria por parte do governo estadual que chegou a ser deposto e que não teve o mínimo pudor de quase demolir a tiros de canhão e bombas jogadas de aviões o centro da cidade e alguns bairros de classe média baixa que apoiavam o movimento tenentista que clamava pelo fim das regalias esnobes da velha república e de mudanças viscerais na constituição de 1891 que vcs tanto idolatram e queriam ver restabelecida na tentativa frustrada de golpe em 1932. 1932 é uma farsa porque representa tão-somente uma intentona dos barões defenestrados do poder em 1930 cuja única finalidade era a de impossibilitar as reformas sociais que estavam sendo feitas pelo governo Vargas e que culminariam no reenquadramento das relações trabalho-capital através da CLT e da mudança do eixo econômico saindo de um modelo falido de monocultura. 1932 é uma farsa até em seu conceito: revolução constitucionalista. Revolução é quando se tira pelo uso de força um governo ou regime institucionalizado e a constituição é o que protege esse governo. Logo, fazer revolução para preservar uma constituição é o maior e mais idiota dos antagonismos conceituais. Se quisessem ser honestos, pelo menos uma vez na vida, deveriam renomeá-la de revolução restauradora, nome muito mais apropriado à condição e ao ideário a que se propunha. Revolução constitucionalista é uma falácia. Aliás, como todo esse blablablá coxinha.

      • Triste criatura, eu estudei a revolução de 1924, a “revolução esquecida”. Sua arrogância não permite que você perceba o quão ridículo está sendo… critica os paulistas por serem arrogantes, se autodenominando “superior” por ter estudado numa instituição… PAULISTA!!!
        Esta sim é a definição de falácia…
        Quanto à definição de “revolução”, ela é a alteração violenta nas instituições políticas de uma nação, muitas vezes alcançadas através de uma rebelião ou motim, uma mudança radical dentro de uma sociedade, que ocorre a nível político, econômico, cultural e social, onde é estabelecida uma nova ordem, que é instituída pelas forças políticas e sociais vencedoras, portanto se o país vivia sem a égide de uma Constituição, um movimento que pegava em armas para que uma Carta Magna fosse instituída (restaurada é por sua conta) não tem nada de antagônico em seu conceito.
        Antagônico (para não dizer patético) é querer defender uma ditadura cruel e sanguinária com um blablablá antigo e sem sentido e ainda ter o cinismo de chamar alguém de “coxinha”…

        • Vi esses comentários apenas agora, não sei pq não recebi notificações. Peço que não se insultem e mantenham as mensagens, e o eventual debate, no campo das ideias. Insultos serão editados, independente dos autores, não se trata de “tomar um lado”.

      • Ah, em tempo: para sua tristeza absoluta e completa desqualificação, sinto em informar que já adentrei à USP por diversas vezes, já almocei com pessoas de lá muito mais qualificadas que você (obviamente observado pela “qualidade” de seus comentários) e tive a grande honra e prazer de ter atuado como professor de alguns professores daquela instituição de ensino em curso de técnicas de ensino, sendo, por sinal, muito elogiado pelos colegas de lá… com certeza esses profissionais devem ser qualificados por você como “coxinhas”, “estúpidos”, “burros”, “esquizofrênicos”, “histriônicos”, “tremendamente egocentrados” e “incompetentes de carteirinha”, mas a minha impressão sobre eles é que são pessoas muito competentes e valorosas.

        • Vc ensinando técnicas de ensino a professores da USP? Parabéns. Está explicado porque em tão poucos anos esta fenomenal instituição de educação sequer figura na lista das melhores universidades perdendo ano após ano colocações no ranking internacional de avaliação. Pobre USP… Quanto a vc, histriônico Eduardo, toda e qualquer argumentação de sua parte esbarra no seu ódio cego aos gaúchos por terem jogado ao pó do chão a empáfia de gentalha horrorosa feito vc há quase um século. É compreensível. Se há os desprovidos de compreensão mínima para perceber a superioridade da seleção alemã no jogo de ontem e que preferem maldizer a equipe estrangeira ao invés de reconhecerem as falhas de nossa equipe então por que não pode haver grandes idiotas como vc que não reconhecem a surra histórica amargada e imposta por um estado da federação que não se curvou à patifaria da velha república? Realmente, seria esperar demais de alguém que tem entendimento de menos.

