Xadrez Verbal Podcast #359 – Kissinger sentado no colo
Henry Kissinger está sentado no colo de quem? Matias Pinto e Filipe Figueiredo discutem a morte de um dos mais importantes e nefastos diplomatas dos últimos sessenta anos. Junto com Sylvia Colombo atualizamos vocês sobre o novo governo Milei e outras notícias de nossa quebrada latino-americana. Vamos até Gaza, com trégua e libertação de reféns. Giramos pelo mundo, a semana na História, peões da semana e dicas culturais fecham mais um programa da sua revista de política internacional em formato podcastal!
Você nem sempre tem tempo, mas precisa entender o que acontece no Mundo, ainda mais porque o planeta está uma zona. Toda semana, Matias Pinto e Filipe Figueiredo trazem pra você as principais notícias da política internacional, com análises, críticas, convidados e espaço para debate. Toda sexta-feira você se atualiza e se informa.
Dicas do Sétimo Selo e links
Em breve
Playlist das músicas de encerramento do Xadrez Verbal no Spotify
Canal do Xadrez Verbal no Telegram
Minutagem dos blocos, cortesia dos financiadores do Xadrez Verbal
00:07:50 – Giro de Notícias #01
00:26:05 – Coluna Aberta: Conflito na Faixa de Gaza
01:01:05 – Efemérides: A Semana na História
01:07:55 – Match: América Latina
02:26:00 – Xeque: Bacia do Pacífico
03:19:20 – Giro de Notícias #02
03:36:25 – Peões da Semana
03:37:30 – Sétimo Selo
03:49:45 – Música de Encerramento
Você também pode assinar o podcast via RSS, além, é claro, de acompanhar o site.
A revista de política internacional do Xadrez Verbal é feita na Central 3
Filipe Figueiredo é tradutor, estudante, leciona e (ir)responsável pelo Xadrez Verbal. Graduado em História pela Universidade de São Paulo, sem a pretensão de se rotular como historiador. Interessado em política, atualidades, esportes, comida, música e Batman.
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Xadrez Verbal 
Bom dia, boa tarde, boa noite!
Parabéns por mais uma edição do Xadrez Verbal!
Só passando para deixar minha solidariedade não apenas à equipe do Trivela, mas também a todos os fãs do podcast. Sem sombra de dúvidas era a melhor fonte de discussão e informação sobre futebol do Brasil. Destaco sobretudo o episódio especial sobre as SAFs com o Irlan Simões, que saiu logo depois que o Ronaldo comprou o Cruzeiro e, em um momento em que o modelo era elogiado acriticamente por quase todo mundo, o programa lançou questões e reflexões importantes e que, no final das contas, comprovaram sua relevância, principalmente no que diz respeito à transparência da venda do Cabuloso à Tara Sports, algo que até agora ninguém conseguiu esclarecer muito bem como aconteceu.
Abraços de BH.
Curiosidade: Alberto da Costa e Silva era filho do poeta piauiense Antônio Francisco da Costa e Silva que, além de ser compositor do hino do estado, tentou a carreira diplomática nos tempos do Barão do Rio Branco, mas não foi aceito na carreira porque, segundo próprio Juca Paranhos: “é muito feio e não quero gente feia no Itamaraty”.
Como não uso spotify para contribuir com esses dados saborosos, deixo aqui meu comentário de apreciação ao trabalho de vocês. Descobri o podcast em 2018 quando peguei uma optativa no IRI com o Felipe Loureiro sobre America Latina. Em certa aula nos encontramos a debater os melhores podcasts internacionalistas, vocês tiveram muito destaque e em poucas semanas eu já havia me fidelizado completamente.
Desde então, o Xadrez Verbal se tornou uma companhia semanal que me anima muito, sempre aguardo ansioso a sexta-feira ou sábado. Eu me formei (em CS) em 2022 e passei a me dedicar integralmente ao CACD, uma preparação solitária na qual o podcast ajuda muito de diversas maneiras, muito obrigado.
Vocês costumam ir às festas de formação do IRBr? Caso dê tudo certo, seria muito legal conhecê-los após essa longa jornada.
Será que bati algum recorde? Foram 17.749 minutos ouvindo o podcast!
Apenas passando para parabenizar o trabalho e fazer um adendo: Mia Khalifa, atriz do entretenimento adulto, empresária E DIRETORA DO DEPARTAMENTO ANTI FRAUDES ELEITORAIS DO TRIBUNAL DE HAIA
Caríssimos,
Bom dia!
Será comentado alguma coisa sobre o caso da Guiné Bissau no programa desta semana? Aquela contextualizada filé analisando os vários lados da história que só vocês fazem?
Felizmente, Filipe poupou-nos a tempo de termos que ouvir de Sylvia que Lula, como representante da moralidade global, tem que falar grosso com a ditadura saudita. Só os EUA detêm o monopólio de relações com ditaduras, sem que sejam incomodados pelo discurso moralista, mesmo que um dos seus cidadãos tenha sido esquartejado pelo príncipe saudita? Seria o ranço do moralismo seletivo da mídia corporativa, de onde Sylvia vem?
