Xadrez Verbal Podcast #399 – UNIFIL e morte de Sinwar

Recebemos novamente a professora Marianna Albuquerque, do ONU em Pauta, para uma conversa sobre a missão da UNIFIL no Líbano. Damos uma volta pelo Pacífico, com crise entre Canadá e Índia. Repercutimos as últimas notícias da morte de Yahya Sinwar, líder do Hamas. Giramos pelo mundo, a semana na História, Economia com a professora Vivian Almeida, peões da semana e dicas culturais fecham mais um programa da sua revista de política internacional em formato podcastal!

E esse programa tem o apoio do Guia do Mochileiro Tech da Alura!

Você nem sempre tem tempo, mas precisa entender o que acontece no Mundo, ainda mais porque o planeta está uma zona. Toda semana, Matias Pinto e Filipe Figueiredo trazem pra você as principais notícias da política internacional, com análises, críticas, convidados e espaço para debate. Toda sexta-feira você se atualiza e se informa.

Em breve

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Minutagem dos blocos, cortesia dos financiadores do Xadrez Verbal

  • 00:03:10 – Giro de Notícias #01
  • 00:19:35 – Coluna Aberta: UNIFIL, com Marianna Albuquerque
  • 01:36:05 – Efemérides: A Semana na História
  • 01:40:50 – Match: Bacia do Indo-Pacífico
  • 02:18:35 – Xeque: Oriente Médio
  • 02:49:10 – Gambito da Dama: Nobel de Economia 2024
  • 03:01:20 – Giro de Notícias #02
  • 03:27:25 – Peões da Semana
  • 03:29:35 – Sétimo Selo
  • 03:35:30 – Música de Encerramento

Você também pode assinar o podcast via RSS, além, é claro, de acompanhar o site.

A revista de política internacional do Xadrez Verbal é feita na Central 3

 

Filipe Figueiredo é tradutor, estudante, leciona e (ir)responsável pelo Xadrez Verbal. Graduado em História pela Universidade de São Paulo, sem a pretensão de se rotular como historiador. Interessado em política, atualidades, esportes, comida, música e Batman.
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19 Comentários

  • Avatar de Eduardo

    Sobre a questão de eventual prisão do Putin caso venha ao G20, há um ponto que prejudica as discussões no Brasil. Há um erro na tradução da versão promulgada aqui do Estatuto de Roma. O artigo 98 da nossa versão diz que “O Tribunal pode não dar seguimento a um pedido de entrega ou de auxílio por força do qual o Estado requerido devesse atuar de forma incompatível com as obrigações que lhe incumbem à luz do direito internacional em matéria de imunidade dos Estados ou de imunidade diplomática de pessoa ou de bens de um Estado terceiro, a menos que obtenha, previamente a cooperação desse Estado terceiro com vista ao levantamento da imunidade”. O texto, assim posto, simplifica as discussões existentes desde o caso do Al Bashir, pois trataria como uma faculdade do TPI decidir se dará seguimento ou não a pedidos de entrega ou auxílio que envolvam pessoas protegidas por imunidade de jurisdição. O problema é que as versões autênticas do Estatuto (inglês, espanhol, francês e árabe) têm um sentido bem diverso.

    A versão em espanhol diz que “La Corte no dará curso a una solicitud de entrega o de asistencia en virtud de la cual el Estado requerido deba actuar en forma incompatible con las obligaciones que le imponga el derecho internacional con respecto a la inmunidad de un Estado o la inmunidad diplomática de una persona o un bien de un tercer Estado, salvo que la Corte obtenga anteriormente la cooperación de ese tercer Estado para la renuncia a la inmunidad”.

    A discrepância entre a versão em português e a versão em espanhol aparentemente se deve ao fato de termos feito uma tradução palavra a palavra da versão em inglês (may not proceed – não pode dar seguimento – virou pode não dar seguimento). Reparem que a tradução feita em Portugal está correta (https://dcjri.ministeriopublico.pt//sites/default/files/documentos/instrumentos/estatuto_roma_tpi.pdf).

