Xadrez Verbal Podcast #389 – Eleição na Venezuela
A semana caótica chega ao fim! Começamos com as notícias do Oriente Médio e o risco de escalada com o assassinato de Ismail Haniyeh. Vamos até a abertura dos Jogos Olímpicos e as principais notícias políticas do mundo esportivo. E, claro, tudo o que você precisa saber sobre as eleições na Venezuela e a crise política. Giramos pelo mundo, a semana na História, peões da semana e dicas culturais fecham mais um programa da sua revista de política internacional em formato podcastal!
Você nem sempre tem tempo, mas precisa entender o que acontece no Mundo, ainda mais porque o planeta está uma zona. Toda semana, Matias Pinto e Filipe Figueiredo trazem pra você as principais notícias da política internacional, com análises, críticas, convidados e espaço para debate. Toda sexta-feira você se atualiza e se informa.
Dicas do Sétimo Selo e links
Em breve
Playlist das músicas de encerramento do Xadrez Verbal no Spotify
Canal do Xadrez Verbal no Telegram
Minutagem dos blocos, cortesia dos financiadores do Xadrez Verbal
00:03:25 – Giro de Notícias #01
00:23:15 – Coluna Aberta: Oriente Médio
01:18:35 – Efemérides: A Semana na História
01:22:40 – Match: Jogos Olímpicos 2024
02:20:15 – Xeque: América Latina
03:40:30 – Giro de Notícias #02
04:08:50 – Peões da Semana
04:13:10 – Sétimo Selo
04:21:22 – Música de Encerramento
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A revista de política internacional do Xadrez Verbal é feita na Central 3
Filipe Figueiredo é tradutor, estudante, leciona e (ir)responsável pelo Xadrez Verbal. Graduado em História pela Universidade de São Paulo, sem a pretensão de se rotular como historiador. Interessado em política, atualidades, esportes, comida, música e Batman.
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Xadrez Verbal 
Salve!
Gostaria de fazer dois breves apontamentos sobre deslizes que eu notei na fala de vocês a respeito do caso envolvendo a atleta argelina.
Primeiro, se ela fosse realmente trans, ela seria uma mulher trans, e não um homem trans (1:54:52). Entendo que talvez a fala tenha surgido como um eco do que a JK falou, porém teria sido melhor ter feito uma errata sobre a própria autora ter errado o termo condizente com identidade de gênero em questão e então corrigido o termo, que seria mulher trans.
E segundo, a fala “mulher de verdade” (1:56:50) é transfóbica, por motivos óbvios, opta-se pelo termo ‘mulher cis’.
Deixo esse comentário enquanto membro inserido na letra T (que não é de Teletubbies) da comunidade LGBTQIA+, uma vez que as falas me causaram certo desconforto. Também o faço por ser ouvinte de vocês há anos (desde 2020, como descobri nesse episódio ao ouvi-los recordarem do caso das pauladas e pedradas) e saber que ele seria bem recebido. No mais, amo o trabalho de vocês.
Um forte abraço.
Sobre o “não é mulher de verdade”, eu falo “ah, não é mulher de verdade” no contexto das acusações que fazem, e cito a questão de atletas não brancas logo antes. Eu estava jocosamente repetindo o tipo de acusação que é feita. Inclusive, uso o termo cis gênero por volta de 01:55. Peço desculpas por não ter ficado claro
Sobre a atleta de boxe Argelina, achei ótimo o comentário deste moço aqui!
https://www.threads.net/@cyzorgg/post/C-Lo6KHy3wv/?xmt=AQGzgQP8DxZZ9VYWB1F1osHGerW0MXjMB5phGi7RxzL_Rw
Filipe, não precisa pedir perdão pela redundância pra falar do Grupo Wagner, já que é o nome, então realmente é o grupo Grupo Wagner. Como a banda Banda Malta kkkkk abraços pra vc, pro Matias e pra Silvia!
