Fronteiras Invisíveis do Futebol #11 – Turquia – Parte 2

Fronteiras Invisíveis do Futebol é a nova iniciativa do Xadrez Verbal, um podcast sobre História, política atual, geopolítica, tudo isso com o fio condutor do futebol. Apresentado pelo meu amigo Matias Pinto, que também apresenta o podcast que vocês tanto apoiam, o programa será quinzenal, com um belo trabalho de edição. Em cada programa teremos A História, O Campo e O Mapa, contando sobre alguma região do planeta, sua identidade cultural e sua História. A série é motivada pela série de textos especiais Fronteiras Invisíveis da Europa, que discute nacionalismos, regionalismos e a União Europeia.
O programa de hoje é a segunda parte de três programas sobre a Turquia, país que está no cerne de diversas questões internacionais e históricas hoje. O futebol é um elemento importantíssimo na sociedade e na política turca, com raízes históricas e nacionalistas. Por causa de toda essa complexidade e da imensa variedade de aspectos, além de uma História riquíssima, a Turquia será abordada em mais de um programa, com convidados especiais.
No programa de hoje vemos a Primeira Guerra Mundial e seu papel no fim do império Turco-Otomano. Os conflitos étnicos, como o Genocídio Armênio, as operações militares e a tentativa de partição da região entre as potências ocidentais. Esse projeto esbarra na Guerra de Independência da Turquia, liderada por nacionalistas turcos que defendem a autonomia e o território do país.
Esses nacionalistas eram liderados por Mustafa Kemal Ataturk, que se tornará “Pai dos Turcos”, significado de seu exclusivo sobrenome. Com a Guerra Fria, o país se aproxima do Ocidente e ganham intensidade questões como a liberdade religiosa e se a Turquia é parte da Europa. Tudo isso permeado pela história dos clubes turcos, os gigantes de Istambul, a força de suas torcidas e o Dérbi Intercontinental.
Referências no programa
Istanbul United, documentário sobre as torcidas da cidade
Música de encerramento Istanbul, not Constantinople
Ouça o podcast aqui ou baixe o programa.
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A revista de política internacional do Xadrez Verbal é feita na Central 3, confira o restante da programação aqui.
Filipe Figueiredo, 29 anos, é tradutor, estudante, leciona e (ir)responsável pelo Xadrez Verbal. Graduado em História pela Universidade de São Paulo, sem a pretensão de se rotular como historiador. Interessado em política, atualidades, esportes, comida, música e Batman.
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NEM OUVI, JÁ GOSTEI.
O povo grego ficará enciumado por este episódio. Rsrs
Eu sei que isso não tem nada a ver com o tema. Mas tem uma província turca chamada Batman (que é uma abreviatura de Bati Raman) em que a capital de mesmo nome quer processar os criadores do super-herói por uso indevido de nome:
http://oglobo.globo.com/cultura/cidade-turca-de-batman-quer-processar-diretor-de-cavaleiro-das-trevas-por-uso-indevido-do-nome-3605234
Para quem não acredita em mim, a cidade tem até um site: http://www.batman.gov.tr/
Esse episódio me lembrou um acontecimento triste na temporada passada da Euroliga de basquete, quando torcedores turcos (não lembro se eram do Galatasaray ou do Fenernahçe) mataram torcedores do Estrela Vermelha de Belgrado, outra torcida daquelas. Dentre as provocações, o técnico turco chamou os torcedores adversários de gangsters e a torcida turca cantava, traduzindo, “Liberdade Kosovo”.
Abraços
Caros, ótimo programa. Uma correção pontualíssima: no Galo a camisa aposentada é realmente a 12, desde o fim da campanha na série B de 2006, malgrado a mística com o número 13 (originalmente por causa do jogo do bicho). Mais ou menos na temática, o Galo sempre teve proximidade com sírios, seja pelo artilheiro Said (6o maior artilheiro do time), sírio que se destacou nos anos 1920, seja pelas famílias Kalil, Kadar e Patrus, figuras importantes no conselho do clube (sempre apelidados de “turcos”). O time inclusive tem contratado refugiados sírios (http://globoesporte.globo.com/mg/videos/v/com-sirios-marcados-na-historia-do-clube-galo-da-oportunidades-aos-refugiados-do-pais/4485541/). Grande abraço!
Pessoal, embora eu goste todos os episódios não foi para isso que eu vim comentar. Quero mostrar para vocês a revista http://leiacorner.com.br/, ao qual não faço parte, mas acho que tem muito haver com o podcast por versar sobre a geopolítica do futebol, além de outras coisas.
Abraço
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Uma dica de filme turco bem legal é o “Cinco Graças” (“Mustang”). Lá é contada a história de cinco meninas do interior do país e como o conservadorismo as sufoca com tradicionalismos. Estou indicando o filme por causa da protagonista, a caçula dessas cinco irmãs, que é torcedora fanática do Trabzonspor e, pelo fato do futebol ser considerado coisa de homem (infelizmente até por aqui), é desincentivada a gostar de futebol.
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