Prezados senhores,
Congratulo-vos por mais um excelente programa e creio que o próprio Kissinger avaliaria a análise do XV sobre a vida dele como “fair” ou “plausible”.
Em tempo, destaco a excelente fala, pragmática e imparcial, da Prof. Rashmi Singh no XV 354: ouvi por 3 vezes, não em razão do português da professora (que considero excelente para quem deve ter sido alfabetizada em marati, hindi e inglês), mas pela profundidade das análises em si;
Para quem acompanha os movimentos estritamente militares do conflito em Gaza, cito o site “israelpalestine.liveuamap.com”, que também traz outros conflitos que infelizmente tem caído ou cairão rapidamente no olvido (Ucrânica, Sudão, Myanmar).
Off topic e em caráter interdisciplinar, faço um complemento às indicações do Matias no História FM 98 (Guerra das Malvinas) e cito o romance “Los pichiciegos”, de Rodolfo Fogwill, que narra o périplo de soldados argentinos desertores que se ocultam no interior de uma das ilhas.
Saudações desde Serra da Saudade, Minas Gerais.
Oi Amores Queridos!! Durante 2023, com certeza, ouvi muito mais do que vcs publicaram, pois comecei a ouvir os primeiros episódios do Xadrez Verbal, entre os programas semanais. Já estou no episódio #83, pois também divido o tempo com outros podcasts correlacionados na nossa podosfera (jovem nerd, 3 elementos, ciência todo dia, atila iamarino, e tals).
Vcs continuam tendo a preferência, sendo muito legal antecipar as brincadeiras e comentários.
Lembrem-se: quando em Salvador, me procurem!! Moro perto do Pelourinho, no bairro do Santo Antonio, e temos uma vista maravilhosa da Baia de todos os santos. Convite para geladas, muito papo, risadas e momentos legais.
Tudo de melhor para todos nós em 2024, e continuarei ligada no movimento de vcs.
Vida longa e próspera! Beijos. Amo vcs!
Obrigado por outra excelente edição.
Sobre o Kissinger, gostaria de comentar sobre o termo “old friends” que ele tinha com China. Para alguns ouvintes pode parecer apenas um afago, mas esse é um status diplomático especial utilizado pela República Popular conferido a estrangeiros que fizeram importantes contribuições para a sua construção.
Segundo o artigo da Wikipedia (https://en.wikipedia.org/wiki/Old_friends_of_the_Chinese_people?wprov=sfla1), apenas 600 pessoas receberam esse status entre 49 e 2010.
Um abraço a toda equipe do Xadrez, que nos proporcionou milhares de horas de conteúdo de qualidade, humor, e sem parcialidade tóxica, que venham outras 8 mil horas!
Gregory, Sydney – Austrália.
Complicado o posicionamento de vocês pró isenção de importados. Primeiro porque o motivo legal dessa isenção existir é permitir o envio de bens de baixo valor por pessoas físicas e a gente bem sabe que nada do que se compra pelas Shein da vida é vendido de fato por pessoa física. Segundo que ela afeta não só as empresas grandes, mas também o comércio de bairro (as famosas “lojas de brusinhas”). Fora que, seja a loja da esquina ou o Magazine Luiza, não faz sentido cobrar impostos do comércio no Brasil e não cobrar do que vem de fora. A não ser que o Mileísmo Ancap tenha desembarcado no Xadrez Verbal e o que se esteja propondo seja acabar com impostos em geral.
92%? Tem outras formas de levantar uma grana, igual eles disseram, sem atirar no seu eleitorado. Focar em imposto sobre consumo enquanto o IR continua intocado e desproporcional não dá
Focar nos importados ajuda justamente a, no futuro, desonerar outras frentes, como o IR. Agora mandar os empregos do comércio pra fora (sendo que os da indústria já foram) não faz sentido. Não dá pra todo mundo viver de plantar soja e gravar podcast. E eles não apontaram outra forma de levantar grana, só reclamaram de ter que pagar imposto sobre esses itens (alegando que isso só beneficia as Americanas da vida, como se o pequeno comerciante não pagasse imposto também), apontaram esse problema de reação do eleitorado (um populismo de fazer inveja ao Bolsonaro) e disseram que essa grana vai pra pagar os salários do funcionalismo (na melhor pegada Milei – menos impostos e menos estado). Talvez haja motivos reais para ser contra taxar as pequenas importações (seria legal uma coluna da Vivian sobre isso), mas os motivos que foram apresentados pelos âncoras foram do nível de precisão de quando eles afirmavam – reiteradamente – que a CLT previa 40 horas de trabalho semanal. Eles acertam mais quando tratam de política internacional.
bom crepúsculo, Xadrez Verbal
deixo uma pergunta: se o Biden é tão fanboy de Delano Roosevelt, por que ele ainda não visitou Natal-RN??
enfim, a hipotenusa
Venho aqui novamente agradecer ao Xadrez Verbal pelo repertório que me ajudou a trocar um papo muito legal com a professora indiana de Oxford, Shreya Atrey, durante um minicurso ministrado no Instituto de Ciências Jurídicas na UFPA sobre discriminação interseccional. Tomamos uma cerveja e discutimos sobre Modi, Erdogan, Bolsonaro e outras figuras do cenário internacional.