          • Ódio cego percebemos no seu primeiro post, em que acusa os paulistas (todos eles, não uma parte) e catarinenses (todos eles, não uma parte) de serem separatistas e xenofóbicos, mas ao se referir aos gaúchos, povo que traz em maior quantidade no Brasil o sentimento separatista e xenofóbico, já não o faz generalizando, apenas se refere a uns poucos “bocós”.
            Ódio cego percebemos um dito “acadêmico” que defende uma ditadura fascista como uma resposta à “patifaria”.
            Ódio cego percebemos em alguém que diz que os operários paulistas são heróis (em 1924) e que esses mesmos operários são imbecis (em 1932).
            Ódio cego percebemos quando alguém critica as “elites paulistas” que planejaram e encabeçaram a revolução de 1932, a maioria estudantes e acadêmicos das famosas Arcadas do Largo de São Francisco (hoje UPS), e hoje se vangloria por fazer parte dessa mesma elite, tentando desqualificar quem não faça parte, como ele, dessa “estirpe de abençoados”, também conhecida como “coxinhas”.
            E, por fim, demonstra Ódio Cego quem, na falta de argumentos sérios, chama seu oponente de “idiota”, sem saber com quem está falando.

            Só para encerrar o assunto, senhor Fernando, eu não sou um filhinho de papai, da elite gaúcha, que veio para São Paulo estudar de graça em uma instituição pública, eu sou filho de família pobre, nascido na periferia, que estudou e trabalhou desde criança, que já foi metalúrgico em São Bernardo, que viveu a vida toda com gente humilde, negros, pardos, filhos de nordestinos e migrantes pobres, gente trabalhadora e batalhadora, que paga seus impostos para que privilegiados como você possa estudar de graça. Eu e meus pares, gente humilde, sempre teve que batalhar para sobreviver, e batalhando eu estudei, fiz graduação, pós-graduação latu sensu, mestrado, doutorado, muitos cursos de especialização, me tornei professor universitário, já ministrei aulas a muita gente, inclusive professores da USP, já palestrei na Escola Paulista de Magistratura, sou piloto de helicópteros com mais de mil horas de vôo e, na minha carreira profissional sou referência no que faço.
            Seu ódio cego não lhe permite perceber que em toda essa conversa quem é o “coxinha”, quem até agora tem agido com prepotência e arrogância, quem tem tido arroubos estriônicos, utilizado argumentos burros, egocentrados e incompetentes de carteirinha, defendendo uma ditadura fascista, não sou eu.
            Aqui em nosso debate há uma pessoa do povo e um representante da elite “coxinha… eu sou o primeiro.

      • Vi esses comentários apenas agora, não sei pq não recebi notificações. Peço que não se insultem e mantenham as mensagens, e o eventual debate, no campo das ideias. Insultos serão editados, independente dos autores, não se trata de “tomar um lado”.

  • Filipe Figueiredo, o que você falou faz muito sentido e assino em baixo. Infelizmente, a ignorância daqueles que acreditam no secessionismo paulista é única solução pois considera o resto do Brasil algo ruim é simplesmente pensamento de gente ignorante que desconhece a própria história e, principalmente, a geografia do seu estado. Desejo-lhe sucesso em seu blog, abçs!

  • Filipe, concordo com tudo que você assinalou, o separatismo no Brasil não faz o menor sentido.
    Porém cabe uma ressalva: Atrelar a Revolução de 32 com o separatismo é cair em uma simplificação que não deveria ser fomentada, o separatismo foi o falso argumento usado pelo governo ditatorial de Vargas para desqualificar a causa paulista, que era a adoção de uma Constituição. É claro que essa causa constitucionalista não era o único motivo dos paulistas, mas sim a retomada do poder nacional, mas em momento algum o separatismo foi aventado em 1932 pelos revoltosos paulistas.
    Agora, se o assunto vem à tona ao se falar no 9 de julho pelos comentários que nos vêm à mente (principalmente por comentários preconceituosos como os do gaúcho aí acima), entendo que deveríamos começar o texto com uma resssalva, de que os separatistas paulistas são uma irrisória minoria no Estado, e que há defensores de separatismo, também minoria absoluta, em todos os Estados e regiões do país, sendo o mais forte (ou menos fraco) de todos o tal do “Sul é o meu país”, que sonha com a separação.
    O texto, embora não toque nesses aspectos, dá a impressão de que a revolução de 1932 tinha caráter separatista e que nos dias de hoje o sentimento separatista é fortemente disseminado entre os paulistas, quando na verdade nem se trata do maior grupo com essa ideia entre os brasileiros.