    Levando em consideração as versões autênticas do Estatuto, há sérias dúvidas jurídicas se o Brasil é obrigado a cumprir o mandato e, até mesmo, se o Brasil pode cumprir o mandato em razão da existência da imunidade de jurisdição dos Chefes de Estado. Obviamente as respostas a essas dúvidas variam de acordo com alinhamentos ideológicos, mas me parece que uma leitura fria do dispositivo sugere que para que o Brasil fosse obrigado a dar cumprimento ao mandato, o TPI deveria, antes de solicitar o cumprimento ao Brasil, ter obtido a renúncia à imunidade de jurisdição do Putin à Federação Russa (o que dificilmente seria deferido).

    Essas mesmas discussões foram levadas a cabo em incontáveis instâncias e sabemos que, até o momento, nenhum Estado aceitou prender um Chefe de Estado no cargo em razão de ordem do TPI.

    Peço desculpas pelo longo texto e, principalmente, por utilizar um pseudônimo no comentário, mas, por questões profissionais, não posso identificar publicamente neste momento. O e-mail utilizado é válido, contudo.

    • Avatar de Eduardo

      Ainda sobre o caso do Putin, caso fosse do interesse do governo brasileiro garantir a vinda do Putin ao Brasil, bastaria qualquer pessoa (sequer precisaria ser alguém do governo) impetrar um habeas corpus preventivo em favor do Putin. Como nunca houve caso envolvendo o TPI no Brasil, há dúvidas sobre qual seria o órgão jurisdicional competente para apreciar eventual HC, mas não é exatamente difícil alegar que deveria ser o próprio STF, uma vez que a entrega ao TPI, apesar de não ser um tipo de extradição (extradição implica em entregar um indivíduo para julgamento por outra soberania, enquanto no caso do TPI é para o julgamento por instituição cuja legitimidade decorre, ao menos em parte, da própria soberania brasileira) não deixa de ser modalidade de cooperação internacional, sendo a lógica do sistema a concentração de tais atos no STF e no STJ. Assim, eventual cumprimento direto do mandado de prisão do TPI sem ordem do STF para tanto poderia constituir usurpação de atribuição desse. Registro, novamente, que essa última parte (competência do STF) é apenas uma hipótese, já que a lei é silente e não há precedentes no Brasil, mas que me parece bastante plausível.

      Não houve interesse político do governo em assegurar a vinda do Putin, mas há mecanismos jurídicos para evitar constrangimentos em caso de visita.

  • Avatar de Finale Finale

    Usar os relatos das prisões da ocupação colonial israelense — que mantêm crianças, mulheres, idosos e homens como prisioneiros, submetendo-os a prisão administrativa sem acusação formal, condições degradantes, superlotação, falta de cuidados médicos adequados, alimentação insuficiente, tortura física e psicológica, métodos de interrogatório violentos, a detenção de crianças sem garantias legais e a separação forçada de prisioneiros de suas famílias — para definir o Yahya Sinwar como um ‘sociopata’, é coisa de William Waack.

    Ouço vocês semanalmente, mas quando mandam umas dessas tem que ser repudiado.
    Beijo no coração

    • Avatar de Roberto

      verdade, ele é muito pior.

      Pode odiar israel, mas não passe pano para o hamas, não existe justificativa para matar inocentes israelenses e palestinos.

    • Avatar de Nicolas Monteiro

      Concordo com sua opinião 100%, porém repudiar acho que é bastante exagerado, porque para quem não escutou pode parecer que eles estavam defendendo este monstro o que seria completamente incorreto.

      De toda a mídia brasileira, acho que eles são únicos que trazem a notícia com neutralidade, sem antisemitismo ou louvor do auto de defesa exagerado cometido pelo estado Israelense.