Sobre a questão de não ter quadro de medalhas oficial, eu sempre pensei que fosse o caso mas no site das olimpíadas tem um: https://olympics.com/en/paris-2024/medals
Isso não conta como “classificação oficial”?
Olá,
Conheci inicialmente o Xadrez Verbal ainda na época que ainda fazia vídeo no YouTube. Já devo ter escutado mais de 100 episódios desse podcast, e vários outros do Fronteiras Invisíveis. Estou fazendo esse preâmbulo mais para não parecer uma crítica “apócrifa”.
No caso, a minha crítica e estranheza é de terem dito que o governo Maduro não seria de esquerda. Isso foi dito em 2:35:30: “que o regime sabe disso e sempre tenta confundir, né, usando uma retórica anti-imperialista, nacionalista, de esquerda, e nós sabemos, no fundo, que ali já há muito tempo não é um governo claramente de esquerda”.
A impressão que me passa é que, como o governo Maduro está cada vez mais autoritário e perdendo apoio, seria mais interessante dizer que não seria desse time. Já lançando a Lei de Godwin, é parecido quando dizem que o Hitler não seria de direita, mas sim de esquerda – o que é uma bobagem, mas a impressão que passa é um fenômeno parecido aqui, porém, com sinal contrário.
O Maduro cresceu numa família e numa plataforma de esquerda, ele usa o discurso de esquerda, em particular o anti-imperialismo, o governo consegue captar mais aliados na esquerda ao mesmo tempo que aponta como inimigo pessoas da direita (como o Elon Musk, citado no programa) e, até onde me consta, ainda tenta se manter na esteira do chavismo.
Assim como existe o autoritarismo de direita, também existe o de esquerda, e ambos devem ser igualmente rechaçados – porém, dando os devidos nomes. Assumindo a teoria da ferradura, quanto mais no extremo está, menos diferenças existe entre os dois autoritarismo, porém, ainda haveria uma roupagem particular em cada uma, que no caso do governo Maduro, seria o chavismo.
Se puderem me esclarecer melhor esse ponto (seja respondendo aqui, ou no próximo programa), agradeceria.
Obrigado,
Quando escrevi o comentário acima não tinha lido essa breve matéria da CNN: cnn brasil.com. br/internacional/o-que-faz-o-governo-maduro-ser-de-extrema-esquerda-especialistas-explicam
Ela cita pesquisadores que levantam razões de por qual razão o governo Maduro seria de extrema-esquerda.
(coloquei espaços na URL para não cair no filtro anti-span)
Acho que vc foi se respondendo ao longo dos parágrafos. “Ele cresceu numa plataforma de esquerda” “ele tenta seguir o chavismo” “aponta a direita como inimigos”. Exatamente, se trata da retórica.
Não to traçando nenhum paralelo entre os 2 governos, mas um exemplo de entender a diferença q às vezes surge da retórica pra realidade é como o governo Lula é entendido pelo próprio eleitorado médio, pelos opositores e pelos agentes internacionais como um governo de esquerda, mas na prática é um governo de centro, conciliado com o congresso conservador/direitista e com diversos quadros neoliberais, pra ser gentil, nos ministérios conduzindo o dia a dia da política.
Um outro exemplo seria o Macron, eleito numa retórica de renovação, liberalismo, progressismo (famoso liberal nos costumes) e entendido pelo mundo todo como um democrata, mas q vem agindo cada vez de forma mais autoritária na prática.
e outra, esses negócio de ferradura aí é mo ideia errada man
Prezados. O site e o aplicativo oficial das Olimpíadas apresentam um quadro de medalhas, logo não entendo o argumento de que não existe uma contagem de medalhas pelo COI.
Abraços!