    • Caro Eduardo, você tem toda razão em suas observações sobre a falta de caráter separatista nos episódios de 1932; se o texto transpareceu essa relação, peço desculpas e a culpa é minha, isso seria um erro, assim como dizer que o separatismo é uma ideia ampla em São Paulo. A razão do texto, tanto no ano passado quanto nesse ano, é a que citei no início dele: o fato do Nove de Julho, HOJE, ser usado como data-símbolo para alguns movimentos separatistas de HOJE, como o MRSP. Além disso, mesmo que não explícito, muitas vezes as pessoas incorrem em um orgulho paulista baseado nos dados citados no texto, como o peso econômico do Estado, algo que merece ser debatido, mesmo que pelo puro valor da informação. Um abraço.

      • Isso é verdade, muita gente relaciona, por completo desconhecimento histórico, a revolução de 32 com ideias separatistas, mais uma das grandes besteiras espalhadas em redes sociais.
        Mas eu achei o tema muito interessante, e sugiro que inclua na sua série “fronteiras ocultas” esse tema, de maneira mais ampla, mostrando os diversos grupos separatistas do Brasil e a sua motivação, já que há grupos separatistas paulistas, gaúchos, da região sul em geral, da república da guanabara, de Pernambuco que prega a república do nordeste e outros.
        Acredito que dará um artigo muito interessante e original.
        Grande abraço.

  • Pingback: Resumo da semana – 07/07 a 13/07 | Xadrez Verbal

  • 1-Acredito que o deficit de energia pode ser resolvido com energia nuclear,tem abertura para o oceano e regiões menos densidade da população .Normalmente esse assunto de energia nuclear causa espanto,mas no japão a energia é inteira nuclear,e aqui no brasil temos a de angra dos reis e projeto para novas usinas nucleares. Precisamos de mais usinas nucleares até.e tem outras formas de tirar energia,a solar por exemplo.

    2-A questão do bolsa família eu não entendi muito,grande parte do pib do brasil vem de são paulo e é redistribuído por outros estados ,então o bolsa família da senhorinha de Sergipe provavelmente pode ser o dinheiro vindo de são paulo,e que compra nosso produto.Mas onde há o lucro nisso?A gente da nosso dinheiro pra ela comprar o nosso próprio produto???A gente não ta ganhando é nada com isso. Um produto custa R$ 50,00 reais para fazer e quero R$ 10 de lucro ,preço=R$ 60.Eu dou mais R$ 60,00 pra ela comprar meu produto ,nisso eu saí perdendo R$110,00(50 do custo e 60 do bolsa família)

    3- acho que o mais importante,não existe nenhum pais auto suficiente no mundo,a unica que tenta ser é a coreia do norte e vc sabe…Se ninguém fizer comercio com a gente ,vão fazer com quem ???Bolívia?Venezuela? Até a questão da energia,vão continuar vendendo energia para a gente.

    Gostei do post,ja to inscrito no canal também.

    • CORREÇÃO:Um produto custa R$ 50,00 reais para fazer e quero R$ 10 de lucro ,preço=R$ 60.Eu dou mais R$ 60,00 pra ela comprar meu produto ,nisso eu saí perdendo R$60,00.

    • Burrice dizer que o PIB vem de SP. Por ter 41 mi. de habitantes é o mais natural que paguem mais, mas se considerarmos as proporcoes, o RJ tem quase 500 mi. de PIB e menos de um terco de populcao, ou seja, se o Rio tivesse 40 mi. também teria o mesmo PIB. Os estados pagadores de PIB no país sao: AM, ES, GO, MT, MG, PR, PB, RJ, RS, SC, SP, Os demais estados sao recebedores. No ano 2000, as bolsas de valores de São Paulo, do Rio de Janeiro, de Minas-Espírito Santo-Brasília, do Extremo Sul, de Santos, da Bahia-Sergipe-Alagoas, de Pernambuco, da Paraíba, do Paraná e a Bolsa Regional foram integradas. Por isso a Bolsa de SP cresceu! A mao-de-obra barata no exterior já arrunou muitas economias. Muitas firmas sairiam de SP e iriam produzir mais barato, com certeza. Culturalmente, nem se fala. O carnaval é copiado um por um do Rio, os paulistas fazem férias no Nordeste, música, danca própria, nao tem -SP perderia muito!

