Xadrez Verbal Podcast #368 – Lula e Israel
E o Lula, hein? Discutimos a crise diplomática com Israel e as últimas notícias de Gaza. Matias Pinto, Filipe Figueiredo e Sylvia Colombo discutem a pobreza na Argentina e as notícias da América Latina. Repercutimos a reunião do G20 no Rio de Janeiro e a guerra na Ucrânia. Giramos pelo mundo, a semana na História, economia com a professora Vivian Almeida, peões da semana e dicas culturais fecham mais um programa da sua revista de política internacional em formato podcastal!
Você nem sempre tem tempo, mas precisa entender o que acontece no Mundo, ainda mais porque o planeta está uma zona. Toda semana, Matias Pinto e Filipe Figueiredo trazem pra você as principais notícias da política internacional, com análises, críticas, convidados e espaço para debate. Toda sexta-feira você se atualiza e se informa.
Dicas do Sétimo Selo e links
Em breve
Playlist das músicas de encerramento do Xadrez Verbal no Spotify
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Minutagem dos blocos, cortesia dos financiadores do Xadrez Verbal
- 00:04:45 – Giro de Notícias #01
- 00:17:10 – Coluna Aberta: América Latina
- 01:17:10 – Efemérides: A Semana na História
- 01:23:45 – Match: Reunião de Ministros do G20
- 02:56:10 – Xeque: Conflito na Faixa de Gaza
- 04:27:45 – Gambito da Dama: Economia Chinesa
- 04:38:25 – Giro de Notícias #02
- 04:48:55 – Peões da Semana
- 04:51:05 – Sétimo Selo
- 04:57:55 – Música de Encerramento
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A revista de política internacional do Xadrez Verbal é feita na Central 3
Filipe Figueiredo é tradutor, estudante, leciona e (ir)responsável pelo Xadrez Verbal. Graduado em História pela Universidade de São Paulo, sem a pretensão de se rotular como historiador. Interessado em política, atualidades, esportes, comida, música e Batman.
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Xadrez Verbal 
Sobre Argentina e população negra (foi tema do meu mestrado – especificamente as mobilização social das mulheres negras), muito preocupante pro futuro dessa população o fechamento do INADI. Ainda que não tão efetivo quanto o projeto normativo previa, era um espaço aberto em um país que tem pouquíssimos pra essa população. Mas que tem uma voz potente demais de mulheres negras, também migrantes (latinoamericanas e africanas), reivindicando e disputando os espaços feministas e a história nacional argentina nas ruas. A Madre de la Patria, Maria Remedios, heroína nacional é negra – e infelizmente teve sua estatua destruida antes de completar um ano de existência.
E só um ponto, por mais que sejam alianças numa luta antirracista e pelas identidades não brancas na Argentina, o movimento marrón talvez tenha mais elementos também de uma identidade indígena do que necessariamente afrodescendente. Ao que tive da pesquisa com as mulheres ativistas por lá, são identidades raciais diferentes, não me parece muito similar ao pardo. Mas aí tambem tem outro ponto, que por mais que as comparações sejam facilitadores do entendimento, a racialização e miscigenação na Argentina vão ter um teor totalmente diferente pra formação da identidade racial negra no Brasil e na Argentina, sendo muito dificil achar equivalentes porque o desenrolar desse processo histórico pras populações afrodescendentes foi muito diferente.
Enfim, tenho um plano de ver isso em livro, caso se concretize, com certeza mando pro Xadrez Verbal que embalou minha graduação em REL (sim, foi a UnB, mas eu prefiro RI) e minhas semanas e faxinas nessa vida de jovem adulta! Vocês são ótimos e fiquei muito contente com a Silvia participando tambem!
Olá Filipe e Matias, tudo bem? Sou formado em física pela PUC MG e acho que posso ter uma ideia de como funcionaria o satélite russo com um dispositivo nuclear. Vamos lembrar do caso mais emblemático envolvendo equipamentos eletrônicos e radiação, que foram os rovers lunares usados em Chernobyl que poucos minutos após chegarem perto dos destroços do núcleo eles paravam de funcionar. O que pode acontecer nestes casos é a radiação ionizante arrancar elétrons que estão circulando nos equipamentos e gerar pequenas falhas ou curtos circuitos e então, como o Filipe disse, fritar o equipamento. Um feixe de radiação ionizante bem direcionado pode cumprir esse papel e afetar os componentes, mesmo que estejam protegidos contra a radiação cósmica, um feixe direcionado pode ser capaz de sobrepor essa proteção. Esperem comentários mais bem elaborados, eu formei faz um bom tempo e não atuo na área, então posso estar passando alguma informação errada ou incompleta, mas pra mim faz sentido. Abraços de um jogador de Euro Truck Simulator 2 enquanto ouve XV! Hahahahahahaha
Olá Filipe e Matias, ótimo programa como sempre. Gostaria de acrescentar uma indicação cinematográfica que complementa muito bem os comentários do Filipe sobre a singularidade do Holocausto.