Deixo aqui minha sugestão de batismo das situações do Chaves vendendo churras para si mesmo como “chavo-churrismo”. Aproveitando, poderiam deixar um abraço pro meu filho AURÉLIO (6 anos)? Toda vez que escuta o podcast de tabela pergunta se o Brasil é amigo de todo o mundo
Gabriel, mesmo que eles não utilizem, acabei de incluir sua expressão no meu léxico kk
Uma curiosidade interessante na dica cultural do Filipe Figueiredo é que a SEGA se inspirou nesse filme judoca para fazer um mascote para o seu console Sega Saturn. O personagem se chamava Segata Sanshiro.
Só complementando a notícia sobre o Parque dos Lençóis Maranhenses ser escolhidos Patrimônio Natural da Humanidade, essa é a terceira nomeação para o Estado do Maranhão.
O centro histórico da capital São Luís recebeu o título de Patrimônio Mundial da Humanidade em 1997 e o bumba-meu-boi o de Patrimônio Cultural da Humanidade em 2019.
Abraço a todos e visitem o Maranhão!
Pra mim está claro que a ausência do besuntadão de Tonga é um claro sinal da decadência dos jogos. Grande abraço
Mais um trabalho excepcional, parabéns pra vocês! Uma pequena correção sobre A Última Ceia de Da Vinci: a obra na verdade não é um quadro, mas sim um afresco. Ou seja, é uma pintura na parede. Ela está de fato em Milão, na parede de uma igreja. É tipo o teto da Capela Sistina.
Um abraço!
https://peoplesdispatch.org/2024/07/27/dozens-of-us-based-organizations-condemn-media-campaign-against-venezuela/
muito bom ver a passação de pano do Alckmin na cerimônia no Irã. Vergonha de ter representante ao lado de um bando de terrorista. “Honestidade intelectual” pro favor.
Olá Filipe/Matias!
Os senhores foram indicados ao prêmio de melhor podcast do Brasil, na categoria “assuntos diversos” (essa não entendi, mas tudo bem). O pleito foi iniciado, fase preliminar (acredito):
https://www.premiompb.com.br/
Vamos trazer esse troféu para casa! Em caso de comemoração, não repitam a frase do dunga quando ergueu a taça do tetra, pois este é um podcast family friendly =p
boa sorte e abs!
Sobre as sanções dos EUA elas fizeram a 777 Partners não contrata o volante Du Queiroz do Zenit (ainda bem) pois os donos da empresa tinham medo que as represálias do governo os fizessem quebra o que aconteceu graças ao esforço da empresa Américana. E sobre as eleições da Venezuela era só chamar qualquer vascaíno pra comentar já que nós estamos plenamente capacitados devido ao histórico do gigante da colina. Saudações Vascaínas!!!
Xadrez Verbal com referências olímpicas, aí é bom demais.
Chegou aquele momento em que finalmente faço uma correção. Provavelmente alguém deve ter feito, mas vamos lá: o judô estreou nos jogos olímpicos de 64, mas ficou de fora em 68. Voltou em 72, aí sim pra não sair mais. Grande Matias, torcemos pelo mesmo time.
Rafaela Silva foi comentada no episódio. Feliz demais por ter ocorrido um final feliz no judô por equipes (não que ela precisasse). Feliz demais também pelo ícone Sarah Menezes.
Por fim, o Brasil vai protagonizando as grandes fotos dessa edição. Nada de turco sem equipamento. É Rebeca reverenciada e Medina. O segundo, especificamente, entra na categoria de fotos históricas que não venceu o título – daqui uns anos vão achar que ele venceu por causa da foto histórica.
Por fim, o Xadrez Verbal acertou que o vice da Kamala seria um branco um pouco velho. Porém, me chamou atenção ser alguém de Minnesota, estado em que um democrata vence DESDE NIXON, até o Reagan perdeu lá. o estado possui a maior sequência de vitórias democratas da atualidade, mais até que a Califórnia. Não veio um cara do swing. Fica aí a sugestão de pauta, sei que vão repercutir nesta próxima edição.