  • Washingtom Barbalho

    Oi Filipe! Tenho 21anos e sou um little intelectual, fanático por cinema e assuntos que deparam a nossa realidade. A grosso modo, pelo que bem entendi e me ensinaram bem no colégio, e vc enfatizou ainda mais, é que os grandes conglomerados ainda dominam(E MUITO BEM), até o PIB de SP, que chega a ter impacto nocivo nacional?
    Mais ainda: Muito provavelmente , esse ano 2014, parece que a grande decisão de Presidente da República, representa uma briga “Sudeste” contra “Nordeste” novamente? Sendo que antes era disposto à Presidente por simples mandatos entre Minas e São Paulo? É quase uma “revanche”? Grande parte dos Paulistanos não apóia mais a dentuça por escândalos escrachados na Mídia, porém, há ainda 25 estados que EXCLUSIVAMENTE dependem de seu mandato e seu “brotherhood” no atual cenário político corrupto e esclarecido!

  • Sou filho de nordestino, porem paulista e também com parentes que participaram ativamente na revolução de 1932! Não vejo arrogância mas sim alguns aspectos verdadeiros nas criticas feitas apoio o separatismo sim por razões desenvolvimentistas de melhoria regional, necessitar de autonomia! e agora pós eleição estou mais convencido que nunca que seria a hora de reiniciar o movimento pro separação paulista! Independente de ofensas que não levam a nada o que importa é o novo mapa geopolítico do brasil Com a opção socialista ao norte o sul democrata,das liberdade s de expressão,de imprensa deve se separar

  • ACREDITO , NO SEPARATISMO SIM !!!! APRECIO OS DEPOIMENTOS AQUI DESCRITOS, É UM ASSUNTO QUE NECESSITA DE MUITO DIALOGO , FORA A LEI QUE PUNE DE 4 A 12 ANOS DE PRISÃO , NÃO SOU NENHUM MESTRADO NO ASSUNTO JURIDICO DA COISA EM SI, MAIS , NO FUNDO NO FUNDO O SENHORES JÁ PENSARAM NA ULTIMA SOLUÇÃO ????? BEM AQUELA SITUAÇÃO EM QUE TUDO DEU ERRADO NÃO HA MAIS O QUE SE DISCUTIR !!! EU ME REFIRO A “”” PEGAR EM ARMAS “”” QUAL SERIA O CENÁRIO ????????

  • É lamentável que leitores tão qualificados, cuja qualificação realizou-se “supostamente” nas melhores universidades da América Latina, baixem tanto seu nível, ao ponto de se questionar se são pessoas nulas em moral e bondade. Só o que li até agora são contra-ataques perniciosos que desviam completamente do foco da postagem, de um elemento querendo parecer superior ao outro só porque é graduado em um grande centro de ensino, referência no mundo, outros, insistem em ficarem recalcitrantes em seus argumentos arrogantes por mais falsos que eles se demonstrem.
    Na boa, não há nem uma ínfima gota de civilidade aqui, mas sim um ambiente de penúria psíquica onde o ego está acima até mesmo da liberdade de expressão do próximo. Esta é a “selvageria moderna e atualizada”, na qual os homens se degladem interminavelmente, não por comida ou proteção como na Pré-História, mas por orgulho e poder.
    Não seria possível um diálogo saudável sem ser na base do ataque verbal com palavras cultas e refinadas?
    A tecnologia evoluiu, com elas saímos das cavernas, desenvolvemos a agricultura e fundamos as cidades, por outro lado, nossa moral ficou estacionada na Idade das Pedras, com a clara diferença de que hoje não mais matamos por comida, mas sim por dinheiro e poder.

  • Infeliz este artigo. Pelo que vejo o autor tenta desestabilizar o entendimento de que o Estado de São Paulo é a força que manteve o Brasil e os políticos dos outros estados, poderosos.
    É óbvio que São Paulo é interdependente, porém, o marco da inovação e das boas práticas.
    Estados satélites certamente seguiriam conosco e seríamos uma grande nação. Mais justa e eficiente.
    Teríamos pena de morte e pessoas com vontade de produzir células ideológicas seriam sim, expurgadas, por que só desse modo o respeito a Lei seria mantido.

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