O filme A Zona de Interesse (2023) exemplifica muito bem o caráter industrial do genocídio, com cenas onde um engenheiro apresenta para o comandante do campo de concentração o projeto de uma incineradora humana, descrevendo detalhes de como seu funcionamento pode maximizar o número de assassinatos por dia e, também, uma cena onde comandantes de diferentes campos de concentração planejam o itinerário dos trens para que os judeus sejam tirados de suas casas e levados aos campos o mais rápido possível.
Apesar de ter assistido diversos filmes ambientados na Alemanha nazista, A Zona de Interesse me proporcionou uma nova perspectiva desse terrível episódio da história humana. O filme foi nomeado ao Oscar de melhor direção, melhor filme internacional, melhor roteiro adaptado, melhor som e melhor filme.
Bom dia, boa tarde, boa noite.
Antes de mais nada, parabéns por mais uma edição caprichadíssima do Xadrez Verbal.
Achava que teria alguma coisa a acrescer a respeito do assunto da crise entre Lula e o governo fascista de Israel, mas fiquei muitíssimo satisfeito com a profunda abordagem do podcast. Como sempre vocês exploraram o máximo possível todos os assuntos envolvendo o tópico principal do programa. Apesar de discordar do Filipe, pois acho que o presidente está certíssimo em suas colocações e politicamente foi a fala mais assertiva do seu terceiro mandato, mostrando que nem sempre ele será o Lulinha “paz e amor” e que há limites para a conciliação no lulismo, acho que foi de longe a mais completa análise sobre o tema que ouvi.
Abraços de BH.
Se eu tiver que convencer qualquer pessoa a ouvir o Xadrez Verbal, a partir deste programa eu vou indicar que ouçam o Xeque deste #368. Está MUITO completo e bem explicado. Parabéns Filipe e Matias! Eu vou até deixar de comentar a HERESIA de dizer que o Sulu era personagem de Starwars (mentira, eu comentei no twitter :D)
Grande abraço pra vocês
Muito bom o programa, apesar de eu ser de outra filosofia política.
Essa fala do Lula foi péssima demais, terrível. Deve ter pegado mal até para o pessoal dentro do PT. Mas ele é assim mesmo, eu não esperava nada diferente dele. Para quem já falou dos deficientes…
É difícil definir o que está ocorrendo na Palestina como genocídio, mas no mínimo está havendo uma matança de inocentes. Aqui no Brasil caem na propaganda dos neoconservadores, que são o que domina a política externa americana há bastante tempo. E o que fazer com a massa de refugiados gerados por esse belicismo? Se dependesse de mim, o governo americano cortaria ajuda militar tanto para a Ucrânia quanto para Israel. Problema deles. Se tem gente que quer se voluntariar para o conflito e/ou mandar ajuda, que o faça com os próprios recursos.
Lembrando que todas essas aventuras militares geram ressentimento e alimentam grupos terroristas, deixando os cidadãos menos seguros (tanto israelenses quanto os americanos).
Olá Filipe e Matias,
Depois de citar a frase do apresentador do Fox News: “O Trump agora pode ter mais votos da comunidade afro-americanas porque eles adoram calçados esportivos” fiquei esperando a música de abertura do The Office.
Abraços de Bordeaux.
Saudações a todos!
Como um ouvinte assíduo e um mero curioso sobre assuntos de política internacional, senti um pouco de falta de uma contextualização ou aprofundamento sobre as medidas diplomáticas adotadas na disputa entre os governos brasileiro e israelense sobre o genocídio na Faixa de Gaza. Estava curioso e ansioso por aprender um pouco sobre declarar alguém “personagem no grata”, as convocações de embaixadores, se isso é comum, já tinha acontecido antes, especialmente entre os dois países, se há outras medidas que podem subir o tom ainda, etc. Mas também imagino que isso seja bem básico e talvez não valha o espaço no programa hahaha.
É isso. Episódio sensacional como sempre, parabéns pelo trabalho de vocês.