Olá, amigos de orelha! Como estão? Pergunta sobre a situação atual das guerras, e uma dúvida quanto as guerras mundiais… Sou Artur, de Caruaru – PE
Na última edição do xadrez, Filipe comenta quanto a preocupação de ambas as partes envolvidas estarem querendo o conflito, e a possível guerra à frente envolvendo o Irã (Hesbollah) e Isreal. Eu entendo que Israel está em guerra contra o Hamas, e quem quer que seja para manter Netanyarro no poder. A faixa de Gaza virou um estacionamento de gente morrendo, com todo respeito.
Já na guerra entre Ucrânia e Rússia, entendo que continua mas a mídia atualmente não trata como se diariamente tem exército atacando exército, bomba caindo, etc… Parece bem pontual. É percepção? Ou realmente a guerra “esfriou”?
Não que não haja gente sofrendo, mas pensando no que aprendi sobre a época das guerras mundiais, eu entendia que os países envolvidos e arredores paravam para estar em batalha e todos seus esforços iriam para manutenção da guerra. É uma percepção errada? As guerras mundiais duraram de 5 a 6 anos. Podemos dizer que parecem mais com Rússia e Ucrânia (que já vai entrar no TERCEIRO ano de guerra) mas que as Olimpíadas de Paris tem atletas ucranianos competindo ao invés de um rifle na mão, ou é algo como Israel e Palestina (que em quase 1 ano devastou uma região por completa), mas que também possui atletas competindo? *Deve ajudar na propaganda de Guerra.
Resumindo minha dúvida, nas guerras antepassadas, esses períodos entre os envolvidos era devido a batalhas pontuais ou a tensão de batalha era diária?
Obrigado pelo conteúdo de qualidade, e sucesso!
Gostaria de opinar sobre a representação da Ultima ceia/Festa dos deuses, independente do objetivo dos organizadores (particularmente creio que tenha sido sim uma chacota ao cristianismo) claramente a totalidades das pessoas iria associar ao quadro mais famoso e em um evento onde é proibido a manifestação de caráter religioso isso é claramente inapropriado. Sobre a razão de isso ser desrespeitoso ao cristianismo, acho bastante evidente, a maioria das denominações cristãs entende a “pratica da homoafetividade” como um ato contrario a sua confissão de fé, ou seja, pecado e Cristo como “O cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo”, a representação de um Jesus LGBTQIAP+ é contrario ao Jesus sem pecados, portanto é algo desrespeitoso.
Não há problema em menosprezar o cristianismo, o desenho mais antigo que representa Cristo era uma sátira, isso existe desde o inicio da igreja cristão, a problemática está em isso ocorrer nas aberturas das olimpíadas, onde costuma-se representar a história e os ideais do país.
Salve pro Xadrez Verbal!!!!
salve Filipe e Matias!
adoro vocês e amo o podcast, escuto desde 2016! manda um abração pro Xitaque, pro João Ourives e pro Jesus e pra Dani de frankfurt.
Sobre o quadro da ultima ceia do Leonardo da Vinci queria acrescentar que não é um quadro, mas sim um afresco de 4x8m, que ta na parede de uma igrejinha, como voce disse, em Milão. “Se o Leonardo dá 20, porque eu não posso dá um dois?” Marcelo D2. abraço e um beijo no hipotálamo
Sobre a India nas olimpiadas, em 2015 eu estava la fazendo um intercambio voluntário e eu via em várias escolas a prática de Esgrima, e por causa disso eu achava que eles eram fortes no esporte. Mas pesquisando depois eu vi que eles são bem fracos também nessa modalidade…
Também são adoradores do futebol, todo mundo que eu conversava torcia para algum time da Premier League (apesar de quase ninguem jogar a famosa peladinha kkk )
Realmente é algo inacreditavel (apesar de sabermos bem os motivos) do país mais populoso do mundo ser tão fraco nos esportes olimpicos.
california games entrega muito a idade mesmo ahagagag mas era bom demais
Matéria sobre sanções internacionais:
How four U.S. presidents unleashed economic warfare across the globe
https://www.washingtonpost.com/business/interactive/2024/us-sanction-countries-work/