      Porque nesta guerra atual só existe dois culpados: os terroristas do Hamas e os ultra nacionalista israelenses

    • Avatar de Xadrez Verbal

      1, em nenhum momento eu que fiz essa definição, eu afirmei, mais de uma vez, que essa era a imagem dele em Israel e é assim que a morte dele vai repercutir perante o eleitorado israelense. É só ouvir, interpretação de texto básica. 2, o “repúdio” de quem usa nome falso e VPN pra falar algo que sequer está correto, vide a primeira observação, não tem valor nenhum. 3, Ainda assim, Sinwar era um fanático religioso que dizia que as mortes de palestinos eram “sacrifícios necessários”, dentre outras declarações absolutamente deploráveis. E essa terceira observação não anula a primeira, importante frisar.

  • Avatar de Idílio Lourenço

    Saudações de Moçambique

    Certíssima a repercussão sobre as Eleições. Inclusive, está programada uma greve geral para esta Segunda-feira (21 de Outubro) em que, a princípio, as pessoas não se farão presentes aos seus postos de trabalho como forma de protesto à forma como decorreu a contagem dos votos.

  • Avatar de ALEXANDRE PICONI

    Com relação aos sikhs, a vedação do corte dos cabelos não se restringe aos homens, que tbm não fazem a barba. As mulheres igualmente não cortam os cabelos – que são cobertos por turbantes -, incluindo as sobrancelhas.

  • Avatar de Lucas

    Marianna foi uma das melhores participações especiais que já trouxeram pro programa! Sou apenas curioso da área e consegui acompanhar bem a explicação dela. De forma alguma ficou exaustivo, foi muito esclarecedor. Parabéns à profa pela didática.

    Aproveito pra agradecer pelo excelente trabalho de vocês! Acompanho e recomendo desde 2017

  • Avatar de Rodrigo Fernandes

    Fluzao vai ganhar do Atlhético pr terça e ficar já perto do G8. Foco é não chegar na última rodada, tendo que tirar ponto do palmeiras, senão, iremos chorar haahahha

    abraços pessoal, obrigado mais uma vez pelo excelente programa, ótimo para trabalhar nesse outono chuvoso aqui em Portugal

  • Avatar de Mariana P

    Só queria agradecer mesmo pelo podcast! Ouço desde 2018 por uma indicação do próprio Spotify e devo dizer que pago a plataforma com prazer para continuar ouvindo vocês! Sempre que posso, indico o XV para leigos interessados por política internacional como eu! ❤

  • Avatar de Victor Cotulio

    Pessoal, boa noite!

    Novamente, um excelente programa. Destaco aqui a coluna com a participação da Marianna Albuquerque. Contextualização excepcional sobre o histórico e evolução das Operações de Paz, um tema muito relevante e pouco debatido na literatura e noticiário brasileiros, ainda mais reduzido após o fim da MINUSTAH.

    Sou formado em Relações Internacionais e em Economia e minha monografia de RI foi justamente sobre a evolução das operações de paz e os limites do uso da força, com estudo de caso da MONUSCO e a Brigada de Intervenção, e a de Economia sobre o Orçamento das operações e o Burden Sharing.

    Novamente, destaco a qualidade do conteúdo. Não consegui parar de ouvir e me sentir feliz pela menção ao tema, que me trouxe de volta a época dos estudos. Hoje sou um internacionalista em meio à Faria Lima, mas ouço o programa semanalmente há anos, tanto para me atualizar com a excelente cobertura como para manter minha formação e apreço pelas RI vivos.

    No mais, um abraço para o Filipe e para o Matias, pelo impecável trabalho. Espero encontrá-los aqui pela cidade um dia para conversas (clubistas ou não) de futebol, música e piadas de humor questionável.

    Abraço!

  • Avatar de Júlia

    Maravilhoso episódio como sempre.