Quero aproveitar também para enviar um beijo para minha mãe, Madalena, ou “dona Biga”, uma ouvinte passiva do podcast sempre que estou dirigindo, e que carinhosamente chama o Filipe de “o meu caro Matias”.
Muito bem Filipe, vocês nunca entram em assunto de politica interna nacional, mas quando entram são ótimos comentários.
Abaixo a taxação das compras das nossas bugigangas pela internet, temos o direito de sermos felizes comprando coisas inúteis que acalentam nossa alma. Governo brasileiro cobra tanto imposto que só falta nos virarem de cabeça pra baixo pra cair as moedinhas.
Boa noite! Gostaria de algumas considerações de vocês sobre o porquê do conflito Israel X Palestina ser um conflito que levanta tanto os ânimos no mundo todo. Digo, há conflitos tão horríveis quanto em número de mortos mas esse é o que mais faz verdadeiras multidões irem para as ruas de tempos em tempos, pelo menos na minha percepção. Sei que é uma questão complexa e que provavelmente tem muitas respostas, mas gostaria de dois dedos de opinião/análise de vocês. Aproveito para mandar um beijo para minha namorada Thays, que sempre ouve o programa de tabela, com quem eu estava conversando sobre esse assunto recentemente.
Ola Filipe
Muito obrigado por mais um excelente episódio e cobertura! Queria fazer um comentário sobre a questão do encerramento das operações da mina da First Quantum no Panamá. A população tem todo o direito de manifestar e celebrar a conquista. Especificamente essa operação se encontra em uma área sensível e com possibilidade de impactos ambientais e sociais significativos.
Porém, acho que é importante olhar pra esse ponto de uma forma mais ampla. O cobre é um minério crítico para a transformação energética e infelizmente ainda dependemos muito desse e de outros minerais para podermos reduzir a dependência de combustíveis fósseis.
O assunto mineração é movido por interesses políticos ou por opiniões pouco profundas ou desonestas (não estou dizendo que esse é o caso, apesar de que haverá eleições no Panamá em breve hehe) que podem levar a interpretação errada de que a mineração é sempre uma vilã. Eu acredito, e tenho que acreditar pq trabalho com isso, que é possível ter uma mineração responsável que coexista com a sociedade e o ambiente, minimizando seus impactos e promovendo desenvolvimento social, e precisamos buscar e promover esse conceito para poder vencer os desafios das mudanças climáticas.
Voltando ao caso do Panamá, alem dos 5% do PIB do país, dos 40000 empregos e da quantidade gigantesca de cobre cuja produção vai ter que ser compensada por outros países e empresas, provavelmente com menores condições de segurança e responsabilidade ambiental, o Panamá e a nossa quebrada latinoamericana perdem mais uma oportunidade de se posicionar como peça ainda mais importante na corrida por fontes energéticas mais limpas. A exploração desses recursos poderia ajudar a trazer mais partes da cadeia de valor para a America Latina e promover industrias de tecnologia de ponta necessária para baterias, hidrogenio, etc.
Bom, o assunto é grande pra escrever tudo aqui e me coloco a disposição caso queira conversar mais. Em algum episódio no passado vc disse que ainda queria abordar melhor esses temas de hidrogênio verde e transição energética, eu ficaria feliz em contribuir de alguma forma.
Abraços, parabéns pelo trabalho espetacular de sempre, e mais uma vez obrigado pelos episódios que sempre são muito enriquecedores!
Espero que na gravação XV dessa semana tenha clubismo por parte do Filipe. Abraços aqui da região metropolitana de Itapira/SP
O termo no qual o Filipe comentou e que não lembrava bem o nome se chama Termo Circunstancial de Ocorrência (TCO).
A respeito de Kissinger: uma nação que é uma das maiores potências militares, econômicas, uma das únicas potências atômicas, com a economia europeia dependente de si, com a ideia de destino manifesto, com o histórico da doutrina Monroe e o corolário Roosevelt…era mesmo necessário ser tão “genial” para convencer o status quo que já era convencido de tudo isso a se impor com força ao mundo ? Acredito que o grande feito (pes$oal) dele foi ter se aproveitado dessas circunstâncias e do lugar histórico que ocupava e se oferecer como o capanga pau pra toda obra, o nanico moral capaz de tudo pra satisfazer plenamente a elite mais dura dos EUA. O trabalho intelectual, imagino que outros tenham sido capazes igualmente (sem nenhuma morte nas mãos).
É impressionante que o tom de condenação que o Filipe utilizou nesse podcast sobre o legado do Henri Kissinger é muito mais brando do que o jeito que ele citou o Qasem Soleimani, assim como o general iraniano, ele agia conforme os interesses do seu próprio país, com a diferença que tinha mais poder nas mãos.