Olá gostaria de fazer um agradecimento ao Matias. Em um programa passado ele recomendou a HQ os fantasmas de Pinochet, eu acabei de ler, é genial e necessária aos nossos dias. Obrigado Matias
É… ainda bem que escutei esse episódio… não sei se concordo com a opinião do Filipe sobre a fala do Lula, até porque acho que persona non grata no Israel do Bibi é pra glorificar de pé, imprimir, enquadrar e olhar todo dia na parede com orgulho.
Mas, preciso fazer uma correção e contar um causo, afinal a musa Laura de Mello e Souza foi citada…
Desclassificados do ouro é A obra dela, inclusive creio que foi o Marquese que me colocou pra ler logo no 1o ano da graduação… que feio, Filipe.
E então, causo…
Um belo dia, almoço no bandejão (alguma coxa de brontossauro e suco de amarelo) e a sobremesa era maçã. Peguei, não comi e fui pra aula.
Cheguei na sala antes dela, com alguns colegas e pensei “por que não?” Botei a maçã na mesa dela e fiquei quieto.
Ela chegou, sorriu, mostrou pra a turma e perguntou quem colocou ali. Eu todo sem graça, fiquei quieto. Ela sorriu, agradeceu e deu aula como se fosse a coisa mais normal do mundo.
Ah, dia 15 tem gravação normal? Acho que estarei em SP e gostaria de passar no estúdio. Inclusive, querem algo de terras cariocas?
Abraços
Cara, a explanação sobre a fala do Lula e toda a contextualização feita sobre o Helocausto reforçam em mim o pq de o Xadrez Verbal ser meu “Podcast de cabeceira”. Curto muito o trabalho de vcs, parabéns pelo excelente Podcast.
Apenas uma historinha: no ano passado eu estava no Mineirão, na grade do show do Kiss (a melhor banda de rock de todos os tempos) e, enquanto a galera esperava pelo show, estavam tocando algumas músicas de outros artistas. Em certo momento, começou a guitarra de War Pigs e eu, inconscientemente, me peguei esperando ouvir um “MATCH!” logo depois das primeiras notas. Fiquei pensando: “Acho que tô ouvindo Xadrez Verbal demais”, rsrs.
Abraços de um fã aqui de São João del-Rei MG
Filipe, não entendi qual a razão da desconfiança com o resultado do laudo médico sobre a morte do Navalny. É claro que foi por causas naturais.
Quando você se torna inimigo do Putin, é natural que você acabe morrendo.
A Taylor Swift já pode pedir música, né? Ela vai poder pedir uma música dela mesma?
Pergunta:
Essa batalha que os etíopes perderam é a mesma na qual um príncipe etíope foi sequestrado?
Esse mesmo príncipe foi enterrado no castelo de Windsor e o governo etíope luta até hoje para o trazer de volta para casa.
Olá tudo bem?
Só queria saber de uma coisa já que durante esse episódio ele não saía da minha cabeça.
O racismo é sofrido só pelos negros por parte dos brancos ou os brancos podem sofrer racismo por parte dos negros?
Abraços e continuação de sucesso
Só fui ouvir esse programa e entender o contexto maior sobre Lula x Netanyahu hoje. Ainda bem que tava longe do twitter nessa época, imagina o que a timeline deve ter virado..
Na época, pela voz dos meus colegas antipetistas, achei que tinha sido uma fala muito pior. Sim, eu concordo com a ideia do Filipe de que, se ele tivesse só feito acusação de genocídio já teria um forte impacto, sem apagar outros genocídios (que foi o maior erro da fala ao meu ver), mas não discordo do posicionamento. O mundo inteiro foi falar disso e isso era necessário. Se posicionar contra o fascismo sionista pode ser meio ruim pra diplomacia relativamente “neutra” brasileira e possíveis acordos futuros, mas pessoalmente me agrada demais.
Os cara ainda chamam de anão diplomático. Lula entrou na mente dos ministros deles. E eu só descobri nesse programa de onde surgiu esse termo kkkk. Na verdade nunca vi a relevância do brasil no discurso internacional tão forte quanto hoje, ao menos não no meu tempo curto de vida de 24 anos.
Excelente cobertura como sempre. 1 hora de pedrada. (ou melhor, 5 horas). Só um toque: às vezes vcs fazem o disclaimer “Eu e o Matias temos discordâncias nesse assunto” mas a gente ouve pouco o ponto de vista do Matias. Eu queria saber qual a discordância kkkk. Talvez vcs esgotem o debate entre vcs fora do ar e não sobra muito o que dizer ao gravar.
beijos na mucosa do pulmão