    Apesar das tristezas de certas noticias, a AULA apresentada pela Professora Marianna foi motivacional para mim. Estou cursando relações internacionais e tenho consciência de que para fazer parte de grandes feitos, precisamos caminhar lentamente. E saber que não há muito da liderança ou até mesmo, participação de mulheres no exercício da defesa da paz, me abriu uma possibilidade de futuro.

    Queria deixar aqui apenas esse comentário de como vocês transformam nossas vidas, seja com as informações do mundo, mas também, pela abertura de horizontes de possibilidades. Um beijo para toda a equipe, que vocês continuem firmes nesse trabalho tão nobre.

    PS: espero um dia poder conhecer vocês pessoalmente e agradecer por todo esse esforço.

  • Joana Barboza Pinto Hill
    Avatar de Joana Barboza Pinto Hill

    Olá Filipe e Matias! Saudações do Canadá!!

    Só prá comentar três coisas:

    1 – aqui na costa oeste (Columbia Britânica) há sim muitos indianos da diáspora, quase tanto quanto chineses, tanto que há uma piada local sobre qual o rio que divide a Índia da China? O rio Fraser, pois divide Surrey de Richmond.

    2 – Moro aqui em Vancouver muito perto da Balaclava street, que tem esse nome por conta da batalha mencionada nas efemérides. Aliás há algumas ruas com nomes de batalhas importantes aqui no meu bairro.

    3 – muito bom o bloco com a professora Marianna. E melhor ainda por terminar recomendando o Camões das Alagoas aka, Djavan! Mora no meu coração!!

    Abraços fraternos,

    Joana

  • Avatar de Artur Liberato

    Sobre os Sikhs, estive na Índia em 2015 e tive a grata surpresa de visitar a cidade de Amritsar e ver o Golden Temple. É maravilhoso!

    Uma curiosidade sobre a cidade é que você não encontra nada para comer que não seja vegetariano nos arredores do templo. Vimos de longe o símbolo da rede do palhaço e, claro, fomos até lá, pois estávamos famintos. Ao chegar, tivemos a grata (nem tanto) surpresa de descobrir que estávamos no único McDonald’s do mundo totalmente vegetariano (não sei se ainda é o único, mas havia uma placa na porta). Tivemos que nos contentar com batata frita e um hambúrguer de planta apimentado (não recomendo kkkkkk).

    Durante minha estadia na Índia, vi as quatro principais religiões (hindus, muçulmanos, sikhs e budistas) convivendo em certa harmonia. Pode ter sido apenas minha impressão, mas achei tranquila essa relação. É triste acompanhar as notícias hoje, quase 10 anos depois, e ver que essa situação já não existe mais.

    Um grande abraço! Na próxima vez que vier a BH, vamos assistir a um jogo do Coelho juntos! Estão convidados.

  • Janice Moser Corrêa
    Avatar de Janice Moser Corrêa

    Meus queridos, mandem um beijo para meu namorado Rafael Bianchi, que faz aniversário no dia do servidor público: 28/10. Amo ele e amo vocês 💖

  • Avatar de GIANNO BEGNINI

    Eu tenho uma tatuagem da América Invertida do Torres Garcia no antebraço, se algum dia eu passar por SP e tiver a sorte de encontrar vcs eu passo para mostrar 🙂

    Abraços de Toledo/PR para todos do programa

  • Paulo Cesar Amorin Lopes
    Avatar de Paulo Cesar Amorin Lopes

    Filipe, você mencionou que na história do Mickey os reis católicos são o Pateta e Clarabela. Não sei se você tem outra referência mas na série “Pateta faz história” o Pateta é o Cristovão Colombo e os reis espanhóis são o Bafo e a Clarabela.

    Excelente programa.

  • Avatar de Luthiery Costa

    Grande aula da professora Marianna, excelente adição, super didática e completa. E ela ainda disse não ser especialista no assunto!

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